Brasílio Itiberê da Cunha
Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá, 1º de agosto de 1846 – Berlim, 11 de agosto de 1913) foi um compositor, bacharel em direito e diplomata brasileiro. Era irmão do poeta, crítico literário e musical João Itiberê da Cunha, e do sacerdote Celso Itiberê da Cunha, como também tio do compositor Brasílio Itiberê da Cunha Luz. É o patrono da cadeira de número 19 da Academia Brasileira de Música.[1] BiografiaBrasílio Itiberê nasceu na cidade litorânea de Paranaguá, filho de João Manuel da Cunha e de Maria Lourenço Munhoz. Fez os estudos primários em sua terra natal e sua iniciação musical foi ao piano, aprendendo na casa dos seus pais.[2] Já pianista renomado na juventude, transferiu-se para a capital paulista para cursar a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, efetuando, nesta cidade, vários concertos. Após obter o diploma de Bacharel em Direito ingressou na carreira diplomática atuando no corpo diplomático em vários países, como: Itália, Peru, Bélgica, Paraguai e na Alemanha. Sem deixar a música de lado, Brasílio teve relações de amizade com alguns dos maiores pianistas de seu tempo, como Anton Rubinstein, Sgambatti e Liszt. Considerado um dos precursores do nacionalismo, foi um dos primeiros a inspirar-se em motivos populares e a imprimir à sua obra características nitidamente brasileiras. Compôs música de câmara e coral, além de peças para piano. Sua rapsódia "A Sertaneja"[3] o popularizou, especialmente pela canção tradicional Balaio, meu bem, Balaio", tema musical folclórico recolhido por ele na cidade de Paranaguá. A sua composição mais conhecida é, sem dúvida, "A Sertaneja" de 1869.[4] Foi nomeado embaixador em Portugal, porém, morreu antes de assumir a função. Faleceu na capital alemã no dia 11 de agosto de 1913, numa segunda-feira, aos 67 anos de idade. Uma das muitas homenagens ao autor de "A Sertaneja" está na capital paranaense que denominou uma das suas vias de Rua Brasílio Itiberê. Obras de Brasílio Itiberê
Referências
Bibliografia
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