Final da Copa do Mundo FIFA de 1962
A final da Copa do Mundo FIFA de 1962 foi disputada em 17 de junho no Estádio Nacional de Chile, em Santiago, entre a Seleção Brasileira e a Seleção Tchecoslovaca. Ambas as equipes já haviam se enfrentado antes neste mesmo torneio, e o resultado foi um empate. Foi a segunda vez na história das Copas que equipes que já haviam se enfrentando antes na mesma edição se encontraram novamente na Final (a outra havia sido em 1954, entre a Alemanha e a Hungria). Foi também a primeira vez que uma seleção européia chegou a uma final de Copa do Mundo disputada fora da Europa. Esta foi a segunda vez que a Tchecoslovaquia disputou uma final de Copa do Mundo (a outra foi em 1934). Já com relação ao Brasil, tratou-se da segunda vez numa final (a outra foi em na edição anterior), já que em 1950 não houve uma final propriamente dita, e sim uma rodada final de um quadrangular. Ao final de 90 minutos, o Brasil venceu a Tchecoslovaquia por 3–1 e se tornou bicampeão do mundo. Desta forma, essa foi a segunda, e por enquanto última, vez que uma equipe conseguiu o bi-campeonato da Copa de maneira consecutiva. Antecedentes
Caminho Até a Final
Detalhes da partidaDesfalquesO único desfalque desta partida ficou por conta do Pelé, que se lesionou ainda no segundo jogo brasileiro na competição.[5]
Garrincha também seria um desfalque, por conta da expulsão no jogo da semi-final contra o Chile. Porém, o juiz da partida, o peruano Arturo Yamasaki, não relatou a agressão na súmula. Ele não havia visto a agressão de Garrincha no lance. Antes de expulsar o ponta, ele consultou o bandeirinha uruguaio Esteban Mariño, que havia acompanhado de perto o lance e chamou a atenção do árbitro.[6] Por conta de não constar na súmula (o bandeirinha uruguaio deixou apenas uma declaração escrita, afirmando que a infração foi um simples revide em típico lance de jogo), a Fifa, após pressões do Brasil, inclusive do então primeiro-ministro Tancredo Neves, incentivado pelo presidente João Goulart, e até do presidente chileno, Jorge Alessandri, que enviou pessoalmente uma carta à comissão disciplinar da Fifa pedindo que não se deixasse de fora o “jogador de futebol tão alegre”, deu a Garrincha apenas uma advertência do Tribunal da Fifa.[6] Naquele tempo, não havia suspensão automática. Quando um jogador era expulso, realizava-se um julgamento para determinar a punição a ser aplicada ao sujeito indisciplinado.[7] ResumoGarrincha, mesmo com febre de 38 graus, foi para o jogo.[6] A Tchecoslováquia assumiu a liderança com Josef Masopust aos 14 min, após assistência de Tomáš Pospíchal. O escrete canarinho empatou três minutos depois, com Amarildo. Após boa jogada jogada individual na lateral esquerda de Zagallo que entregou a Amarildo, de canhota supreender o goleiro. Antes do intervalo, Mário Zagallo reclamou de um pênalti contra ele, mas o árbitro deixou passar. Aos 69 min, Zózimo recuperou uma bola em sua metade do campo, Zito abriu o jogo na ala esquerda para Amarildo, que cruzou no meio para o mesmo Zito empurrar para as redes. Brasil 2-1; Logo após os jogadores da Tchecoslováquia protestarem por um pênalti não marcado: Tomáš Pospíchal cruzou no meio da área, a bola chegou a Adolf Scherer, que deu um passe de cabeça para o desmarcado Josef Jelínek, que chutou no gol, mas sua conclusão foi bloqueada pelo braço de Djalma Santos. O árbitro não apitou. Aos 79 min, Vavá marcou o definitivo 3-1 para o Brasil, após uma bobeada do goleiro Viliam Schrojf, que foi atrapalhado pela luz do sol. Depois, foi só esperar o árbitro apitar o final da partida para o capitão Mauro Ramos de Oliveira erguer a taça Jules Rimet, e o Brasil conquistar seu segundo título mundial (consecutivo). Estatísticas
Ficha Técnica
Curiosidades
Referências
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