Nota: ""A esquerda"" redireciona para este artigo. Este artigo é sobre o partido político da Alemanha. Para a ideologia política, veja Esquerda (política). Para outros significados, veja Esquerda.
O partido, que representa a esquerda no Bundestag, defende o socialismo democrático, abrigando, no entanto, em seu interior, uma pluralidade de correntes ideológicas. Internacionalmente, Die Linke é membro do Partido da Esquerda Europeia, sendo o maior partido do grupo GUE/NGL no Parlamento Europeu. De acordo com dados oficiais do partido, o partido tinha 77.645 membros registrados, em setembro de 2009.[16] Os 69 deputados do partido o tornam o quinto maior do Bundestag. Nas eleições federais de 2017, Die Linke ganhou 5 cadeiras, passando a deter 69 dos 709 assentos do Bundestag (9,2%). O partido recebeu pouco mais de 4 milhões de votos em todo o país.
O partido é o partido mais de esquerda dos sete representados no Bundestag. É descrito como extrema-esquerda por alguns meios de comunicação e é considerado populista de esquerda por alguns pesquisadores, mas o Escritório Federal Alemão para a Proteção da Constituição (Bundesamt für Verfassungsschutz) não considera o partido como extremista ou uma ameaça à democracia.[17] No entanto, ele monitora algumas de suas facções internas, como a Plataforma Comunista e a Esquerda Socialista, por conta de tendências extremistas, assim como as autoridades constitucionais de alguns estados.[18]
Correntes e tendências
A Esquerda Anticapitalista (Antikapitalistische Linke) representa o grupo mais crítico à participação do partido em coalizões governamentais. O grupo acredita que a participação de membros do partido no governo deve depender de uma série de demandas (que este não se comprometa com privatizações, guerras e cortes em gastos sociais, principalmente).
A Plataforma Comunista (Kommunistische Plattform, KPF) era originalmente uma tendência do PDS. É o grupo menos crítico da República Democrática Alemã dentro do partido, defendendo posições ortodoxas do marxismo em debates. Uma "meta estratégica" da KPF é "construir uma nova sociedade socialista, usando experiências positivas do que realmente é socialismo e aprendendo com os erros". A Plataforma tinha cerca de 850 membros em 2007, de acordo com o Bundesamt für Verfassungsschutz (um dos serviços secretos da Alemanha) - cerca de 1% de todos os membros do partido. Mantém relações com o Partido Comunista da Alemanha.
O Fórum do Socialismo Democrático (Forum demokratischer Sozialismus) é uma facção que prega o socialismo democrático, sendo originalmente uma tendência do PDS. Seus membros apoiam a participação do partido no governo de Berlim e do seu presidente Klaus Wowereit, do SPD. O grupo possui ideologia semelhante à Rede de Reforma da Esquerda.
A Rede de Reforma da Esquerda (Netzwerk Reformlinke) foi originalmente formada em 2003 como tendência do PDS. O grupo defende a ideologia social-democrata, apoiando coligações do partido com o SPD e o Partido Verde.
A Esquerda Emancipatória (Emanzipatorische Linke, Ema.Li) é uma corrente que defende os princípios do socialismo libertário. Para o grupo, a sociedade ideal é aquela mais descentralizada possível, por isso, apoiam os movimentos sociais. A maioria dos membros da Ema.Li são provenientes da Saxônia.
A Esquerda Socialista (Sozialistische Linke) foi fundada em agosto de 2006 e incluem socialistas democráticos e eurocomunistas. O grupo defende a aproximação do partido com o movimento trabalhista. Muitos líderes da Esquerda Socialista eram membros do WASG. O grupo mantém laços com o Partido Socialista holandês e com o Partido da Refundação Comunistaitaliano.
Desde a sua formação, muitos grupos de extrema-esquerda, como o Linksruck (agora conhecido como Marx21), juntaram-se a Die Linke, assim como vários membros da Alternativa Socialista, inclusive a polêmica Lucy Redler. Nas eleições estaduais de Berlim, em 2006, Redler desafiou o PDS, fiel aliado do WASG, e lançou-se candidata. Como candidata de uma coligação independente, liderada pelo WASG, ela criticou publicamente a atuação do PDS no governo do prefeito Klaus Wowereit, além de ter sido contra a fusão dos dois partidos para a formação de Die Linke. Entretanto, sua filiação foi aceita, em outubro de 2008. Outros grupos, como o Partido Comunista e o Partido Marxista-Leninista da Alemanha, formaram eventualmente alianças locais com Die Linke, [carece de fontes?]mas não se juntaram ao partido.
↑Nordsieck, Wolfram (2017). «Germany». Parties and Elections in Europe
↑Michelle Cini; Nieves Perez-Solorzano Borragan, eds. (2013). «Glossary». European Union Politics. [S.l.]: Oxford University Press. p. 387. ISBN978-0-19-969475-4
↑Party Members and Activists. p.85. Published by Routledge. Edited by Emilie van Haute and Anika Gauja. Published 24 April 2015. Retrieved 22 August 2017. Retrieved via Google Books.
↑‘He Does Not Understand What the Role of an Ambassador Should Be’. 'U.S. Ambassador Ric Grenell managed to shock and offend Berlin’s political class in his first month on the job. Now protocol-loving Germans are wondering—will he learn to change?' POLITICO magazine. Published 25 June 2018. Retrieved 12 July 2018.