Nando Reis possui mais de 10 álbuns lançados, 6 milhões de cópias vendidas, 2 Grammys Latinos vencidos e 12 indicações.[1]
Biografia
Titãs
Nando Reis era percussionista e crooner da banda de salsaSossega Leão quando os Titãs foram formados. Na primeira apresentação pública dos Titãs, ele figurou como baterista. Após o lançamento do primeiro disco deles, ele chegou a sair do grupo por duas semanas, preferindo o Sossega Leão por razões financeiras, mas acabou mudando de ideia e foi aceito de volta.[2]
Saiu dos Titãs em setembro de 2002,[3] durante a turnê do álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, de 2001. Na época, alegou "incompatibilidade de pensamento", e informou que ainda estava abalado pela morte dos amigos Cássia Eller e Marcelo Fromer.[4][5] Em entrevista posterior, afirmou que sua saída se deveu também à sua vontade de se dedicar mais à sua carreira solo, chegando a propor à banda que pausassem suas atividades por um ano após o lançamento do álbum.[6] Afirmou ainda que seu isolamento como compositor na banda vinha crescendo, o que era evidenciado pela quantidade de músicas escritas apenas por ele nos últimos álbuns.[6]
Posteriormente, o músico e a banda voltaram a se falar normalmente,[6] e Nando participou do show de 30 anos de carreira dos Titãs que ocorreu no Espaço das Américas, em São Paulo, na noite de 6 de outubro de 2012.[7][8][9]
Em 2023 e 2024, participou da turnê "Titãs Encontro - Todos ao Mesmo Tempo Agora", reunindo todos os membros dos Titãs vivos no mesmo palco.[10][11][12]
Carreira solo
Nando lançou seu primeiro disco solo, 12 de Janeiro, em 1995, quando ainda era baixista dos Titãs.
Em 2009, lançou Drês,[13] nome criado a partir de "Dri", apelido de sua ex-namorada Adriana Lotaif,[18] e três, número de composições dedicadas a ela no álbum.[19][20] O álbum trouxe canções dedicadas à mãe, “Conta”, e à filha Sophia, “Só pra So”.[21][19] O destaque do disco foi "Pra Você Guardei o Amor", no qual dividiu os vocais com Ana Cañas.[13][21]
Em 2012, Nando figurou na lista dos dez artistas que mais lucraram com direitos autorais no primeiro semestre daquele ano, segundo o Ecad.[24][25] Em 2016, estava na 15ª posição do mesmo ranking, além de ser o 6º no ranking de arrecadação com shows e o primeiro no ranking de arrecadação de música reproduzida em locais públicos.[26][27]
No mesmo mês, foi anunciado que o cantor, juntamente à banda Os Paralamas do Sucesso e às cantoras Paula Toller e Pitty, participariam de uma turnê promovida pelo projeto Nivea Viva Rock Brasil, que ocorre anualmente desde 2012 e leva artistas para turnês pelo Brasil. A série de sete shows homenageará o rock brasileiro.[33]
Lançou em novembro de 2016 seu novo CD Jardim-Pomar. A capa do álbum foi assinada pela artista plástica Vânia Mignone.[36] No dia 16 de setembro do mesmo ano, lança o primeiro single do álbum: "Só Posso Dizer".[37]Jardim-Pomar foi premiado com o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa em 2017.[38]
Após realizarem juntos uma turnê que passou por seis capitais brasileiras em 2019, Nando Reis e a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, lançaram um álbum em 2022.[43]
Em 18 de setembro de 2020, lançou "Espera a Primavera", com participações de Jack Endino, Lulu Santos, Walter Vilaça, Céu e seu filho Theo. A canção faz referência ao "amor multicolor", que segundo ele é uma oposição ao discurso "negacionista, reducionista e obscurantista" que ele acreditava estar sendo posto em prática pelo governo brasileiro.[44]
Também em 2021, Nando lançou duas regravações de sucessos antigos de sua carreira. Em 11 de junho, relançou, com a participação de Pitty, "Um Tiro no Coração", música outrora executada num dueto de Sandra de Sá com Cássia Eller. Já em 26 de novembro, relançou "Não Vou Me Adaptar", originalmente gravada pelos Titãs no disco Televisão (1985) e escrita por Arnaldo Antunes, que participa da regravação. Ambas as músicas foram lançadas em preparação para a turnê Nando Hits, que estreou no dia 23 de dezembro em São Paulo.[46]
Sua história de vida foi registrada pelo Museu da Pessoa, em um vídeo intitulado de "Uma vida voltada para a música", publicado em 2013.[47]
A respeito de sua relação com a música, afirmou que foi a influência de sua mãe que despertou seu interesse pelo universo musical:
"Minha mãe se formou em Fonoaudiologia na PUC, me ensinou violão. Mas mamãe dava essas aulas, eu me lembro vagamente de alunos, mas nunca foi a profissão dela, nunca se apresentou. Ela tocava bem e tinha mais do que isso, ela tocava e cantava, era lindo. A minha relação com a música se passa, evidentemente, por isso. [...]."
Em junho de 2023, lança o podcastLugar de Sonho, composto por cinco episódios no qual compartilha memórias e histórias.[54][55][56][57][58]
Em julho de 2024, lança o projeto Uma Estrela Misteriosa,[59] Composto por três álbuns (Uma, Estrela[60] e Misteriosa) e um disco bônus, totalizando 26 músicas inéditas e quatro regravações.[61][62][63][64] O álbum contou com participações de Peter Buck (R.E.M.), Barrett Martin (bateria), Duff McKagan (Guns N’ Roses), Krist Novoselic (Nirvana), Mike McCready e Matt Cameron (Pearl Jam), além de seu filho Sebastião Reis.[61][65] A produção foi de Barrett Martin, conhecido por seu trabalho com bandas como Screaming Trees e Mad Season, e a coprodução de Felipe Cambraia; a produção executiva de Diogo Damascena; e a mixagem ficou a cargo de Jack Endino.[61]
Nando é um dos cinco filhos de José Carlos, um engenheiro, com Cecília, que seguiu carreira na fonoaudiologia após uma irmã de Nando ficar surda. Em casa, ela cantava e tocava violão, o que influenciaria Nando e o tornaria admirador de vozes femininas, como as de Cássia e Marisa. Cecília morreu de um câncer fulminante quando Nando tinha 26 anos e preparava o álbum Õ Blésq Blom com os Titãs.[39]
Torcedor do São Paulo Futebol Clube, manteve uma coluna semanal sobre este tema no jornal O Estado de S. Paulo[70] até 2010. Em 2009 lançou o livro infantil "Meu Pequeno São-Paulino", pela editora Belas Letras, que fala sobre a paixão de um torcedor pelo São Paulo e as conquistas obtidas pelo time.[carece de fontes?]
Foi casado com sua colega de escola Vânia de 1985 a 2003, e depois de 2013 até hoje.[39][76] Tem cinco filhos: Theodoro, Sophia, Sebastião, Zoé e Ismael. Theodoro e Sebastião também são músicos e tocavam em duas bandas diferentes[77] até se juntarem para formar o grupo 2 Reis.[78] Também tem um sobrinho, chamado Christian.
É a banda que atualmente o acompanha em seus shows. A partir do álbum MTV ao Vivo, todos os lançamentos da banda passaram a ser creditados a "Nando Reis e os Infernais" em vez de apenas "Nando Reis". Na época do lançamento de Sim e Não, ele explicou a mudança dizendo: "(...) eu escrevo as canções e a gente decide os arranjos em conjunto. Foi uma percepção gradativa [a mudança de nome de Nando Reis para Nando Reis e os Infernais], quando eu reparei que gostava de ser visto como um artista que tinha um diálogo com uma banda em vez de um artista apoiado por uma banda".[80]
O nome da banda, segundo ele, passa a ideia "de um som quente e profano. Toco violão, mas não faço MPB, meu som é muito mais ligado ao rock".[80]
Antes da banda ser oficialmente formada, o tecladista Alex Veley e o guitarrista Walter Villaça já haviam trabalhado com Nando em seu álbum Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro, gravado em Seattle.[81]
Apesar de Nando morar em São Paulo, a banda é sediada no Rio de Janeiro.[24]