Partido Social Trabalhista (1946)
O Partido Social Trabalhista foi um partido político brasileiro que existiu entre os anos de 1946 e 1965, tendo sido criado por dissidentes do antigo PSD[3] com o nome Partido Proletário do Brasil. [4] O partido começou a ser elaborado depois das eleições suplementares de janeiro de 1947, pelo então líder do Partido Proletário do Brasil Luís Augusto de França e pelo senador maranhense Vitorino Freire, este último dissidente do Partido Social Democrático. O partido foi criado para concorrer às eleições municipais que se realizariam ainda em 1947 e no ano seguinte. Há quem alegue na verdade que na verdade a criação do PST seria apenas uma troca de nome do antigo PPB (Partido Proletário do Brasil). Pouco tempo depois do início do processo, Freire se reaproximou do PSD, obtendo o controle do seu diretório maranhense, perdendo interesse pelo PST.[3] Com pequena expressão, foi mais tarde extinto pelo AI-2.[1] HistóriaO PST inicialmente atraiu elementos que apoiavam o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, mas divergiam dos diretórios locais do PSD.[3] Durante a campanha para a Eleição presidencial no Brasil em 1950, o PST começou a se expandir.[3] Nesse momento, o PSD lançou a candidatura de Cristiano Machado à presidência, mas Vitorino Freire, que se opunha ao paulista Altino Arantes como candidato a vice, concorreu como candidato a vice-presidente pela legenda do PST, sendo derrotado por João Café Filho.[3] Em Alagoas, Silvestre Péricles de Góis Monteiro se desentendeu com o chefe local do PSD, o padre Medeiros Neto, ingressando com um grupo de correligionários no PST.[3] O partido elegeu uma considerável bancada em para os legislativos federal e estadual em Alagoas, em 1950.[3] Vitorino Freire, após a derrota na eleição para vice-presidente, retornou à sua cadeira no Senado e mais uma vez se aproximou do PSD. Após acordo com o presidente do diretório nacional desse partido, Ernâni do Amaral Peixoto, perdeu o interesse no PST,[3] abandonando assim a presidência do partido, que passou a ser ocupada por Péricles de Góis Monteiro e Luís Martins e Silva.[3] A partir desse momento, o partido entrou em declínio.[3] Nas eleições de 1955, Juscelino Kubitschek teve sua candidatura à presidência da República apoiada pelo PST.[3] Em 1958, o partido começou uma fase de reorganização interna, com o deputado por São Paulo Osvaldo Junqueira Ortiz Monteiro, eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumindo a presidência da agremiação partidária.[3] O novo presidente desenvolveu uma atuação populista e trabalhista mais definida.[3] Ainda assim, o PST continuou a ser uma legenda utilizada para abrigar dissidências ocasionais entre os grandes partidos.[1] Nas eleições desse ano, por exemplo, entrando em choque com a direção carioca do Partido Social Progressista (PSP), que lançou a candidatura de Lutero Vargas ao Senado em detrimento de Mozart Lago, Antônio Mourão Filho ingressou no PST, tornando-se a seguir presidente de seu diretório no Distrito Federal e vice-presidente do diretório nacional.[3] Tenório Cavalcanti, que havia se afastado da União Democrática Nacional (UDN), concorreu pelo PST ao governo do estado da Guanabara.[3] Nas eleições de 1962, Antônio Mourão Filho organizou na Guanabara a Frente Popular, coligação formada pelos pequenos partidos entre os quais o PST — para lutar contra o PTB e a UDN. Concorreu ao Senado nessa legenda, mas foi derrotado. No estado do Rio de Janeiro, o PST uniu-se ao Partido Trabalhista Nacional (PTN) para apoiar a candidatura de Tenório Cavalcanti ao governo estadual, e, em Pernambuco, coligou-se ao PTB e ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) para apoiar Miguel Arraes. O primeiro foi derrotado e o segundo foi eleito.[3] No dia 15 de julho de 1965, com a promulgação da Lei n.º 4.740, cujo objetivo era limitar o número de agremiações partidárias no país através de uma série de restrições ao seu funcionamento, o PST não tinha mais condições de atender a essa nova legislação, sendo formalmente extinto junto com os demais partidos.[3] Referências
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