Marcello Mathias Nota: Se procura o embaixador homónimo, veja Marcello Duarte Mathias.
Marcello Gonçalves Nunes Duarte Mathias CvC • GCC • ComSE • GCIH (Lisboa, Encarnação, 15 de Agosto de 1903 – Cascais, Estoril, 9 de Junho de 1999) foi um diplomata, político e escritor português na época do Estado Novo.[1] FamíliaFilho de Leonardo Gonçalves Mathias (Arganil, Benfeita, 13 de Dezembro de 1876 - 1952) e de sua mulher Maria da Assunção Nunes Gonçalves (Arganil, Benfeita, 1877 - Lisboa, Agosto de 1953); neto paterno de José Gonçalves Mathias e de sua mulher Ana de Jesus Garcia, e neto materno de José Elias Gonçalves (filho de António Elias Gonçalves e de sua mulher Josefa Bernarda) e de sua mulher Maria Nunes (Seixal, Seixal - ?, filha de José Duarte e de sua mulher Maria Nunes).[2] Era irmão mais novo de Mário Mathias. BiografiaEstudou e formou-se como Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa,[1] foi Delegado do Procurador da República[1] nas Comarcas de Mértola e de Alcácer do Sal, e Conservador do Registo Civil, aprovado em concurso para o Quadro Diplomático e Consular em 1930, Secretário de Legação, Cônsul Adjunto ao Consulado-Geral no Rio de Janeiro em 1931, que geriu o Consulado-Geral de 1932 a 1934 e o de Atenas de 1934 a 1935, Cônsul Adjunto ao Consulado-Geral em Paris em 1934, Secretário de Legação na Embaixada de Portugal em Londres em 1935 e Chefe da Secção da Cifra em 1939 e Secretário de Legação na Secretaria de Estado, na Embaixada do Rio de Janeiro, em 1940. Foi Director-Geral dos Negócios Políticos.[1] Cônsul no Rio de Janeiro, em Paris e em Atenas, Diretor-Geral dos Negócios Políticos e da Administração Interna do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministro dos Negócios Estrangeiros de Salazar entre 29 de Setembro de 1958 e 1961.[2][3] A sua importância histórica deve-se principalmente ao seu longo período de 24 anos como Embaixador de Portugal em Paris, cargo que deixou de exercer por ter atingido o limite de idade, durante o qual convenceu o multimilionário Calouste Gulbenkian a estabelecer a sua fortuna em Portugal e aí criar uma fundação, a Fundação Calouste Gulbenkian.[2][3] Foi, também, poeta, ensaísta e escritor.[2][3] Recebeu o Prémio D. Dinis em 2001 pela obra A Memória dos Outros. Tem uma Rua com o seu nome no Bairro de Santo António, no Estoril, em Cascais. Ordens honoríficas portuguesas:
Ordens honoríficas estrangeiras:
Casamento e descendênciaCasou em Atenas, Grécia, a 9 de Março de 1935 com Fedora Charles Zaffiri (Cairo, 6 de Março de 1906 - Cascais, Estoril, 16 de Setembro de 1990), filha de Charalambas Zaffiri, comerciante grego estabelecido no Cairo, Egito, e de sua mulher Despina Baganis. Foram pais de Leonardo Duarte Mathias, Marcello Duarte Mathias e Helena Mathias.[2][3] Referências
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