Jornal O SnobO Jornal O Snob foi um jornal de temática LGBT+ com circulação no Rio de Janeiro na década de 1960. Criado por Agildo Guimarães, começou como um pequeno jornal circulando por bairros do Centro e Zona Sul, onde publicava sobre temáticas relacionadas ao público LGBT+.[1] O jornal publicava sobre encontros amorosos em tom de fofoca, comentários de concursos voltados ao público LGBT+ e também pontos de encontro sexuais.[2] Se tornou o primeiro jornal explicitamente LGBT+, em especial homens cis gays, onde eram referenciados como "bichas", "bofes", "bonecas" e "entendidos".[3] Apesar de não ser o objetivo, promoveu uma reflexão sobre gênero e identidade masculina à época.[4] Era comum denominar-se ou usar pseudônimos com nomes femininos, o que gerou uma discussão dentro do grupo sobre papéis de gênero.[5] Sua circulação foi encerrada em 1969.[6] HistóriaApós o concurso Miss Traje Típico, Agildo Guimarães decidiu criar um pequeno jornal em forma de criticar a decisão. Em uma folha ofício, datilografada e impressa em um mimeógrafo, o jornal circulava por bairros do Centro, como a Cinelândia, e bairros da Zona Sul, como Copacabana.[7] Consequentemente, o jornal se tornou conhecido na comunidade gay carioca e tornou-se uma minirrevista com capa e ilustrações.[7] Escrita de forma anônima, permitia o discurso em uma linguagem menos formal de jornais como "O Globo". Trazia notícias, informações e conteúdos voltados para o público LGBT+, especialmente homens cis gays. O jornal ficou conhecido por ser um espaço seguro de comunicação homossexual, utilizando termos como "bichas" e "bofes". [2] O jornal promovia encontros, festas, fofocas sobre relacionamento de moradores da cidade e comentários de concursos gays que ocorriam na época. As festas ocorriam em residências de colunistas ou anônimos, possibilitando a criação de laços de solidariedade [costa, 9]. Sua linguagem coloquial onde introduzia termos e gírias da comunidade gay. O autor, sempre anônimo (ou pseudônimo) se referia à si mesmo e ao publico em geral, sempre no feminino. [8]
Referências
Bibliografia
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