Teoria dos Conjuntos Kripke-PlatekOs Axiomas de Kripke-Platek da Teoria dos Conjuntos (KP), pronunciado /ˈkrɪpki ˈplɑːtɛk/, é um sistema da teoria axiomática dos conjuntos, baseado nas ideias de Saul Kripke (1964) e Richard Platek (1966). KP é mais fraco que a teoria dos conjuntos de Zermelo–Fraenkel (ZFC). Diferentemente de ZFC, KP não inclui o axioma da potência (ou axioma do conjunto das partes), e KP inclui somente formas limitadas do axioma da separação e do axioma da substituição de ZFC. Essas restrições nos axiomas de KP levam a conexões íntimas entre KP, teoria da recursão generalizada, e a teoria dos ordinais admissíveis. Os axiomas de KP
Uma fórmula Σ0, ou Π0, ou Δ0 é uma fórmula em que todos os quantificadores são limitados. Isto significa que qualquer quantificação é da forma ou (Geralmente, é dito que uma fórmula é Σn+1 quando ela é obtida pela adição de quantificadores universais na frente de uma fórmula Πn, e que é Πn+1 quando é obtida pela adição de quantificadores universais na frente de uma fórmula Σn: isto está relacionado à hierarquia aritmética mas no contexto da teoria dos conjuntos.) Esses axiomas diferenciam de ZFC tanto que eles excluem os axiomas de: infinidade, conjunto-potência, e escolha. Também os axiomas de separação e coleção aqui são mais fracos que os axiomas correspondentes em ZFC porque as fórmulas φ usadas nesses são limitadas somente a quantificadores delimitados. O axioma da indução em KP é mais forte que o axioma da regularidade usual (o qual aplica a indução ao complemento de um conjunto (a classe de todos os conjuntos que não estão no conjunto dado)). Prova de que produtos Cartesianos existemTeorema: Se A e B são conjuntos, então existe um conjunto A×B que consiste de todos os pares ordenados (a, b) de elementos a de A e b de B. Prova: {a} = {a, a} existe pelo axioma do par. {a, b} existe pelo axioma do par. Então (a, b) = { {a}, {a, b} } existe pelo axioma do par. Se p é suposto representar (a, b), então uma fórmula Δ0 que expressa isso é: and Além disso um superconjunto de A×{b} = {(a, b) | a em A} existe pelo axioma da coleção. Abrevie a fórmula acima por Então é Δ0. Além disso A×{b} existe pelo axioma da separação. Se v é suposto representar A×{b}, então uma fórmula Δ0 que expressa isso é: Além disso um superconjunto de {A×{b} | b in B} existe pelo axioma da coleção. Colocando na frente desta última fórmula nós obtemos do axioma da separação que o conjunto {A×{b} | b in B} existe. Finalmente, A×B = {A×{b} | b em B} existe pelo axioma da união. CQD. Conjuntos AdmissíveisUm conjunto é chamado admissível se ele é transitivo e é um modelo da teoria dos conjuntos de Kripke-Platek. Um número ordinal α é chamado um ordinal admissível se Lα é um conjunto admissível. O ordinal α é um ordinal admissível se e somente se α é um ordinal limite e não existe um γ<α para o qual há um Σ1(Lα) mapeando de γ para α. Se M é um modelo canônico de KP, então o conjunto de ordinais em M é um ordinal admissível. Se Lα é um modelo padrão da teoria dos conjuntos de KP sem o axioma da Σ0-coleção então ele é dito ser um "conjunto manuseável". Notas
Referências
Bibliografia
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