Odilo Scherer
Odilo Pedro Scherer (Cerro Largo, 21 de setembro de 1949) é um cardeal brasileiro, décimo nono bispo de São Paulo, sendo seu sétimo arcebispo e quinto cardeal. Atualmente exerce também a função de Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). BiografiaFilho de Edwino Scherer e Francisca Wilma Steffens Scherer, é descendente de imigrantes alemães da região do Sarre (Saarland) radicados no Rio Grande do Sul, é o sexto filho do casal, em total de 13 irmãos. É parente distante do falecido Cardeal Dom Vicente Scherer.[1] EducaçãoSeus estudos primários foram realizados no Seminário São José, em Toledo no Paraná, onde o bispo Dom Armando Círio foi o idealizador e responsável. Os reitores, à época, foram o padre Santo Pelizer, depois padre Luís Vacaro. Foi então transferido para o Seminário Menor São José, em Curitiba, no mesmo estado do Paraná.[2] Realizou seus estudos preparatórios no Seminário Menor São José, em Cascavel. O curso de Filosofia foi realizado no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, também em Curitiba, e na Faculdade de Educação da Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul (1970-1975). Cursou Teologia no Studium Theologicum, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba.[3] É mestre em Filosofia e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1994-1996).[3] PresbitérioFoi ordenado presbítero no dia 7 de dezembro de 1976, em Toledo por Dom Armando Círio, O.S.J., sendo incardinado na Diocese de Toledo.[2][3] Atividades durante o presbiteratoFoi reitor e professor no Seminário Diocesano São José, em Cascavel (1977-1978); no Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja, em Toledo (1979-1982 e 1993); professor de Filosofia na Faculdade de Ciências Humanas Arnaldo Busatto, em Toledo (1980-1985); na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, em Toledo (1985-1994); professor de Teologia no Instituto Teológico Paulo VI, de Londrina (1985); vigário paroquial e cura da Catedral Cristo Rei, de Toledo (1985-1988); reitor do Seminário Teológico de Cascavel (1991-1992); diretor e professor do Centro Interdiocesano de Teologia de Cascavel (1991-1993); reitor do Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja (1993); membro da Comissão Nacional do Clero da CNBB (1985-1988); da Comissão Teológica do Regional Sul II (1992-1993); oficial da Congregação para os Bispos, na Cúria Romana (1994-2001).[2] EpiscopadoEm 28 de novembro de 2001, o Papa João Paulo II o designou bispo titular de Novos e auxiliar de São Paulo, aos 52 anos.[4] Recebeu a ordenação episcopal, em 2 de fevereiro de 2002, sendo ordenante principal o Cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, coadjuvado por Dom Armando Círio, O.S.J., arcebispo emérito de Cascavel, e Dom Anuar Battisti, então bispo de Toledo.[3] No dia 9 de março de 2002, tomou posse como bispo auxiliar de São Paulo. Foi bispo auxiliar de São Paulo (2002-2007); secretário-geral da CNBB (2003-2007); secretário-geral adjunto da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em maio de 2007. Desde 2007 é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB.[2] Arcebispo de São PauloEm 21 de março de 2007, foi nomeado Arcebispo de São Paulo, a terceira maior arquidiocese católica romana do mundo, assumindo dessa forma também o cargo de Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).[2][5] Recebeu o pálio das mãos do Papa Bento XVI, no dia 29 de junho de 2007. No dia 8 de maio de 2011 foi eleito presidente do Regional Sul I da CNBB. CardinalatoEm 24 de novembro de 2007, foi elevado ao cardinalato pelo Papa Bento XVI, no Consistório de 2007, na Basílica de São Pedro, recebendo o título de Cardeal-presbítero de Santo André no Quirinal, sendo então um dos mais jovens membros do Colégio Cardinalício.[1][3] Em 9 de maio de 2009, foi nomeado membro do Conselho de Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizativos e Econômicos da Santa Sé, até 24 de fevereiro de 2014, quando o Papa Francisco emitiu a constituição apostólica em forma de motu proprio Fidelis dispensator et prudens.[6] Foi eleito como membro delegado pela CNBB para participar como Padre Sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizado no Vaticano de 7 a 28 de outubro de 2012. Em novembro de 2012, como Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nomeou a terceira colocada na lista tríplice Anna Cintra. Embora o cargo de grão-chanceler lhe garanta o direito de optar por qualquer um dos três nomes, a escolha causou o descontentamento de alguns professores e alunos que esperavam a nomeação do primeiro nome da lista, como sói acontecer. O fato que também agravou foi o tempo para a nomeação, pois esperou por quase dois meses para nomear as vésperas do recesso acadêmico (férias) o que não teria sido bem visto pela comunidade acadêmica. Em 15 de fevereiro de 2013, o Vaticano confirmou a escolha do cardeal e oficializou Anna Cintra no cargo de reitora.[7] A 37ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) elegeu-o primeiro vice-presidente, para o quadriênio 2019-2023.[1] Em dicastérios da Cúria Romana é membro da Congregação para o Clero e para a Educação Católica, da Comissão Cardinalícia de Vigilância do Instituto para as Obras de Religiões, do XII Conselho Ordinário da Secretaria do Sínodo dos Bispos, da Pontifícia Comissão para a América Latina e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.[8] Em 6 de agosto de 2020, o Papa Francisco o nomeou membro do Conselho para a Economia.[9] Apresentou sua renúncia ao governo pastoral logo após completar os 75 anos, conforme dispõe o Código de Direito Canônico, mas o Papa Francisco pediu que o cardeal permanecesse por mais 2 anos a frente da Arquidiocese.[10] Conclaves
Ordenações episcopaisPrincipal ordenante de:[14]
Coordenante de:
Bibliografia
Referências
Ligações externas
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