Campeonato Paulista de Futebol de 1979
O Campeonato Paulista de Futebol de 1979 foi a 39.ª edição do campeonato organizado pela Federação Paulista de Futebol, e teve o Corinthians como campeão e Luis Fernando, do América, como artilheiro, com 27 gols. RegulamentoOs vinte clubes foram divididos em quatro grupos com cinco equipes cada. Tal divisão era apenas para efeito de classificação, pois todos os times jogavam entre si, em dois turnos. Ao fim dessa primeira fase, os três primeiros colocados de cada grupo classificaram-se para a segunda fase. Estes doze clubes foram divididos em dois grupos com seis equipes cada. Desta vez, os jogos ocorreram apenas dentro de cada grupo, em turno único. Os dois primeiros colocados de cada grupo classificaram-se às semifinais, que foram disputadas em jogos de ida e volta. Já as finais foram disputadas em melhor de quatro pontos. Em caso de quatro empates, seria disputada uma prorrogação de trinta minutos, com vantagem para o clube com melhor campanha ao longo das duas fases anteriores.[2] Primeira fase
Segunda fasePor não aceitar a participação em uma rodada dupla no Morumbi (o outro jogo seria entre Palmeiras e Guarani), o então presidente do Corinthians, Vicente Matheus, ordenou que seu time não entrasse em campo contra a Ponte Preta, pela segunda rodada da segunda fase. Ele alegava que sua torcida era maior, então não iria dividir renda com ninguém. "Por que temos que dividir com os outros, se o comunismo ainda não veio?", perguntou o dirigente. "Podemos perder os pontos, posso perder até a presidência, mas o que não podemos é vender o [torcedor] corintiano para os outros."[3] A Federação Paulista de Futebol chegou a oferecer à Ponte Preta a garantia de uma renda de cinco milhões de cruzeiros para que fosse realizada uma nova partida, mas o clube campineiro estava irredutível, exigindo os dois pontos.[4] Após medidas cautelares e recursos na Justiça, os pontos da partida foram dados à Ponte Preta, considerada vencedora por 1 a 0. O problema é que o processo demorou tanto, que a Federação acabou adiando as semifinais.[5] Como Palmeiras e Guarani, dois dos times envolvidos, estavam por estrear no Campeonato Brasileiro[6] (os demais clubes grandes paulistas desistiram de participar da competição nacional), as semifinais acabaram adiadas para janeiro de 1980.
SemifinaisJogos de ida
Ponte Preta — Carlos; Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá (Lola); Lúcio, Osvaldo e João Paulo (Alberto). Técnico: Zé Duarte. Guarani — Neneca; Mauro Cabeção, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon; Capitão, Careca (Gersinho) e Bozó. Técnico: Cláudio Garcia.
Corinthians — Jairo; Zé Maria, Amaral, Zé Eduardo e Luís Cláudio; Caçapava, Djalma (Wilsinho) e Sócrates; Vaguinho (Mauro), Palhinha e Biro-Biro. Técnico: Jorge Vieira. Palmeiras — Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão, Polozzi e Pedrinho; Pires, Mococa e Jorge Mendonça; Zé Mário, César e Baroninho. Técnico: Telê Santana. Jogos de volta
Guarani — Neneca; Mauro Cabeção, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon (Marinho); Capitão, Miltão (Vicente) e Bozó. Técnico: Cláudio Garcia. Ponte Preta — Carlos; Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei (Humberto), Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Osvaldo e João Paulo. Técnico: Zé Duarte.
Palmeiras — Gilmar; Rosemiro, Marinho Peres (Silva), Polozzi e Pedrinho; Pires, Mococa e Jorge Mendonça (Carlos Alberto); Zé Mário, César e Baroninho. Técnico: Telê Santana. Corinthians — Jairo; Zé Maria, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Biro-Biro e Romeu Cambalhota (Geraldo); Píter (Vaguinho), Sócrates e Palhinha. Técnico: Jorge Vieira. Finais
Corinthians — Jairo; Zé Maria (Djalma), Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Biro-Biro e Palhinha (Basílio); Píter, Sócrates e Romeu Cambalhota. Técnico: Jorge Vieira. Ponte Preta — Carlos; Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Osvaldo e João Paulo. Técnico: Zé Duarte.
Corinthians — Jairo; Zé Maria (Luís Cláudio), Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Biro-Biro e Sócrates; Píter, Palhinha (Basílio) e Romeu Cambalhota. Técnico: Jorge Vieira. Ponte Preta — Carlos; Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Humberto, Marco Aurélio e Lola; Lúcio, Osvaldo e João Paulo. Técnico: Zé Duarte.
Corinthians — Jairo; Luís Cláudio, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Biro-Biro e Palhinha; Píter (Basílio), Sócrates e Romeu Cambalhota (Vaguinho). Técnico: Jorge Vieira. Ponte Preta — Carlos; Toninho Oliveira, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá (Humberto); Lúcio (Lola), Osvaldo e João Paulo. Técnico: Zé Duarte.
Classificação final
O Marília disputou uma repescagem contra o Santo André, vice-campeão da Divisão Intermediária, e manteve-se na Divisão Especial ao vencer a melhor de quatro pontos: Marília 2×0 Santo André (5 de dezembro); Santo André 2×1 Marília (8 de dezembro); e Marília 4×1 Santo André (12 de dezembro). Notas e referênciasNotasReferências
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