Fasceíte necrotizante é uma infeção que causa a morte dos tecidos moles do corpo.[3] É uma doença grave de aparecimento súbito que se espalha rapidamente.[3] Os sintomas mais comuns são pele de tom vermelho ou púrpura na área afetada, dor muito intensa, febre e vómitos.[3] A maior parte dos casos afeta as pernas (50%), os braços (29%) e o períneo.[1][2] A fasceíte necrotizante é um tipo de gangrena.[7]
Entre as medidas de prevenção estão a limpeza das feridas com bactericida, a utilização de pensos limpos e a lavagem frequente das mãos.[3] O tratamento geralmente consiste em cirurgia para remoção dos tecidos infetados e na administração de antibióticos por via intravenosa.[1][3] Em muitos casos é usada uma associação de antibióticos, como a penicilina G, clindamicina, vancomicina e gentamicina.[1] As toxinas bacterianas dificultam o acesso dos antibióticos nas partes afetadas podendo exigir amputações.[2] Eventuais atrasos na cirurgia estão associados a um muito maior risco de morte.[4] Mesmo com tratamento de elevada qualidade, o risco de morte é de 25% a 35%.[1]
A fasceíte necrotizante afeta de 0,4 a 1,0 pessoa em cada 100 000 por ano.[4] A doença afeta ambos os sexos em igual proporção.[1] É rara em crianças, sendo mais comum entre idosos com doenças crónicas.[2][4] A doença tem sido descrita desde pelo menos a época de Hipócrates no século V.[1] A primeira utilização do termo "fasceíte necrotizante" para descrever a doença data de 1952.[4][8]