Roberto Manzoni
Roberto Manzoni (São Paulo, 30 de junho de 1949[1] – São Paulo, 10 de novembro de 2023), também conhecido como Magrão, foi um diretor de televisão, compositor, produtor musical, apresentador e político brasileiro. Notabilizou-se por ter dirigido programas exibidos pelo SBT, em especial os apresentados por Gugu Liberato. Biografia e carreiraInício de vidaNatural da capital paulista, Roberto nasceu em 30 de junho de 1949.[1] Começo na televisãoManzoni começou a sua carreira na década de 1970, dirigindo o Domingo no Parque, apresentado por Silvio Santos.[2] A partir da década de 1980, passou a trabalhar ao lado de Gugu Liberato, em atrações como Viva a Noite e, posteriormente nos anos 1990, o Domingo Legal.[3] Domingo LegalEm seu período no Domingo Legal, Manzoni ajudou o programa a liderar a audiência nos domingos, acumulando vitórias sobre o Domingão do Faustão, da TV Globo.[4] Em uma entrevista à Folha de S.Paulo em 2000, ele explica que o segredo não era oferecer um simples programa, mas "uma programação", tendo uma estratégia para vencer o Planeta Xuxa e o Megatom (humorístico apresentado por Tom Cavalcante), com brincadeiras e gincanas, e outra para derrotar a atração comandada por Fausto Silva, levando ao ar reportagens.[4] Manzoni deixou a direção do Domingo Legal em 5 de setembro de 2003, insatisfeito com a mudança de rumos do programa.[5] Na época, o SBT teve que cortar atrações mais apelativas da atração, como os ensaios sensuais, devido a pressões vindas de uma campanha intitulada "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", contra o baixo nível da qualidade da programação de TV no Brasil.[5] Além disso, o programa perdeu a liderança para o Domingão do Faustão.[5] Manzoni também estava insatisfeito com o fato de dividir a direção com Maurício Nunes e por discordar do uso maior do jornalismo e da redução dos shows no Domingo Legal.[6] A saída de Manzoni aconteceu dias antes do dominical exibir uma falsa entrevista em que pessoas que se passaram por integrantes do Primeiro Comando da Capital faziam diversas ameaças. O diretor acabou voltando ao Domingo Legal no dia 25 de setembro de 2003, após atender um apelo do próprio Silvio Santos, dono do canal.[6] Com o seu retorno, o programa só passou a ter jornalismo se houvesse algo relevante em tempo real.[6] Últimos trabalhos na televisãoEm 2004, Roberto Manzoni assumiu a direção do Jogo da Vida, de Márcia Goldschmidt, quando a Band tentou entrar na guerra de audiência aos domingos.[7][8] Em 2005, estreou como apresentador, comandando o O Poderoso Magrão, na TV Gazeta.[9] Ainda em 2005, lançou o livro autobiográfico Os Bastidores da Televisão Brasileira, onde conta as suas histórias à frente de programas de televisão.[10] Retornou ao SBT em 2007, onde dirigiu o relançamento do Viva a Noite, dessa vez comandado por Gilmelândia.[11] Em 2008, dirigiu a reestreia do Programa Silvio Santos.[2] Manzoni deixou o Domingo Legal em definitivo em 2016, já sob o comando de Celso Portiolli.[12] Ele também dirigia o Sabadão, outra atração comandada pelo apresentador.[12] O diretor se retirou da emissora para cuidar da saúde.[12] Em 2018, Manzoni passou uma semana internado para tratar de uma pneumonia.[3] Carreira musicalManzoni também teve carreira como produtor musical e compositor. Seu nome aparece como produtor do álbum Provocante, do Dominó.[13] Também é creditado como compositor de músicas cantadas por Gugu Liberato, como A Dança da Galinha Azul, Fio Dental e Marcha da Bicharada.[14] Assinou a direção do álbum Gugu para Crianças, de 2002.[15] Aparece como compositor de Pensamento Verde, do grupo Molejo, mas essa autoria foi contestada por Antonio Scarpellini, que entrou em uma ação criminal contra as gravadoras Warner/Continental e BMG/Ariola. Isso porque a canção entrou no disco da BMG, mas sob a autoria de Manzoni.[16] Na políticaTentou a carreira política uma única vez, em 2006, quando candidatou-se a deputado federal pelo Partido Democrático Trabalhista.[17] Recebeu 1.605 votos.[1] MorteManzoni faleceu na madrugada de 10 de novembro de 2023, aos 74 anos de idade.[18] A causa da morte não foi informada.[19][20] Seu corpo foi enterrado no Cemitério Municipal Bela Vista, em Osasco, na Grande São Paulo.[20][21][19] Referências
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