Lucas 14
Lucas 14 é o décimo-quarto capítulo do Evangelho de Lucas no Novo Testamento da Bíblia. Ele relata mais um milagre de Jesus realizado num sabá (vide Jesus curando a mulher enferma em Lucas 13), seguido por ensinamentos e parábolas.[1][2] Homem com hidropisiaEste milagre é relatado apenas em Lucas 14:1–6. Durante um sabá, Jesus foi recebido para uma refeição na casa de um proeminente fariseu para ser observado de perto. Lá, à sua frente, estava um homem que sofria de hidropisia, com o corpo inchado pela acumulação de líquidos. Jesus perguntou aos fariseus e aos doutores da Lei: «É lícito ou não curar no sábado?» (Lucas 14:3) Eles permaneceram em silêncio e, assim, Jesus tomou o homem pelas mãos, curou-o e o mandou ir pra casa. Ao terminar, perguntou-lhes novamente: «Qual de vós, se um filho ou um boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?» (Lucas 14:5) A resposta novamente foi o silêncio. Parábola da Festa de CasamentoEsta parábola (Lucas 7:14) é uma das que só existem no Evangelho de Lucas e está imediatamente antes da Parábola do Banquete de Casamento (Lucas 14:15–24).[3][4] No Evangelho de Mateus, a versão da Parábola do Banquete é também ambientada numa festa de casamento, o que provoca alguma confusão entre as duas (Mateus 1:14).[5] Um casamento, na época, era um evento sagrado e muito alegre que chegava a durar até uma semana. Quando Jesus contou esta parábola, muitos foram capazes de entender sua mensagem justamente por ele utilizar um casamento judaico como ambiente para sua lição.[6] Neste trecho está uma das frases famosas de Jesus:
A mesma frase está Lucas 18 (Lucas 18:14) e Mateus 23 (Mateus 23:12) e uma similar em Mateus 18 (Mateus 18:4).[4] Parábola do Banquete de CasamentoEsta parábola, conhecida ainda como "Casamento do Filho do Rei" ou, confusamente, "Parábola da Festa de Casamento" é encontrada em Lucas (Lucas 14:15–24) e em Mateus (Mateus 22:1–14). A imagem escatológica de um casamento está presente também na Parabóla do Servo Fiel e na Parábola das Dez Virgens. Nesta, Jesus estende o convite original (aos judeus) também para os gentios[7] e, em Lucas, para «os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos» (Lucas 14:21).[7] Contando o custoEsta parábola trata do sacrifício necessário para poder ser um discípulo de Jesus de fato[8]: «Quem não carrega a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo [...] Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.» (Lucas 14:27–33) Este trecho é similar a Mateus 8 (Mateus 8:18–22) e Lucas 9 (Lucas 9:57–62). Sal sem gostoO capítulo termina com um trecho muito breve (Lucas 14:34–35) no qual Jesus avisa que o sal que se torna insípido e, por isso, é inútil, será jogado fora e esquecido, um novo alerta aos que se desviam do caminho ensinado por ele. Este trecho é similar a Mateus 5 (Mateus 5:13). TextoO texto original deste evangelho foi escrito em grego koiné e alguns dos manuscritos antigos que contém este capítulo, dividido em 35 versículos, são:
Ver também
Referências
Bibliografia
Information related to Lucas 14 |