Kodera Kenkichi
Kodera Kenkichi (Hyogo, 1877−1949) foi um estudioso da política internacional e membro da câmara baixa do Diet japonês, notável por seu papel fundacional na elaboração e difusão da ideologia asianista. Foi o primeiro a usar o termo 'asianismo' numa publicação de relevo, e contribuiu para a inserção dessas ideias nos meios políticos.[1] VidaNasceu na atual província de Hyogo, em 14 de abril de 1877, filho de um antigo samurai de um pequeno domínio feudal chamado Kodera Yasujirô. Graduou-se num colégio em Kobe, seguindo logo para Tóquio onde estudou com Sugiura Jûgô, um acadêmico ultra-nacionalista associado ao budismo Tendai, que possuia uma escola que funcionava em inglês.[2] Em 1897, Kodera inciou uma trajetória de estudos em diversas universidades da Europa e dos Estados Unidos da América, se destacando-se por seus conhecimentos no Direito europeu e internacional, como também na história da diplomacia e do imperialismo europeu.[2] Durante a Guerra Russo-Japonesa, entre 1905 e 1906, trabalhou no Japão como interprete e porta-voz do exército, em razão de sua competência em línguas estrangeiras. Com a vitória japonesa, estabeleceu junto com seu irmão uma fábrica de processamento de soja na Manchúria, mas logo abdicou da administração para retomar seus estudos, partindo em 1906 para Genebra.[3] Foi eleito membro da câmara baixa do Diet japonês em 1908, tornando-se o mais jovem membro já eleito, com 31 anos.[3] PensamentoKenkichi estudou continuamente o direito e a política internacional, permanecendo um observador dos eventos de sua época e publicando diversos livros sobre. Notadamente, foi um importantíssimo articulador da ideologia do asianismo ou pan-asianismo, ainda que nunca tenha se engajado formalmente com a organizações asianistas de então.[4] Tratado sobre o Grande AsianismoO Tratado sobre o Grande Asianismo (Dai-Ajiashugi-ron), publicado em 1916, é considerado sua magnum opus, se estendendo por mais de 1,300 páginas, e sumarizando muitos dos conhecimentos e perspectivas acumuladas por Kenkichi ao longo de suas décadas de estudo.[4] Referências
Bibliografia
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