A final da Copa do Mundo FIFA de 1998 foi disputada pela França, que havia eliminado a Croácia, a Itália e o Paraguai; e o Brasil, que havia eliminado a Holanda, a Dinamarca e o Chile. A partida foi realizada em 12 de julho às 21 horas, no Stade de France, com um público estimado em oitenta mil pessoas. Sob o apito do árbitro marroquino Said Belqola, Zinédine Zidane marcou duas vezes no primeiro tempo e Emmanuel Petit ampliou aos 48 minutos do segundo tempo, terminando a partida em 3–0, derrotando a seleção brasileira, então a última campeã do mundo e única tetracampeã da época. O capitão francês Didier Deschamps levantou a taça do primeiro título da França em Copas do Mundo. Ele voltaria a conquistar um título mundial com a seleção francesa 20 anos depois, dessa vez como técnico, se juntando ao brasileiro Zagallo e ao alemão Franz Beckenbauer a ter conseguido esse feito como jogador e como treinador.[1]
Trinta e duas seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo quinze delas europeias, oito americanas, cinco africanas e quatro asiáticas.
O sorteio foi realizado no Stade Vélodrome em Marseilles, no dia 4 de Dezembro de 1997, e trouxe algumas novidades na cerimônia, como ter sido realizado pela primeira vez dentro de um estádio, antecedido por um amistoso entre uma Seleção da Europa (liderada por Zinedine Zidane) contra a Seleção do Resto do Mundo (liderada por Ronaldo Fenômeno).[4]
França, anfitriã, e Brasil, último campeão, foram cabeças de chave por direito. Os outros cabeças-de-chave foram escolhidos da seguinte forma: A FIFA definiu que os cabeças-de-chave seriam eleitos através de um ranking que levaria em conta a participação das seleções nas últimas três Copas e no ranking da FIFA de 1995 a 1997. Com isso, a Romênia credenciou-se a este grupo, ao lado de Brasil, França, Alemanha, Argentina, Itália, Holanda e Espanha.[5]
Em uma entrevista dada em 2018 ao programa de TV France Bleu, Michel Platini polemizou ao afirmar que o sorteio foi "manipulado" para que Brasil e França fosse cabeças-de-chave dos grupos A e C, para que assim só pudessem se enfrentar numa eventual final, já que esse "era o sonho" da entidade máxima do futebol. Segundo as normas da Fifa, porém, o ato é algo considerado proibido, uma vez que as seleções devem ser sorteadas uma a uma. "Não iríamos preparar uma Copa do Mundo durante seis anos para não fazer pequenas travessuras, não é? Você acha que os demais também não fizeram?", indagou Platini.[6][7]
A bola para a Copa do Mundo de 1998, fabricada pela Adidas, foi nomeada Tricolore, que significa "tricolor" em francês.[9] Foi a oitava bola da Copa do Mundo feita para o torneio pela empresa alemã e foi a primeira da série a ser multi-colorida.[10] A bandeira tricolor e o galo, símbolos tradicionais da França, foram usados como inspiração para o design.[10]
Mascote
O mascote oficial foi o Footix, um galo que foi apresentado pela primeira vez em maio de 1996.[11] Foi criado pelo designer gráfico Fabrice Pialot e selecionado de uma lista de cinco mascotes.[12] Pesquisas realizadas sobre a escolha de ter um galo como mascote foram muito recebidas: 91% associaram-no imediatamente à França, como um símbolo tradicional da nação.[11] Footix, o nome escolhido pelos telespectadores franceses, é uma mistura de "futebol" e o final "-ix" da popular tira cômica de Astérix.[11]
Música oficial
A música oficial da Copa do Mundo de 1998 foi "La Copa de la Vida", gravada por Ricky Martin.[13][14]
Transmissão
A FIFA, por meio de várias empresas, vendeu os direitos de transmissão da Copa do Mundo da FIFA de 1998 para muitas emissoras. No Reino Unido, a BBC e a ITV tinham direitos de transmissão. As imagens e o áudio da competição foram fornecidos aos canais de TV e rádio pela empresa TVRS 98, a emissora do torneio.[15]
Os jogos da Copa do Mundo foram transmitidos em 200 países. 818 fotógrafos foram creditados para o torneio. Em cada partida, um estande era reservado para a imprensa. O número de vagas concedidas atingiu o seu máximo na final, quando estavam presentes no estande 1.750 repórteres e 110 comentaristas de televisão.[16]
Brasil
A cobertura pela TV brasileira foi feita por Rede Globo, Rede Bandeirantes, Rede Record, SBT, Rede Manchete, ESPN Brasil e SporTV. Foi a última edição do torneio em que os direitos de transmissão foram comercializados pela Organização das Televisões Iberoamericanas (OTI), além de ser a última a ser transmitida por todas as principais redes de televisão aberta do país.