Este artigo lista os Estados que integraram em dado período de tempo a Sociedade das Nações desde sua fundação em 1920 até 1946, ano da última assembleia geral. A organização foi o primeiro organismo intergovernamental da história do mundo e reuniu grande parte das potências regionais e mundiais do período de sua atividade, tendo sido criada mediante o Tratado de Versalhes de 1919 e dissolvida oficialmente em 17 de julho de 1947. Entre 1920 e 1939, um total de 63 países tornaram-se Estados-membros da Sociedade das Nações. O Pacto que estabeleceu formalmente a Liga das Nações foi incluído no Tratado de Versalhes e entrou em vigor em 10 de janeiro de 1920 e foi substituído gradualmente pela Carta das Nações Unidas a partir de 1945.
Dos 42 Estados-membros fundadores, apenas 23 (ou 24 contando com a França Livre) ainda eram membros quando a Liga das Nações foi dissolvida em 1946. Outros 21 países ingressaram na organização entre 1920 e 1937, mas sete destes retiraram-se ou foram suspensos antes de 1946. Entretanto, a União Soviética foi o único país a passar pelo processo de suspensão compulsória da organização mediante a invasão da Finlândia em 1939.
Apesar de formular o conceito da organização e ratificar o Pacto que a constituiu, os Estados Unidos nunca se juntaram formalmente à Liga das Nações, operando "em cooperação" sem aliar-se oficialmente. Outros países que seguiram este modelo de atuação na organização foram Arábia Saudita, Iêmen, Mongólia, Nepal e Butão. Por outro lado, nenhum dos microestados europeus (Andorra, Liechtenstein, Mônaco, San Marino e Vaticano) jamais manifestou interesse em integrar a Liga das Nações.
No IX Congresso das Nacionalidades Europeias — cimeira da Liga das Nações realizada em Berna — as Comunidades autónomas espanholas de Galiza, País Basco e Catalunha foram reconhecidas como nações. Sobretudo, tais territórios eram subordinados à Espanha e representados pelo governo espanhol.[3]
Membros do Conselho Permanente
Com a criação da Sociedade das Nações, o Conselho Permanente foi simultaneamente estabelecido como órgão diretivo. Devido à sua importância no funcionamento da organização, os Estados-membros foram subdivididos entre Membros Permanentes e Membros Temporários segundo o Artigo 4 do Pacto da Liga das Nações:
Argentina deixou a Liga das Nações em 1920 devido à recusa das nações vencedoras da Primeira Guerra Mundial em aceitar um status igualitário dentre todos os Estados-membros. Em 1933, a Argentina voltou a integrar a organização.
O Brasil solicitou sem sucesso sua entrada no Conselho Permanente em 1921 para substituir os Estados Unidos e a Alemanha. Em 1926, o país vetou a entrada da Alemanha no Conselho e desligou-se da organização em 1928 devido à falta de apoio internacional às suas decisões.[4]
O PresidenteArturo Alessandri argumentou que a Liga das Nações tinha "pouca consideração pelos assuntos de pequenos países" além da fracassada reforma da organização prometida em 1937.
O governo de Jorge Ubico desligou-se da Liga das Nações alegando problemas econômicos. A pedido da organização, o governo guatemalteco indicou que poderia manter a mediação sobre a disputa territorial com Belize.
O governo haitiano decidiu desligar-se da organização em 16 de fevereiro de 1942 alegando que a Liga das Nações não havia conseguido efetivar a política de paz entre as nações.
Em 1935, a Liga das Nações implementou sanções contra a Itália devido à invasão italiana da Abissínia. Em resposta, o governo de Benito Mussolini aproximou-se de países que se opunham à organização — como Alemanha e Japão — e finalmente desligou-se em dezembro de 1937.
Em 1931, a República da China solicitou mediação da Liga das Nações mediante a Invasão japonesa da Manchúria. Em fevereiro de 1933, a subsequente Comissão Lytton condenou as incursões japonesas no território chinês e o país retirou-se da organização.
A Liga das Nações mediou a Guerra do Chaco. Sua decisão de suspender o embargo de armas à Bolívia (em 16 de janeiro de 1935) motivou a saída paraguaia da organização.