Ricardo Rogério de Brito Nota: Se procura o outro zagueiro, que jogou por Botafogo, Vasco e Volta Redonda, veja Sandro Hélio Muller.
Ricardo Rogério de Brito, conhecido como Alemão (Lavras, 22 de novembro de 1961) é um ex-futebolista brasileiro.[1] Seu apelido "Alemão" era devido seu cabelo loiro[2] e recebido em sua passagem pelo Botafogo.[3] CarreiraFabrilAlemão começou a jogar futebol em 1980 com Fabril.[4] BotafogoEm 1981, transferiu-se para o Botafogo do Rio de Janeiro. Em 1981-1982 disputando apenas o torneio estadual, o Campeonato Carioca, sem disputar o primeiro escalão nacional; em 1983 voltou ao Campeonato Brasileiro[5], aparecendo em 15 ocasiões; também marcou seu primeiro gol, contra o Sergipe.[6] Em 1985, ganhou da revista Placar a Bola de Prata como melhor volante do Campeonato Brasileiro daquele ano.[2] Em 1984 ele marcou 2 gols em sete jogos; em 1985[7] disputou 18 partidas, com 1 gol. Em 1986 somou 21 partidas e marcou 3 gols. Atlético de MadridEm 25 de março de 1987, Alemão foi contratado pelo Atlético de Madrid.[8] Graças às suas boas atuações, foi premiado com o "Don Balón" de 1988 como melhor estrangeiro da Liga Espanhola de Futebol.[2][9] Apesar de ter jogado apenas uma temporada e meia (entre 1987 e 1988) no Rojiblanco, Alemão deixou amostras no Vicente Calderón de sua grande qualidade. O recém-chegado à presidência Jesús Gil não quis o jogador no time.[10] Encerrou sua passagem pelo Atlético marcando 6 gols em 35 jogos, e conquistou o Troféu EFE como melhor jogador do Sulamericano e Jogador Estrangeiro do Ano da La Liga em 1988. NapoliAlemão se mudou para o Napoli em 1988, contratado pelo presidente Corrado Ferlaino[2] por 4,6 bilhões de liras, no qual atuou ao lado de Diego Maradona e Careca.[11] Com o time napolitano, após a primeira temporada marcada por uma lesão que limitou seu desempenho, conquistou a Copa da UEFA em 1989[12][13], marcando um gol na final de volta em Stuttgart[2], o Scudetto (campeonato 1989-1990) e a subsequente Supercopa da Itália (1990).[14] Em 8 de abril de 1990 foi protagonista de um episódio relevante para a conquista do campeonato: sua equipe estava de fato empatando por 0 a 0 no campo do Atalanta, quando foi atingido na cabeça por uma moeda de 100 liras lançada da arquibancada, resultando na vitória por 2 a 0 para os napolitanos, que haviam encerrado a partida empatados dentro de campo.[15] Em quatro anos pelo Napoli, o camisa 5 faria 93 jogos e nove gols pela Serie A.[2] AtalantaNo verão de 1992, Alemão se transferiu para a Atalanta, treinada por Marcello Lippi, conquistando um novo papel para si; o de defesa-central ao lado de um muito jovem Paolo Montero, estreante no Campeonato Italiano. Naquele ano, a Atalanta foi arrastada pelos gols de Maurizio Ganz, terminando em oitavo lugar[16]. Alemão fez 22 jogos naquele Campeonato.[16] No ano seguinte algo deu errado, e Alemão somou apenas 18 jogos e a Atalanta terminou o campeonato no penúltimo lugar, regressando assim à Série B[2].[16][17] Encerrou sua passagem pelo Nerazzurri marcando dois gols em 40 jogos em 1994. São PauloAlemão retornou ao futebol brasileiro em 1994 para jogar no São Paulo e com a nova camisa fez sua estreia no dia 28 de agosto de 1994 contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro. Alemão jogou duas temporadas com São Paulo, para um total de 77 jogos (31 vitórias, 23 empates e 23 derrotas) e fez 2 gols.[1][18] Volta RedondaAlemão foi contratado pelo Volta Redonda em 1996.[19] Após 21 jogos e um gol marcado, Alemão deixou o Voltaço e encerrou sua carreira como jogador profissional.[20] Seleção BrasileiraAlemão jogou 39 vezes pela Seleção Brasileira[2] entre junho de 1983 e junho de 1990, marcando 6 gols[1], e representou o Brasil na Copa do Mundo de 1986[21] e na Copa do Mundo de 1990. Alemão fez sua estreia na seleção em 17 de março de 1983, em amistoso contra a Suíça.[22] Em 25 de abril de 1985, em sua segunda internacionalização, ele marcou contra a Colômbia, ajudando o Brasil a uma vitória por 2–1.[23] Copa do Mundo de 1986Na Copa do Mundo de 1986 no México, Alemão foi titular do Brasil e disputou todas as partidas. Ele jogou em uma formação 1-3-4-2 ao lado de Sócrates na meia direita. O Brasil chegou às quartas de final com quatro jogos sem sofrer golos, mas perdeu para a França nos pênaltis; Alemão converteu o pênalti para o Brasil.[24] Copa América de 1989Alemão disputou a Copa América de 1989, jogando as 5 partidas e conquistando o título continental ao final do torneio. Copa do Mundo de 1990Na Copa do Mundo de 1990 na Itália, o Brasil teve escalação semelhante à 1986, com o Alemão jogando ao lado de Dunga na mesma posição. Aqui também Alemão foi titular em todos os jogos do Brasil.[25] Ele jogou sua última partida pela Seleção Brasileira em 24 de junho de 1990, quando seu time foi derrotado pela Argentina nas oitavas de final da Copa do Mundo.[1] No lance que originou o gol de Caniggia que eliminou o Brasil, Alemão foi facilmente driblado por Maradona no meio-campo e acusado por Galvão Bueno de ter aliviado para o companheiro de clube.[2] Galvão pediria desculpas em 2023.[26] TreinadorApós trabalhar como procurador de jogadores profissionais, em 2007 ele estreou como técnico profissional do Tupynambás Futebol Clube de Juiz de Fora[1] na segunda divisão do Campeonato Mineiro. Em 2008, foi contratado pelo América Mineiro para disputa do módulo II do Campeonato Mineiro e conquistou o acesso para a primeira divisão.[1] Treinou o Nacional, do Amazonas, na disputa do Campeonato Amazonense e da Copa do Brasil de 2010. Em 31 de outubro de 2011, assumiu o comando técnico do Central.[1][27] Títulos
Como Treinador
Referências
Ligações externas
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