Jaime Salazar Sampaio
Jaime Augusto Salazar Sampaio (Lisboa, 5 de Maio de 1925 – 13 de Abril de 2010) foi um poeta, ficcionista e autor dramático português[1]. BiografiaEngenheiro silvicultor, doutorado pela Sorbonne, foi especialista dos aspectos da economia portuguesa ligada à cortiça e publicou diversos estudos sobre questões económicas relacionadas com a silvicultura em revistas da especialidade. Iniciou-se na literatura com a poesia, mas é sobretudo como autor dramático que Jaime Salazar Sampaio se consagrou, sendo autor de uma vasta obra, múltiplas vezes premiada, e representada na sua quase totalidade, frequentemente por grupos de teatro de amadores e independentes, mas também no Teatro Nacional D. Maria II. Os seus poemas são, de uma maneira geral, breves e inundados, na sua simplicidade, de um profundo e quase abstracto lirismo, retratando um homem só, apaixonado e emocionado perante o absurdo da vida, e, ao mesmo tempo, perante o seu apelo de beleza e infinitude. Estas características também podem ser apercebidas na sua imensa obra dramatúrgica, onde a personagem-tipo se desdobra, quase sempre, por dois ou três outros “viajantes imóveis”, cujos diálogos intuem como que um monólogo interior, onde, entre as indecisões de uns e as afirmações sibilinas e filosóficas de outros, se joga uma incessante busca existencial, ancorada nos três grandes temas por onde flui o teatro do Autor: a Vida, o Amor, a Morte. O tratamento que, sobretudo nos monólogos, é dado às personagens femininas, revela um arguto, atento e sensível observador desse universo, que explorou como poucos. Foi também tradutor de Beckett, Gorki, Albee, Harold Pinter, Arthur Miller e Michel Deutsch, entre outros, sendo ainda autor de diversos ensaios, sobretudo sobre teatro, e obras de divulgação destinadas ao ensino, nomeadamente sobre a estética pessoana. O último texto que publica em vida é sobre Ricardo Boléo e o seu trabalho literário. O texto foi publicado na revista Os Meus Livros em Setembro de 2009 na secção Aposta. Em Dezembro de 2010, a mesma revista publica uma extensa entrevista a Jaime Salazar Sampaio (a última concedida pelo dramaturgo), conduzida por Ricardo Boléo e na qual o autor fala sobre si e o seu trabalho. Recebeu em 1997 o Grande Prémio de Teatro da APE/Ministério da Cultura por Um homem dividido e em 1998 o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores. Livros publicadosPoesia:
Ficção:
Dramaturgia:
Obras de referência
Referências
Ligações externas
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