Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista)
O Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista), PCP(m-l) foi um pequeno grupo político de extrema-esquerda criado em 1970, a partir do Comité Marxista-Leninista Português, que havia sido fundado em 1964 por Francisco Martins Rodrigues. O partido foi-se gradualmente dividindo entre uma ala no exílio, liderada por Heduíno Gomes[1], também conhecido por Eduíno Vilar[2], e uma ala no interior de Portugal, liderada por Carlos Janeiro, conhecido pelo pseudónimo de Mendes[3]. A partir de Maio de 1974, a cisão entre as duas facções consumou-se, com ambas a intitularem-se "PCP(m-l)". A facção Vilar acabou por ficar com a sigla,[necessário esclarecer] tendo criado a Aliança Operário-Camponesa como "frente eleitoral" para se apresentar às eleições de 1975 (a AOC foi proibida de se apresentar a essas eleições; nas seguintes, tanto a AOC como o PCP(m-l) concorreram). A facção oposta deu origem ao Partido de Unidade Popular. A principal diferença entre o novo partido de Heduíno Gomes[4] e o original de Martins Rodrigues tinha a ver com o estatuto do inimigo principal de cada um deles: enquanto este manteve sempre que os principais inimigos do povo eram «os monopólios e o imperialismo norte-americano», já o partido de Vilar elegeu o PCP, o «Social-fascismo de Cunhal» e o «Social-imperialismo russo» como alvos primordiais. (Heduíno Gomes abandonou o partido nos anos 1980, tendo-se dedicado à atividade empresarial na área da música, e é hoje um destacado militante do PSD, conotado com a facção mais conservadora deste partido.)
Ver tambémReferências
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