Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza, com território distribuído pelos municípios catarinenses de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes.[2] Com uma área de 84 130 ha, Serra do Tabuleiro é a maior unidade de conservação de proteção integral do estado de Santa Catarina. Dados GeraisO Parque Estadual da Serra do Tabuleiro foi criado em 1 de novembro de 1975, por iniciativa dos botânicos Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, através do Decreto Estadual 1.260/75.[3] Com uma área de 84 130 ha, corresponde a aproximadamente 1% do território de Santa Catarina. A gestão do parque está a cargo do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) [4]. ImportânciaO Parque protege uma grande biodiversidade e abundância de recursos naturais, sendo o local onde nascem vários rios que abastecem de água potável a região da Grande Florianópolis, entre eles o Rio Cubatão do Sul, e rios que abastecem cidades de outras regiões, como Paulo Lopes e Imbituba.[5] A beleza das paisagens preservadas, entre elas rios, vales e morros como o Morro do Cambirela, movimenta o turismo e a economia da região, sendo também fonte de diversas pesquisas científicas e atividades educativas nos centros de visitantes do Parque.[5] Hotéis e instâncias turísticas têm florescido gradativamente na região graças à sua preservação.[5] O Parque também protege, além de várias espécies ameaçadas de extinção, um dos maiores e mais importantes criadouros naturais de aves marinhas do Brasil, o arquipélago de Moleques do Sul.[3][6] Apesar disso, o parque sofre desde sua criação, em determinadas áreas registrando crimes ambientais como incêndios criminosos para favorecer construções irregulares, contaminação dos rios por agrotóxicos, esgotos e caça ilegal.[5] Centro de VisitantesO Parque do Tabuleiro possui três Centros de Visitantes: o primeiro fica localizado na sede do Parque, às margens da BR-101, a aproximadamente 40 km de Florianópolis - no município de Palhoça. Há ainda o Centro Temático das Águas, em Imaruí, e o Centro Temático da Terra, no município de São Bonifácio. EcossistemasO Parque protege cinco dos seis ecossistemas encontrados no Estado de Santa Catarina: na planície costeira são encontrados os ecossistemas de Restinga e Manguezal. As encostas da Serra do Mar são o domínio dos ecossistemas de Floresta de Encosta, Floresta de araucária, e dos Campos de Altitude. Além disso, também abarca o arquipélago de Moleques do Sul, o maior criadouro natural de aves marinhas de Santa Catarina, e um dos mais importantes do Brasil.[6] Outras pequenas ilhas da região também estão incluídas dentro de sua área.[3] Todos esses ecossistemas pertencem ao bioma Mata Atlântica, um dos mais biodiversos do mundo e também dos mais ameaçados. O Parque é considerado zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, instituído pela UNESCO. BiodiversidadeEntre os animais registrados e protegidos no Parque estão animais de grande e médio porte ameaçados de extinção, como o puma, anta, jacaré-de-papo-amarelo, macaco bugio, gato-do-mato-pequeno e gato-maracajá. Também há muitos outros animais de médio porte, como a jaguatirica, capivara,macaco-prego, cachorro-do-mato, cateto e a paca.[7] Um dos mamíferos mais raros do planta, o preá das Ilhas Moleques do Sul, também está protegido graças à criação do Parque. Além deles, entre os pequenos mamíferos protegidos nesta Unidade de Conservação estão o macaco-prego, a cutia, tamanduá-mirim e gambás. Cabe ainda destacar que mamíferos exóticos, como o sagui-de-tufos-brancos e o sagui-de-tufos-pretos também estão presentes no Parque. A avifauna é outro destaque do Parque, composta por vários tipos de tucanos, varios tipos de papagaios, periquitos e araras, falcões, bens-te-vi, dentre outros. Aves marinhas das mais diversas, residentes ou migratórias, também utilizam as Ilhas Moleques do Sul como local de descanso e nidificação.[6] Ver tambémReferências
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