Pneumonite de hipersensibilidade
Pneumonite de hipersensibilidade ou alveolite alérgica extrínseca é uma doença pulmonar caracterizada pela inflamação e dos alvéolos pulmonares por uma reação alérgica (hipersensibilidade tipo 4) à inalação de poeira ou vapor com proteínas orgânicas por vários anos. Acometidos são normalmente expostos ao alérgeno devido a sua profissão ou moradia e podem ser obrigados a mudar de carreira ou casa para recuperar-se. O uso de máscara é recomendado para prevenir os episódios de pneumonite. Classificação por causaEstá associada a diversas profissões e diferentes patógenos[1][2]:
PatofisiologiaO processo histopatológico consiste em inflamação crônica dos brônquios e tecidos próximos (bronquiolite), muitas vezes com granulomas não caseosos mal definidos e células gigantes no interstício ou alvéolos. Fibrose e enfisema podem se desenvolver mais tarde.[4] Sinais e sintomasPneumonite de hipersensibilidade é categorizada aguda, subaguda ou crônica baseado na duração da doença.[5]
Os sintomas da pneumonite de hipersensibilidade aguda geralmente começam 4 a 8 horas após a exposição ao agente responsável pela alergia (alérgeno) e são similares a uma gripe[6]:
Outros sintomas comuns incluem mal-estar, calafrios, dor de cabeça, dores pelo corpo e perda de apetite. Resolve depois de 12h ou alguns dias evitando o alérgeno e volta após nova exposição.
Os sintomas tendem a ser menos grave e mais graduais no início e incluem[6]:
Pode ocorrer após ataques agudos repetidos e episódios de pneumonia. Ao contrário da forma aguda os sintomas demoram semanas ou meses para melhorar.
Pode aparecer com ou sem fases agudas prévias[6]
Pode complicar com fibrose pulmonar progressiva e parcialmente irreversível, destruição dos alvéolos (enfisema), insuficiência cardíaca direita (cor pulmonale) e ruptura pulmonar (pneumotórax espontâneo) com altos níveis de mortalidade.[7] DiagnósticoO diagnóstico é baseado na história de sintomas após a exposição ao alérgeno e em testes clínicos. Exames de sangue indicam sinais de inflamação pouco específicos, a radiografia de tórax revela áreas de opacidade difusa, pode haver edema e fibrose, e testes de função pulmonar revelam doença pulmonar restritiva.[6] TratamentoDescobrir a causa da alergia e evitá-la é a principal parte do tratamento, frequentemente não é necessário medicação. Nos casos crônicos pode demorar anos até que o pulmão se recupere. Corticosteroides podem tratar os sintomas, mas não impede a evolução da doença.[1] Sem evitar o alérgeno a fibrose pulmonar continua a progredir e até ser fatal mesmo com terapia corticosteroide agressiva.[6] Ver tambémReferências
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