Campeonato Paulista de Futebol de 1970
O Campeonato Paulista de Futebol de 1970 foi a 30.ª edição do campeonato organizado pela Federação Paulista de Futebol. Teve o São Paulo como campeão e Toninho Guerreiro, também do São Paulo como artilheiro, com treze gols.[5] RegulamentoPrimeira fase: Os cinco maiores clubes do futebol paulista (Santos, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Portuguesa) só participariam da segunda e última fase. Os demais onze clubes da Primeira Divisão disputariam um campeonato em turno e returno, jogando todos contra todos, com classificação por pontos corridos. Os três primeiros colocados disputariam a segunda fase. Do quarto ao sexto colocados, houve um triangular, e os dois primeiros também disputariam a segunda fase. Os demais estariam fora da competição.[6] Segunda fase: Os cinco classificados da primeira fase se juntariam aos cinco clubes "grandes", num campeonato com todos jogando contra todos, em turno e returno, com classificação por pontos corridos. Não houve rebaixamento. Disputa do títuloA Ponte Preta, que ficara apenas em quinto na primeira fase, surpreendentemente foi a sensação da competição. Recém-subido da Segunda Divisão, o clube segurou um empate com o Corinthians na Capital, derrotou o tricampeão Santos de Pelé na Vila Belmiro, empatou com o São Paulo, derrotou o arquirrival Guarani, venceu a Portuguesa e segurou outro empate contra o Palmeiras, ambos os jogos na Capital. Ficou invicta no primeiro turno inteiro e só foi perder para o Santos já na terceira rodada do returno. Depois disso, seu rendimento caiu demais, ficando os cinco jogos seguintes sem vencer. Palmeiras e o irregular São Paulo, que gastou muito dinheiro para montar um time e vencer o campeonato após treze anos, cresceram e encostaram na Ponte Preta. Na rodada de 23 de agosto, São Paulo e Palmeiras, empatados com dezessete pontos na vice-liderança, um ponto atrás da líder, fizeram um confronto decisivo. O Palmeiras venceu por 1 a 0 e chegou à liderança, empatado com a Ponte. Porém, depois da derrota, o São Paulo de Gérson engrenou, ganhando do Botafogo de Ribeirão Preto e do São Bento de Sorocaba, enquanto o Palmeiras empatou seus dois jogos seguintes e a Ponte perdeu os seus. O São Paulo chegou à liderança, com um confronto decisivo em seu antepenúltimo jogo: a Ponte Preta, dois pontos atrás, no Morumbi. O São Paulo venceu por 2 a 0, chegou a 23 pontos, dois à mais que o vice Palmeiras e três a mais que o Corinthians. Na penúltima rodada, o São Paulo foi a Campinas e, se vencesse, chegaria a 25 pontos, inatingíveis ao Palmeiras (que só poderia chegar a 23), ao Corinthians (24 pontos) e à Ponte Preta (23 pontos). Caso perdesse e o Corinthians vencesse, este ficaria um ponto atrás, com um confronto direto no Morumbi na última rodada. O São Paulo, sem Gérson, machucado, fez 2 a 0 no Guarani, que depois diminuiu com Vagner, para deixar um final de jogo extremamente tenso para os são-paulinos. Faltando três minutos para terminar o jogo, o alto-falante do estádio Brinco de Ouro da Princesa[7] anuncia que Valdomiro (Portuguesa) marcou o gol contra o Corinthians no Parque São Jorge, os tricolores se sentiram confortáveis para acreditar que a fila estava, sim, por acabar. Quando o jogo terminou em Campinas com a vitória do tricolor e o do Corinthians com a derrota para a Lusa, os são-paulinos puderam finalmente comemorar o título, após treze anos de espera. A reta final do São Paulo foi impecável, com cinco vitórias em seus cinco últimos jogos.[8] Campanha do títuloPrimeiro turno
Segundo turno
Jogo do título
Classificação final
Notas e referênciasNotasReferências
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