A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 foi a oitava edição do campeonato e teve como país anfitrião a França. A competição ocorreu pela primeira vez neste país, cuja sede foi designada pela Federação Internacional de Futebol em uma reunião ocorrida em março de 2015.[1] O torneio teve início no dia 7 de junho e se encerrou em 7 de julho. Um total de onze cidades diferentes sediam partidas do torneio.
Os Estados Unidos venceram os Países Baixos na final por 2–0 e conquistaram a Copa do Mundo pela quarta vez, sendo o segundo consecutivo, tornando-se a segunda seleção desde a Alemanha em 2007 a defender com sucesso o título.[2][3]
Durante uma partida disputada em Reims, válida pela fase de grupos, os Estados Unidos venceram a Tailândia por 13–0 e registraram a maior vitória em diferença de gols na história da competição.[4]
Com dois gols marcados pelo Brasil, um no duelo contra a Austrália e outro contra a Itália, Marta chegou a marca de dezessete gols na história das Copas, superando o alemão Miroslav Klose como maior goleadora em mundiais.[5] Tornou-se ainda a primeira, entre homens e mulheres, a marcar em cinco edições diferentes do torneio.[6]
Candidaturas
Em 6 de março de 2014, a FIFA anunciou o início da licitação para a Copa do Mundo Feminina de 2019. As associações membros interessadas em sediar o torneio tiveram que apresentar uma declaração de interesse até o dia 15 de abril de 2014, e fornecer o conjunto completo de documentos de licitação até 31 de outubro daquele ano.[7] Em princípio, a FIFA preferia que a Copa do Mundo de 2019 e a Copa do Mundo de Futebol Feminino Sub-20 de 2018 fossem organizadas pela mesma associação membro, mas se as circunstâncias exigissem o contrário, a FIFA se reservava no direito de atribuir a sede dos eventos a diferentes países.
Os seguintes países apresentaram propostas oficiais para sediar o torneio através da apresentação de seus documentos até 31 de outubro de 2014:[17][18]
Em 19 de março de 2015, a França ganhou oficialmente a candidatura para sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019. A decisão foi tomada depois de uma votação feita pelo Comité Executivo da FIFA.[21]
Estádios
O jogo de uma semifinal e a final foram disputadas no Parc Olympique Lyonnais, em Lyon, com capacidade para 58 mil espectadores. Roazhon Park, em Rennes acolheu seis partidas sendo quatro na fase de grupos, uma nas oitavas de final, e uma na semifinal. O Parc des Princes, em Paris, recebeu o jogo de abertura.[22] Nove outras cidades se candidataram a sediar partidas, com seis deles sendo escolhidas para a Copa do Mundo.[23]
As competições que qualificaram as seleções para a Copa do Mundo foram disputadas entre abril de 2017 e novembro de 2018, onde foram apuradas 23 seleções para o torneio, além da anfitriã França que já estava previamente classificada por ser o país sede.[24]
As seguintes seleções foram classificadas para a disputa do Mundial.
CAN Chandal Boudreau JAM Princess Brown MEX Enedina Caudillo MEX Mayte Chávez USA Felisha Mariscal USA Kathryn Nesbitt HON Shirley Perello JAM Stephanie Yee Sing
ECU Mónica Amboya BRA Neuza Back COL Mary Blanco ARG Mariana de Almeida URU Luciana Mascaraña BRA Tatiane Sacilotti CHI Loreto Toloza CHI Leslie Vásquez
UKR Oleksandra Ardasheva SCO Kylie Cockburn ROU Petruța Iugulescu GRE Chrysoula Kourompylia SUI Susanne Kung RUS Ekaterina Kurochkina SWE Julia Magnusson ENG Sian Massey FRA Manuela Nicolosi IRL Michelle O'Neill GER Katrin Rafalski ENG Lisa Rashid CZE Lucie Ratajová CRO Sanja Rođak UKR Maryna Striletska SVK Mária Súkeníková ROU Mihaela Tepusa HUN Katalin Török
O sorteio que definiu a composição dos grupos realizou-se em 8 de dezembro de 2018 no La Seine Musicale, em Boulogne-Billancourt, comuna localizada nos subúrbios de Paris.[27]
As 24 seleções foram distribuídas em quatro potes de acordo com as colocações no Ranking Feminino Mundial de FIFA de 7 de dezembro de 2018, sendo que a França estava automaticamente posicionada no Pote 1.[28] Nenhum grupo poderia conter mais de uma seleção de cada confederação, com exceção da UEFA que poderia ter até duas seleções por grupo.[29]
Cada equipe teve que fornecer à FIFA uma equipe preliminar entre 23 e 50 jogadores até 26 de abril de 2019, que não será publicada. A partir do plantel preliminar, a equipe teve que nomear um esquadrão final de 23 jogadores (três dos quais devem ser goleiros) por um prazo determinado. Os jogadores da equipe final puderam ser substituídos por uma jogadora da equipe preliminar devido a lesões graves ou doença até 24 horas antes do início da primeira partida da equipe.[30]
Fase de grupos
O programa de partidas da competição foi divulgado em 8 de fevereiro de 2018.[31] As duas primeiras colocadas de cada grupo, mais as quatro melhores terceiro colocadas avançam para as oitavas de final.[30]
Equipes classificadas às oitavas de final
Equipes classificadas como melhores terceiro colocadas
Com a vitória dos Estados Unidos sobre a França nas quartas de final, todas as demais equipes classificadas as semifinais se garantiram nos Jogos Olímpicos por serem europeias.[33]
O emblema e slogan foi lançado em 19 de setembro de 2017 no Museu do Homem em Paris.[37] O emblema é uma forma do troféu da Copa do Mundo de Futebol Feminino com as cores da Bandeira da França, as listras da moda passada e presente dos marinheiros franceses marinhos e a bola de luz com oito fragmentos e com o símbolo de Fleur-de-lis. O slogan é "Dare to Shine" (Francês traduzido: Le moment de briller).[38]
Mascote
O mascote oficial foi chamado de "Ettie" e revelado em 12 de maio de 2018 na sede do Groupe TF1, e foi transmitido na LCI. Ela fez sua primeira aparição pública em Paris em frente à icônica Torre Eiffel. A Fifa descreve-a como "uma jovem galinha com paixão pela vida e pelo futebol" e afirma que "ela vem de uma longa linhagem de mascotes de penas e é filha do Footix, mascote oficial da Copa do Mundo de 1998 na França".[39]
Brasil – Grupo Globo e Grupo Bandeirantes. Na televisão aberta, pela primeira vez os jogos da seleção brasileira foram transmitidos pela Rede Globo e pela Rede Bandeirantes, sendo que a última passou alguns jogos de outras seleções e ambas exibiram a final. Na televisão a cabo, os jogos foram transmitidos pela SporTV e BandSports.[41]
Pela mídia, obteve uma forte divulgação além de um destaque maior na competição, se tornando a edição mais vista da história, quebrando recordes de audiência pelo mundo. Em alguns países, superou até mesmo os jogos das seleções masculinas de futebol. No Brasil, o jogo de estreia da seleção nacional contra a Jamaica, aumentou em 90% a média das manhãs de domingo da Rede Globo. Já nas oitavas de final durante a partida entre Brasil e França, a emissora registrou 30,4 pontos, números estes que são vistos apenas na telenovela das nove e no Jornal Nacional. Na Rede Bandeirantes, a melhor marca ficou na partida entre Suécia e Estados Unidos, quando alcançou seis pontos de média com picos de oito e permaneceu em terceiro lugar isolado em termos de audiência. Pelo SporTV, com a cobertura de todos os jogos na TV por assinatura, houve um aumento de 300% com relação a edição anterior.[48]
↑«FA drop Women's World Cup bid» (em inglês). Football365.com. 23 de junho de 2014. Consultado em 22 de abril de 2016. Arquivado do original em 26 de junho de 2014
↑«NZF not progressing women's cup bid» (em inglês). Oceania Football Confederation. 25 de junho de 2014. Consultado em 22 de abril de 2016. Arquivado do original em 28 de junho de 2014