Gabriel Zubeir Wako
Gabriel Zubeir Wako (Mboro, 27 de fevereiro de 1941) é um cardeal da Igreja Católica sul-sudanês, Arcebispo emérito de Cartum. Em 2010, ele sofreu uma tentativa de assassinato por extremistas islâmicos no Sudão. BiografiaNascido em 27 de fevereiro de 1941, na vila de Mboro, em Bahr al-Ghazal Ocidental, na época Sudão.[1] Iniciou seus estudos nas escolas primárias de Mboro em 1947 e em Nyamlel, de 1948 a 1950. Frequentou a escola secundária de 1951 a 1955 no Seminário Menor de Santo Antônio, em Bussere, Wau. Entre 1956 e 1959, estudou filosofia no Seminário Maior Nacional de São Paulo, Tore River, Yei e estudou teologia de 1960 a 1963 no mesmo seminário. Depois, estudou teologia na Pontifícia Universidade Urbaniana, de 1968 a 1969 e na Pontifícia Universidade Lateranense, de 1969 a 1971, onde obteve uma licenciatura em teologia pastoral em 1971.[1] Foi ordenado padre em 21 de julho de 1963, em Wau, por Ireneus Wien Dud, bispo-titular de Barcuso e vigário apostólico de Wau. Nove meses após sua ordenação sacerdotal, todos os missionários foram expulsos do Sudão e ele se tornou reitor do Seminário Menor de Wau.[1] Em 12 de dezembro de 1974, foi eleito bispo de Wau, sendo consagrado em 6 de abril de 1975, na Catedral Metropolitana de Santa Teresa, em Juba, pelo cardeal Agnelo Rossi, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, assistido por Ubaldo Calabresi, arcebispo-titular de Fondi, pró-núncio no Sudão, e por Ireneus Wien Dud, arcebispo de Juba.[1][2] Promovido a arcebispo-coadjutor de Cartum em 30 de outubro de 1979, sucedeu a sé metropolitana em 10 de outubro 1981.[2] Foi o Presidente da Conferência Episcopal do Sudão de 1978 a 1990, de 1992 a 1999 e novamente, de 2012 a 2016.[1] Foi criado cardeal-presbítero no consistório de 21 de outubro de 2003 pelo Papa João Paulo II, recebendo o barrete vermelho e o titulus de Santo Atanásio na Via Tiburtina. Ele é o primeiro cardeal sudanês.[1][2] Ele escapou por pouco de uma tentativa de assassinato durante a missa comemorando o dia de festa de São Daniel Comboni, em 10 de outubro de 2010, quando um homem identificado como Hamdan Mohamed Abdurrahman se levantou durante a Glória e correu em direção ao prelado com uma faca, mas foi parado pelo mestre de cerimônias do cardeal. Frequentemente queixou-se do crescimento do fundamentalismo islâmico no país e criticou os grupos árabes por sua violência anti-negra.[1] Ao longo de mais de duas décadas de conflito, o cardeal tem sido uma voz constante da razão, pedindo paz, misericórdia e perdão em uma terra marcada pela guerra. Quase três milhões perderam a vida quando o Sudão passou de uma guerra para outra.[1] No entanto, a mensagem consistente do cardeal tem sido de reconciliação. Ele é apaixonado por música, especialmente para celebrações litúrgicas.[1] Sua resignação do governo pastoral da arquidiocese de Cartum foi aceita em 9 de dezembro de 2016.[2] Foi sucedido por Michael Didi Adgum Mangoria, então arcebispo-coadjutor de Cartum.[1] Conclaves
ReferênciasLigações externas
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