Marcelo Odebrecht
Marcelo Bahia Odebrecht (Salvador, 18 de outubro de 1968) é um engenheiro civil e empresário brasileiro.[5] Foi de 2008 a 2015 presidente da Odebrecht, atualmente chamada de Novonor, uma das maiores empresas de engenharia e construção da América. É filho de Emílio Alves Odebrecht. Por seu envolvimento criminoso à frente da Odebrecht em 8 de março de 2016, a Justiça Federal condenou Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes envolvendo o esquema de corrupção descoberto na estatal Petrobras pela Operação Lava Jato, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa, sendo esta sua primeira condenação.[3] Em dezembro de 2016, após assumir os crimes identificados pela operação, fechou acordo de delação premiada junto com seu pai Emílio Alves Odebrecht, comprometendo-se a pagar 8,6 bilhões de reais a título de indenização.[6] Em 19 de dezembro de 2017, foi solto para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar,[7] após ter sua pena reduzida em razão do acordo de colaboração.[8] Em abril de 2022, o ministro Edson Fachin reduziu sua pena de 10 anos para 7 anos e meio, com isso Marcelo terá cumprido sua pena e deve estar livre de restrições legais até o final de 2022.[9][10][11] Em 28 de abril de 2023, concluí sua pena após prestar serviços comunitários.[4] CarreiraNeto do pernambucano Norberto Odebrecht (fundador da Construtora Norberto Odebrecht) com a baiana Yolanda Alves, e filho do casal baiano Emílio Alves Odebrecht (fundador da Braskem) e Regina Bahia, tem três irmãos. É descendente direto do imigrante alemão Emil Odebrecht, que chegou a Santa Catarina na segunda metade do século XIX. Responsável por negócios na construção pesada, petroquímica, açúcar, álcool, petróleo, gás, engenharia ambiental e empreendimentos imobiliários, Marcelo Odebrecht vinha comandando uma era de ouro para o grupo familiar, que tem 15 divisões e presença em 21 países. Ele sucedeu seu pai Emílio no fim de 2008, em meio à crise financeira global. A entrada de Marcelo na Odebrecht ocorreu em 1992, quando ele concluiu o curso de Engenharia na Bahia e trabalhou na construção de um prédio na capital do Estado, Salvador. Dois anos depois, trabalhou em uma hidrelétrica em Goiás e partiu para a Inglaterra, onde a companhia montava duas plataformas de petróleo.[12] Teve uma breve passagem pelos Estados Unidos e retornou ao Brasil para atuar na área petroquímica. Em 2002, assumiu o setor de engenharia e construção da empresa. Em dezembro de 2008, aos 40 anos, ele chegou ao topo do conglomerado que lidera até hoje.[13] Marcelo Odebrecht transformou o conglomerado no maior empregador do Brasil e em um dos cinco maiores grupos privados do país. Sua ascensão coincidiu com o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha o objetivo de transformar o Brasil em uma potência global através da promoção de empresas nacionais. Alguns dos maiores projetos da Odebrecht, como a construção de um porto em Cuba, estão sendo financiados com empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde que Marcelo assumiu o comando da Odebrecht, o BNDES forneceu cerca de 5,8 bilhões de reais em empréstimos para financiar projetos do grupo no exterior.[14] Escândalo da PetrobrasEm 19 de junho de 2015, foi preso em caráter preventivo durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Erga Omnes".[15][16][17] Essa expressão em latim é um jargão jurídico usado para expressar que uma regra vale para todos. A prisão, por ser de caráter preventivo, implica que o detido fica à disposição da justiça por tempo indefinido. Entre as várias acusações de que é alvo, Marcelo é acusado de, juntamente com a construtora Andrade Gutiérrez, pagar mais de 700 milhões de reais em propinas[18][19][20] para assegurar bilionários contratos em vários níveis do governo. Marcelo, assim como o presidente da Andrade Gutiérrez, Otávio Marques de Azevedo, também preso na mesma ocasião, teve parte dos seus bens bloqueados pela justiça.[21][22][23] Em 8 de março de 2016 foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.[3] Em maio de 2016, o juiz Sergio Moro rejeitou uma outra denúncia contra ele, por falta de provas, acusado pelo MPF de pagar propina para evitar a convocação na CPI da Petrobras.[24] Em novembro de 2016, o Supremo Tribunal Federal manteve a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, rejeitando os embargos de declaração apresentados pela defesa do empresário.[25] Em 1º de dezembro de 2016 fechou acordo de delação premiada junto com seu pai Emílio Alves Odebrecht, e se comprometeu a pagar, através da Odebrecht (atual Novonor) 8,6 bilhões de reais a título de indenização por ter se envolvido em atos de corrupção.[26] Em 19 de dezembro de 2017, depois de dois anos e meio, o empresário Marcelo Odebrecht saiu da cadeia, e passou a cumprir a pena de prisão domiciliar.[7] Em abril de 2022, teve sua pena reduzida de 10 para 7 anos e meio, com isso deve estar livre de restrições legais até o final de 2022.[9][10][11] Em 28 de abril de 2023, concluí sua pena após prestar serviços comunitários.[4] Em 21 de maio de 2024, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht.[27] Em 6 de setembro de 2024, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve os processos abertos na Operação Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht.[28] Ver também
Bibliografia
Referências
Ligações externas
|