Movimento Esperança Portugal
O Movimento Esperança Portugal (MEP) foi o 16.º partido político português,[1] reconhecido pelo Tribunal Constitucional [2] a 23 de Julho de 2008. O MEP posicionava-se ideologicamente como um partido do centro entre o PS e o PSD.[3] Rui Marques, antigo alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural, activista e empresário português, foi o primeiro dinamizador do grupo de cidadãos que veio a fundar o Movimento Esperança Portugal (MEP). Rui Marques considerava o MEP é um projecto "de gente comum", constituído por 60 cidadãs e cidadãos, que decidiu dar um passo em frente e que, com esse gesto, "quer transmitir esperança, no sentido de que a política é uma responsabilidade de todos nós e não só de alguns".[4] Manuel Meirinho considerava que o MEP "estava a nascer de forma muito uninominal", denunciando "uma falta de estruturação que dificultaria a afirmação política".[5] O primeiro congresso do partido realizou-se 4 e 5 de Outubro de 2008, na Ericeira. Procedeu-se à eleição do presidente do MEP (Rui Marques), bem como à eleição do conselho de jurisdição, conselho nacional e mesa do congresso. No decurso do congresso foi debatido e aprovado o respectivo programa e estatutos que se encontravam em discussão pública.[6] O MEP apresentou-se pela primeira vez a eleições em Junho de 2009, concorrendo às eleições europeias apresentando como cabeça de lista Laurinda Alves e concorreu também às eleições legislativas a realizar no mesmo ano.[6] Ao longo do ano de 2009, além do programa eleitoral onde expôs as suas ideias para o país, propôs-se respeitar o seu emblema, apresentando 52 razões de esperança sobre e para os portugueses.[7] Nas primeiras eleições a que concorreu, Europeias 2009, o MEP foi, das 13 forças políticas em disputa, a 6ª mais votada registando cerca de 55 mil votos (1,5% [8]), ultrapassando o histórico PCTP-MRPP, crónico 6º classificado, mas não tendo eleito nenhum eurodeputado. Numa simulação dos resultados obtidos nesta eleição, considerando um cenário de eleições legislativas,[9] o MEP teria eleito um (1) deputado para a Assembleia da República Portuguesa pelo círculo eleitoral de Lisboa, onde obteve 2,4% dos votos. Rui Marques presidente do partido, foi o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas de 27 de Setembro de 2009. O respectivo programa eleitoral foi divulgado a 23 de Julho de 2009.[10] O partido salientou que é transversal "a prioridade dada à justiça social, coesão e inclusão". Tal refletiu-se "na permanente preocupação de 'não deixar ninguém para trás', 'criar riqueza para todos', 'vencer com os outros e não contra os outros'", sendo esta "a principal bandeira" do Movimento.[11] O MEP defendia no seu programa[12] que "o esforço de crescimento sustentado e viável do salário mínimo deve continuar" e que é "fundamental a participação das famílias e das pessoas pobres, como actores principais do processo de libertação da pobreza e de inclusão social". Na sequência dos resultados obtidos nas legislativas de 2011, e devido à "continuada tendência de decréscimo desde as primeiras eleições", Rui Marques demitiu-se de presidente do MEP.[13] A 29 de janeiro de 2012, o partido divulgou um comunicado onde informou que os militantes do partido, motivados pelos resultados eleitorais nas 4 eleições em que participaram, decidiram extinguir o MEP, como partido político, continuando a sua ação como movimento cívico. No comunicado, foram feitas críticas ao "sistema político-mediático construído para manter o 'status quo', bloqueando de várias formas todas as tentativas de renovação do sistema partidário português" [14] No dia 9 de janeiro de 2013, a sua dissolução foi aceite pelo Tribunal Constitucional, com efeitos retroativos a 12 de dezembro de 2012.[15] Resultados EleitoraisEleições legislativas
Eleições europeias
Eleições presidenciais
Eleições autárquicas
(fonte: Direcção Geral de Administração Interna) Referências
Ligações externas
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