Jornal Tupi
Jornal Tupi foi um telejornal brasileiro produzido e exibido pela Rede Tupi. Transmitido de segunda à sábado, às 19h, foi o último noticiário produzido pela rede, indo ao ar entre 7 de abril e 16 de julho de 1980, dois dias antes do encerramento de suas transmissões. HistóriaEm janeiro de 1980, os problemas financeiros da Rede Tupi se agravaram, resultando no fim das atividades do seu departamento de teledramaturgia e o cancelamento de várias atrações. A programação havia ficado esvaziada, e vários enlatados e reprises tomaram o horário nobre, que perdia cada vez mais audiência. Walter Avancini havia entregado o cargo de superintendente de programação em novembro de 1979, após nove meses de trabalho, e a direção do setor ficou nas mãos de Antonino Seabra, que teve a missão de continuar mantendo um padrão de qualidade elevado para que a rede comemorasse o seu aniversário de 30 anos de uma maneira digna.[2] Para preencher as lacunas, a emissora decidiu substituir o Rede Tupi de Notícias, criado pela gestão de Avancini há apenas 11 meses, por um novo noticiário, o Jornal Tupi, que estreou em 7 de abril de 1980. Com 60 minutos de duração (a maior dos telejornais de rede exibidos na faixa), tinha a direção do jornalista Heitor Augusto, e a apresentação de Antônio Casale, Fausto Rocha, Lívio Carneiro e Rejane Limaverde. Seu conteúdo, além do noticiário internacional, tinha ampla participação das emissoras da rede na produção nacional, refletindo uma proposta do seu diretor, Rubens Furtado, de fazer com que a população tomasse conhecimento dos problemas de todos os estados.[2] Em 2 de maio, após constatarem que haviam recebido cheques sem fundo para o pagamento dos seus salários atrasados, cerca de dois terços dos 968 funcionários da TV Tupi São Paulo entraram em greve, suspendendo para sempre a geração da sua programação e da rede, que foi prontamente assumida pela TV Tupi Rio de Janeiro naquele mesmo dia. O Jornal Tupi, assim como todas as atrações remanescentes da grade, passou a ser feito pelo departamento de jornalismo da filial carioca.[2] Sua última edição foi ao ar em 16 de julho, mesmo dia em que o ministro da comunicação social, Said Farhat, anunciou que o presidente João Figueiredo havia decidido declarar peremptas as concessões de 7 das 9 emissoras controladas diretamente pela Rede Tupi. No dia seguinte, no horário em que o Jornal Tupi ia ao ar regularmente, era exibida ao vivo uma vigília de funcionários nos estúdios da emissora no Cassino da Urca, que em vão tentava demover o presidente Figueiredo de decretar a cassação das concessões, que foi publicada em edição do Diário Oficial da União do dia seguinte.[2][3] Referências
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