Lorazepam Nota: "Lorax" redireciona para este artigo. Para o livro e desenho animado derivado, veja The Lorax.
O Lorazepam é uma droga pertencente a uma classe química conhecida como benzodiazepinas, que possuem como principais propriedades, a inibição de algumas áreas do SNC, diminuindo assim, a geração de estímulos nervosos pelos neurônios e proporcionando um relaxamento muscular, sedação e efeito tranquilizante. O Lorazepam é o único benzodiazepínico utilizado como coadjuvante em tratamentos quimioterápicos devido a suas propriedades antieméticas, entretanto desde sua entrada no mercado, em 1977, o Lorazepam tem sido administrado para o tratamento da ansiedade e insônia. IndicaçõesO Lorazepam é medicamento benzodiazepínico com um potente e acentuado efeito sedativo, indicado principalmente como ansiolítico e para o tratamento da insônia.[4] O Lorazepam também é bastante utilizado em hospitais como um "pré-anestésico" - principalmente em pacientes que irão se submeter a alguma cirurgia - e também quando é necessário mantê-lo em coma induzido.[4] Seu uso para o tratamento da Síndrome do Pânico, em geral é recomendado. O Lorazepam, também é amplamente indicado para o tratamento de:
FarmacologiaO Lorazepam é considerado um "benzodiazepínico clássico", pois além de ser um dos que possuem estrutura molecular mais simples, também foi um dos primeiros a serem sintetizados em laboratório, juntamente com o diazepam, clonazepam, oxazepam, nitrazepam, flunitrazepam, bromazepam, flurazepam e clorazepato. O Lorazepam é quase completamente absorvido após a administração oral. Sua biodisponibilidade, em indivíduos saudáveis é maior que 90% e sua concentração plasmática ocorre em aproximadamente 120 minutos. Sua absorção quando administrado I.M. ou I.V. ocorre em aproximadamente 10 minutos. O volume de absorção é de aproximadamente 1,3 l/kg. O Lorazepam atravessa facilmente a barreira hemato-encefálica por difusão passiva. A taxa de ligação do Lorazepam a proteínas plasmáticas humanas é de aproximadamente 92% na concentração de 160 ng/ml. AdvertênciasO uso de benzodiazepínicos, incluindo o Lorazepam, pode provocar depressão respiratória potencialmente fatal. Por isso, o Lorazepam deve ser usado com cautela em pacientes com comprometimento da função respiratória. Embora estudos tenham comprovado o risco mínimo de deficiências congênitas em bebês de mulheres tratadas com Lorazepam durante a gravidez, seu uso é altamente desaconselhado. Ficou provado que assim como a maioria dos benzodiazepínicos, o Lorazepam atravessa a placenta e é encontrado em pequenas quantidades no leite materno. Foi constatado também que os efeitos clínicos, bem como seus efeitos colaterais também afetam o feto e não somente a mãe como antes se imaginava, portanto, é possível que, ao nascer, o bebê já tenha desenvolvido tolerância e/ou dependência ao Lorazepam. Interações medicamentosasOs benzodiazepínicos, incluindo o Lorazepam, causam efeitos depressores aditivos no SNC quando administrados concomitantemente a outros depressores do Sistema Nervoso Central como álcool, barbitúricos, antipsicóticos, sedativos/hipnóticos, ansiolíticos, analgésicos narcóticos, anti-histamínicos sedativos, anticonvulsivantes e anestésicos. O uso concomitante de clozapina e Lorazepam pode provocar sedação intensa, salivação excessiva e ataxia. Efeitos colateraisDentre os principais efeitos colaterais do Lorazepam, os mais comuns são: sonolência, ataxia, hipotensão, depressão respiratória, fadiga, cefaleia e tonturas. SobredosagemOs sintomas podem variar em termos de gravidade e incluem sonolência, confusão mental, letargia, disartria, ataxia, reações paradoxais, depressão do Sistema Nervoso Central, hipotonia, hipotensão, depressão respiratória, depressão cardiovascular, coma e muito raramente, a morte. Abuso e dependênciaO uso de benzodiazepínicos pode causar dependência física e psicológica. O risco de dependência aumenta com doses mais altas e com o uso por períodos mais prolongados e aumenta ainda mais em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de drogas/medicamentos ou em pacientes com transtornos de personalidade significantes. O potencial de dependência é reduzido quando o Lorazepam é utilizado na dose adequada em tratamento a curto prazo. Nomes comerciais
HistóriaAs Benzodiazepinas foram descobertas acidentalmente em 1954 por Leo Sternbach. A criação das benzodiazepinas foi inicialmente considerada sem importância e foi deixada de lado por mais de um ano. Até que um colega de Sternbach as analisou e percebeu que poderia ser um tipo de droga realmente eficaz. Em 1959, o primeiro benzodiazepínico, o Clorodiazepóxido (Librium), chegou no mercado. Lorazepam, foi descoberto pela empresa farmacêutica Wyeth mais tarde e aprovado pela FDA sob a marca Ativan em 30/09/1977, como um medicamento anti-ansiedade, que ainda é utilizado em muitos países[5] Ver tambémReferências
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