Leila Barros
Leila Gomes de Barros Rêgo (Taguatinga, 30 de setembro de 1971) é uma política e esportista brasileira. É conhecida também como Leila do Vôlei, tendo usado este nome como nome político até 2018. Filiada ao PDT, é, desde 2019, senadora da República pelo Distrito Federal[1][4] Anteriormente, foi secretária de Esportes e Lazer de 2015 a 2018. Como jogadora de vôlei na Seleção Brasileira de Voleibol Feminino, Barros obteve as medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996 e de 2000. Em 1999, recebeu medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Por duas edições, foi designada a melhor jogadora do Grand Prix de Voleibol.[5][6] Posteriormente, atuou no vôlei de praia e foi comentarista esportiva antes de iniciar sua carreira política. Família e início da vidaNascida em Taguatinga, uma região administrativa do Distrito Federal, Barros é filha do mecânico Francisco e da dona de casa Francisca. Seus pais se mudaram do Ceará para a capital federal durante a década de 1970. Barros tem um irmão mais novo, o músico Marcelo Cram.[1] Nos centros educacionais públicos de Taguatinga, Barros foi incentivada a jogar vôlei pelo professor de Educação Física. Aos treze anos de idade, se mudou para o Plano Piloto, para estudar em um colégio particular, onde recebeu uma bolsa de estudos, depois que a freira irmã Stella a viu jogando em um campeonato escolar. Até completar os estudos, a freira abrigou Leila em um quartinho do colégio e levava almoço para ela.[7] Aos 17 anos, Barros foi sozinha participar de uma seletiva no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, passou no teste e iniciou sua carreira como atleta. Barros é casada com o também atleta Emanuel Rego, que conheceu enquanto jogava vôlei de praia. Eles têm um filho juntos, Lukas.[8] Carreira esportivaBarros mantinha como esportes favoritos o vôlei e o handebol. Enquanto estudava e incentivada por seu professor de educação física, começou a jogar vôlei.[1] Em 1988, iniciou a carreira profissional no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 1990, foi aceita na Seleção Brasileira de Voleibol Feminino.[8] Como atleta, Barros tinha os longos saltos como uma de suas características mais marcantes em quadra. Ela jogava na posição de ponta.[2] Ao longo de sua carreira, atuou pelas equipes MRV/Suggar, BCN, L'Ácqua di Fiori, Leites Nestlé, Flamengo, Força Olímpica/Brasil Telecom e Rexona-Ades.[9] Em 1992, Barros integrou a Seleção Brasileira de Voleibol Feminino que competiu nos Jogos Olímpicos de Barcelona. No entanto, considerada inexperiente, não jogou, permanecendo na reserva.[10] Obteve as medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e de Sydney em 2000. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg em 1999, recebeu a medalha de ouro.[11] Barros foi escolhida a melhor jogadora do Grand Prix de Voleibol feminino nas edições de 1996 e 1998.[5][6][12] Em 2000, foi nomeada a atleta feminina do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).[13] Em 2001, Barros passou a competir no vôlei de praia. Em 2002, formou uma dupla com Sandra Pires.[14] Deixou a modalidade em 2003 e, no ano seguinte, anunciou que não voltaria a jogar na Seleção Brasileira de Voleibol Feminino após o técnico José Roberto Guimarães não convocá-la para os Jogos Olímpicos de Verão de Atenas, em 2004.[15] Barros trabalhou como comentarista de jogos de vôlei no SporTV, da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Em 2006, voltou a residir no Distrito Federal.[16] Alguns anos depois, ao lado da ex-líbero da Seleção Brasileira Ricarda Lima, iniciaram projetos sociais fomentando o esporte no Distrito Federal, como: o Projeto socioeducativo esportivo, em parceria com o Terceiro Setor; o Modelando a Vida, voltado à capacitação das mães dos jovens que faziam atividades esportivas;[17] e o Brasília Vôlei, que se tornou um time de alto rendimento que representa a cidade nas competições.[18] Em 2015, Leila foi membro da Comissão Nacional de Atletas, que atua em defesa dos interesses dos esportistas brasileiros nas discussões que norteiam o setor. Durante três anos, também fez parte do Conselho Nacional do Esporte, colegiado de assessoria ao Ministro do Esporte no desenvolvimento de políticas em prol do desporto nacional.[19] TítulosPrêmios Internacionais
Prêmios nacionais
Premiações individuais
Clubes
Carreira políticaSecretaria de Esporte e LazerNas eleições de 2014, Barros concorreu a um assento na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB). Com 11.125 votos, ou 0,73% dos votos válidos, foi a segunda mais votada de seu partido e a vigésima oitava no geral, obtendo a primeira suplência. Após a eleição, declarou que não descartaria concorrer novamente a um cargo público eletivo.[20][21] Em dezembro de 2014, o governador eleito Rodrigo Rollemberg anunciou a designação de Barros para seu governo, como secretária de Esportes e Lazer do GDF, tornou-se a primeira mulher a exercer o cargo, ficando até 2018.[22] Senado FederalEm março de 2018, Barros desfiliou-se do PRB, logo depois ingressando no Partido Socialista Brasileiro (PSB), cuja liderança distrital a incentivava a concorrer à Câmara dos Deputados ou ao Senado.[23] Optou eventualmente por concorrer ao Senado, liderando as pesquisas de opinião.[24] Durante a campanha, defendeu o corte de "privilégios" e a redução nos gastos dos parlamentares.[25] Em outubro, foi eleita com 467,5 mil votos, ou 17,76%, sendo a mais votada daquela eleição.[26] Foi a primeira mulher a ser eleita ao Senado pelo Distrito Federal, além disso, em sua chapa foi acompanhada pela Leany Lemos, sua 1ª suplente.[8] Empossada no Senado em fevereiro de 2019, Barros foi eleita para ocupar a 4ª suplência da Mesa Diretora do Senado, sendo a única mulher do colegiado.[27] Durante a disputa pelo comando da casa, defendeu o voto aberto na escolha do presidente e confirmou voto no senador José Reguffe.[28] Como senadora, integrou o Bloco Parlamentar Senado Independente, foi líder da Bancada do Distrito Federal, até maio de 2021, e é a atual Procuradora da Mulher no Senado.[29][30] Candidatura ao governo do Distrito FederalEm 2022, Barros ingressou no Partido Democrático Trabalhista (PDT) e se candidatou ao governo do Distrito Federal. Em outubro daquele ano, não foi eleita, obtendo 79.597 votos, 4,81% do total, ficando na quinta colocação.[31] Condecorações
Referências
Ligações externas
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