Teste de WarteggO Teste ou Prova de Wartegg é uma técnica de avaliação psicológica classificada como teste projetivo. Desenvolvido pelo psicólogo alemão Ehrig Wartegg, foi amplamente utilizado nos campos da seleção de pessoal e da psicoterapia. A ferramenta também é conhecida pelos nomes WZT, Teste de Complemento de Desenhos ou ainda Wartegg-Zeichen-Test. Introdução históricaNa década de 1920, Ehrig Wartegg desenvolveu interesse em Psicologia da Gestalt, filosofia mística e arte moderna, influenciando a criação do Teste de Wartegg em 1926. A primeira publicação sobre o teste de desenho de Wartegg e seu modelo de personalidade ocorreu em 1939, intitulada "Gestaltung und Charakter" (Desenho e Caráter). Em 1952, seguiu-se a obra "Schichtdiagnostik" (Diagnóstico Diferencial), abordando a interpretação do desenho gráfico e projetando uma tipologia de caráter. Wartegg percebeu que, para o uso da psicologia aplicada, era necessário realizar uma análise mais detalhada sobre a tipologia da personalidade e, portanto, concebeu um esquema de quatro dimensões composto pelas funções básicas mais tradicionalmente reconhecidas: emoção, imaginação, inteligência e atividade. Estudos acadêmicos sobre o teste Wartegg são escassos, com um pico de interesse ocorrido na década de 1950. Diferentes aspectos do teste e sua aplicação foram explorados por pesquisadores como Lossen e Schott (1952), Renner (1953), Ave-Lallemant (2001), Justin Seitz (2003), Klauser (2006), Guggenbühl (2007) e Gronnerod (2011). A validade do teste Wartegg como ferramenta é variável de acordo com o país: a mesma tem sido questionada por autores finlandeses como Tamminen e Lindeman (2000) e Roivainen (2006), devido à falta de estudos conclusivos e históricos sobre o teste, bem como à sua validação empírica insuficiente. No Brasil, Souza, Primi e Koich (2007) concluíram que o Wartegg ainda não atende aos requisitos de validação estabelecidos pelo Conselho Federal de Psicologia do Brasil para testes psicológicos.[1] O espanhol Castrillón (2004) expressa ressalvas com a utilização do teste devido à falta de estudos de validação, observando a subjetividade na interpretação dos resultados, o que compromete sua capacidade de discriminação. Realização e interpretaçãoO indivíduo recebe uma série de oito quadros com elementos isolados. A instrução consiste em completar esses oito quadros com desenhos feitos à mão livre, partindo de estímulos que induzem certas reações no sujeito, reações que serão refletidas em diferentes aspectos da série de gráficos, como o tipo de traço, a forma das linhas, o uso do espaço, todos indicando uma característica da personalidade. Cada um dos oito quadros representa aspectos distintos,[2] como ambição, agressividade, racionalidade e lógica, sexualidade, entre outros. Biedma e d'Alfonso observam que Wartegg usou critérios subjetivos e objetivos para identificar impressões causadas por temas específicos.[3] Eles destacam como esses temas refletem atitudes condicionadas pela evolução ou estrutura da personalidade de cada indivíduo. Além disso, eles comparam esses temas a arquétipos, considerando suas características gráficas e conteúdo simbólico-expressivo, encontrados em escritas antigas como as babilônicas, chinesas e semíticas. Referências
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