Weverton Rocha
Weverton Rocha Marques de Sousa, mais conhecido como Weverton (Imperatriz, Maranhão, 8 de outubro de 1979[1]) é um político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).[2] BiografiaAos 16 anos filou-se ao PDT e ingressou na Juventude Socialista do PDT. Durante o ensino médio, foi eleito presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Dinâmico, onde estudava e presidente da UMES (União Maranhense de Estudantes Secundaristas). Como membro da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), foi o único representante do Norte/Nordeste a participar como delegado da OCLAE (Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes), na cidade de Havana. Graduou-se em Administração pela Faculdade São Luís e durante os anos de faculdade continuou a atuar no movimento estudantil e foi eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi presidente nacional da Juventude Socialista do PDT. Foi assessor especial da Prefeitura de São Luís entre 2000 e 2006. Na eleição para o governo do estado em 2006, empenhou-se na vitória de Jackson Lago, que venceu Roseana Sarney, num resultado considerado histórico no estado, já que o grupo político ligado a José Sarney, pai de Roseana, governava o estado há décadas. Esteve à frente da Secretaria Estadual de Esporte e Juventude do Maranhão, em 2007.[3] Em 2009, quando Jackson Lago foi cassado pelo TSE, e o STF decidiu pela posse da segunda colocada, Roseana Sarney, Weverton permaneceu ao lado de Jackson no Palácio dos Leões,[4] sede do governo, até a decisão final sobre o mandato em um movimento de resistência que foi batizado de Balaiada, tendo como referência a revolta popular contra o monopólio de fazendeiros. Atuou, também, no Ministério do Trabalho e Emprego, em 2009, convidado pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a integrar sua equipe, como assessor especial. Em 2010, candidatou-se a deputado federal e obteve 47.130 votos, tornando-se suplente. Foi nomeado secretário geral do PDT e voltou a atuar como assessor especial do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Em 2011, assumiu a cadeira na Câmara Federal,ainda na condição de suplente, e em 2012, com a eleição de Edivaldo Holanda Júnior a prefeito de São Luís, assumiu definitivamente o cargo de deputado federal. Em 2014, foi reeleito com mais de 81 mil votos, e em 2015, iniciou seu segundo mandato. É membro da Executiva Nacional do partido e preside o PDT Maranhão. Em janeiro de 2016, foi eleito líder do PDT[5] na Casa e reconduzido à liderança em 2017. Como líder, em abril de 2016, votou contrário ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Novamente como líder do partido, Weverton Rocha atuou contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 55/2016,[6] que ficou conhecida como PEC dos Gastos Públicos, por restringir gastos com educação e saúde, enquanto não limita os gastos para o pagamento com a dívida pública. Atualmente é líder da Minoria[7], formada pelo PDT, PSB, PT, PCdoB e PSOL, na Câmara dos Deputados. Posicionou-se contra a proposta de reforma trabalhista[8] enviada pelo governo, já uma das principais bandeiras do PDT é a defesa do trabalhador. E apresentou diversas emendas à proposta de reforma da Previdência,[9] entre elas para manter as atuais regras de aposentadoria para o trabalhador rural e sua família, que pela proposta passariam a ter que comprovar 15 anos de efetiva contribuição individual, quando atualmente só precisam comprovar coletivamente 15 anos de trabalho no campo; e para manter o tempo de aposentadoria reduzido para professores. O deputado Weverton Rocha é autor de 283 proposições[10] na Câmara dos Deputados. Em 2018, foi eleito senador com uma votação histórica no estado do Maranhão com 34,91% dos votos válidos, contabilizando 1.997,443 votos, o que lhe garante a maior votação para senador da história do Maranhão até então. Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas. Foi candidato a governador do Maranhão nas eleições de 2022, tendo obtido 714.352 (20,71% dos votos válidos), ficando em terceiro lugar na disputa.[11] ControvérsiasAlterações no projeto anticorrupçãoApresentou o principal destaque ao projeto de lei das 10 Medidas contra corrupção, acrescentando que magistrados e integrantes do Ministério Público respondam por crime de abuso de autoridade quando atuarem com conduta incompatível com o cargo.[12] Este destaque, o mais polêmico de todas as mudanças, considerado por alguns uma tentativa de intimidar a Operação Lava Jato[13] , foi aprovado por 313 votos a favor, 132 contrários e cinco abstenções.[12] Weverton afirma que juízes e promotores atualmente cometem arbitrariedades, como um juiz que perdeu um voo e por isso ordenou a prisão de um funcionário da TAM, e tem como punição a aposentadoria com salário integral. O destaque aprovado não prevê o fim deste benefício.[12] InvestigaçõesÉ investigado por peculato e corrupção, por suposto envolvimento com o desvio de verbas do Ministério do Trabalho, por meio a contratação irregular de ONGs.[14] Também por suposto crime contra a lei de Licitação quando comandava a Secretaria de Esporte do Maranhão - teria favorecido uma empresa para a reforma de um ginásio, dispensando a licitação de forma indevida.[14] Em entrevista à imprensa local, no entanto, o secretário de esportes que o sucedeu teria declarado que a decisão de parar a obra foi política. Improbidade administrativaÉ investigado em três ações civis de improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público Federal e pelo MP do Maranhão, uma delas por supostamente ter se beneficiado do uso de um jatinho custeado por entidade social conveniada com o Ministério do Trabalho, à época em que atuava como secretário da pasta.[14] Em nenhuma das ações ele se tornou réu, pois não foi iniciado processo. Veículos de comunicaçãoDesde março de 2016, Weverton Rocha arrenda o Sistema Difusora de Comunicação, especificamente a Rede Difusora, a Difusora FM e o website MA10,[15][16] tendo nomeado o jornalista e publicitário Zeca Pinheiro para seu quadro administrativo[17] e utilizado os veículos como palanque de suas ações como deputado federal[18][19] e em benefício de aliados políticos, como o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.[20] As transações financeiras referentes ao arrendamento e também a uma possível venda do conglomerado foram intermediadas pelo empresário Willer Tomaz de Souza, que foi preso pela Operação Lava Jato em 18 de maio de 2017.[21] Weverton também adquiriu em abril de 2018 o Sistema Sinal Verde de Comunicação, baseado em Caxias, que inclui a TV Sinal Verde e a rádio Sinal Verde FM.[22] Tanto o arrendamento total ou parcial de concessões de radiodifusão como a possessão delas por parlamentares são proibidos pelo Código Brasileiro de Telecomunicações[23] e pela Constituição.[24] Notas
Referências
Ligações externas
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