O BRT de Campinas,[1] é um sistema de transporte rápido por ônibus que neste momento - em 2025 - encontra-se em construção na cidade. A previsão inicial para o término das obras era para o segundo semestre de 2020;[2] no entanto, após prorrogações e a relicitação do corredor Ouro Verde, o prazo final para encerramento das obras e inicio total do sistema foi definido para o segundo semestre de 2024, totalizando 4 anos de atraso se comparado ao cronograma original.[3]
Antigo trecho do VLT próxima a Vila Teixeira, local que viria a se tornar o BRT.
Obras sendo realizadas no Trecho Vila Teixeira.
A cidade de Campinas, com 1.200.015 de habitantes,[4] outrora dispôs de um sistema de transporte público de massa: entre 1879 e 1968, a cidade possuiu um sistema de transporte por bondes que chegou a ter 14 linhas com 57 km de extensão total, inicialmente com tração animal que depois foi eletrificado. No entanto, a cidade foi se expandindo e as limitações técnicas (via singela) começaram a criar conflitos com o trânsito crescente, entre outras questões, fizeram que a Companhia Campineira de Transportes Coletivos (CCTC), empresa do Grupo Cometa, que operou o sistema de transporte da cidade num regime comparável ao de um monopólio, levaram à extinção do transporte sobre trilhos em 24 de maio de 1968.[5] Em 1974, foi implantada uma linha turística de pouco mais de 3km em torno da Lagoa do Taquaral, em operação até a atualidade.[6]
Em meados da década de 1980 projetou-se um sistema que usaria trólebus em um corredor troncalizado na Avenida das Amoreiras, com um corredor em parte de seu percurso. O corredor foi concluído em 1988 mas o sistema de trólebus não chegou a ser implantado.[7] Em 1990, o então governador de São Paulo e ex-prefeito de Campinas, Orestes Quércia, anunciou a implantação de um sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT), conhecido como VLT de Campinas, que funcionou de 1991 a 1995 e deixou de operar após operar seguidamente dando prejuízo e por levar apenas 3 000 passageiros por dia, quando sua capacidade projetada diária era de 120 000 passageiros.[8] Após a desativação do sistema, o leito e as construções foram abandonados e depredados.[9] Após muitos anos de abandono, em 2009 os trilhos e dormentes da linha foram retirados pela América Latina Logística e levados para Maceió, onde foram utilizados no sistema de VLT da cidade.[10]
Em 2010 foi feito um projeto para a criação de um sistema de VLP (Veículo Leve sobre Pneus) no eixo do Ouro Verde e eventual extensão até o Aeroporto de Viracopos, com 19 km de extensão.[11] No entanto, em abril de 2011, este plano foi modificado para o uso do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) com a inscrição de Campinas no PAC-II da Mobilidade Urbana - Grandes Cidades (uma das fases do Plano de Aceleração do Crescimento), pleiteando recursos na ordem de 430 milhões de reais.[12] No entanto, após vários atrasos, foi necessária uma captação extra de recursos, dado o tempo decorrido desde a captação inicial dos recursos, a necessidade de construir mais pontes e viadutos e o fato de a estimativa inicial ter sido feita em cima da estimativa de custo e não de projeto.[13] O edital de licitação foi lançado em 2016.[14]
O início da operação efetivo das estações nos corredores se deu de forma gradual: o Corredor Campo Grande, que passou a funcionar em 25 de novembro de 2022, com o início da linha BRT 20, depois veio o Corredor Ouro Verde, que passou a funcionar em 31 de março de 2023, com o início da linha BRT 10[15]; e por fim, o Corredor Perimetral, cujo início de operação se deu em 26 de janeiro de 2024, mesma data da inauguração do Terminal Campos Elíseos.[16]
Centro↔Vila Industrial↔Parque Itália↔São Bernardo↔Parque Industrial↔Cidade Jardim↔Jardim do Lago↔Vila Pompeia↔Jardim Campos Elíseos↔Vila Mimosa↔Vila Rica↔Jardim Novo Campos Elíseos↔Jardim Santa Lúcia↔Jardim Yeda↔Jardim Capivari↔Jardim Morumbi↔Jardim São Francisco↔Chácara Santa Letícia↔Jardim Cristina↔Vila Aeroporto↔Recanto do Sol II↔Parque Dom Pedro II↔Jardim Shangai↔Jardim Mercedes↔Jardim Vista Alegre↔Parque Universitário de Viracopos↔Residencial São José↔Jardim Marajó↔Residencial Campina Verde↔Conjunto Mauro Marcondes↔Loteamento Porto Seguro↔Conjunto Habitacional Vida Nova
19
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Corredor Perimetral
Vila Teixeira↔Vila Aurocan↔Jardim Miranda↔Vila Anhanguera↔Jardim Dom Nery↔Parque Industrial↔Cidade Jardim↔Vila Pompeia↔Jardim Campos Elíseos↔Vila Rica↔Jardim Novo Campos Elíseos
5
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Corredor Campo Grande
Centro↔Botafogo↔Bonfim↔Vila Industrial↔Vila Teixeira↔Vila Itália↔Vila Nova Teixeira↔Vila IAPI↔Vila São Bento↔Jardim Aurélia↔Jardim Garcia↔Jardim Pauliceia↔Vila Castelo Branco↔Jardim Campos Elíseos↔Jardim Londres↔Jardim Roseira↔Jardim Ibirapuera↔Jardim Ipaussurama↔Cidade Satélite Íris↔Jardim Florence↔Jardim Rossin↔Jardim Nova Esperança↔Jardim Santa Rosa↔Parque Valença I↔Jardim Novo Maracanã↔Jardim Metonópolis↔Jardim Santa Clara↔Conjunto Habitacional Parque Itajaí
18
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Características
Dados da apresentação sobre o sistema em agosto de 2018[17][18]:
Justificativas para a adoção do sistema
Melhor adaptado às características geométricas do sistema viário na cidade;
Menor custo de implantação, quando comparado a outros modais;
Capacidade de atender adequadamente às demandas existentes e projetadas;
Maior flexibilidade para atender diferentes demandas;
Possibilidade de atender diversos serviços projetados (linhas expressas, semiexpressas, paradoras).
Assim, a construção do projeto foi dividida da seguinte forma[1]:
Lote
Corredor(es)
Consórcio
Valor ofertado
Valor final
1
Perimetral Campo Grande (parte 1)
Consórcio BRT Campinas (DP Barros, Trail, Arvek, Enpavi e Pentágono)
R$ 106 175 400,22
R$ 88 943 132,64
2
Campo Grande (partes 2, 3 e 4)
Construcap - CCPS Engenharia e Comércio S/A
R$ 230 448 363,05
R$ 191 156 916,62
3
Ouro Verde (parte 1)
Compec Galasso Eng. e Construção Ltda.
R$ 85 339 933,66
R$ 66 548 080,18
4
Ouro Verde (partes 2 e 3)
Consórcio BRT Campinas (Artec e Construtora Metropolitana)
R$ 127 657 634,26
R$ 104 806 917,62
Em março de 2023 foi publicado o aviso da licitação do lote 4 do corredor Ouro Verde pela prefeitura de Campinas.[19] Em 19 de maio foi concluída a licitação.
Término da limpeza da maior parte do antigo percurso do VLT de Campinas, que compõe parte do Corredor Campo Grande e a totalidade do Corredor Perimetral, no trecho até a Rodovia Anhanguera, num total de 5 km dos 7,5 km do trecho.[21]
Obras iniciando-se no Corredor Ouro Verde, no trecho da Avenida Ruy Rodriguez que vai da Avenida Arymana até a Avenida Coacyara, também com bloqueio parcial, para instalação de mais uma estação de transferência.[26]
Início das obras na Avenida das Amoreiras, na altura do bairro São Bernardo, do cruzamento com a Avenida Faria Lima até a Rodovia Anhanguera, com demolição do antigo corredor e, posteriormente, sua reconstrução no novo padrão e a implantação de novo pavimento.[28]
Expansão das obras para mais um trecho da Avenida John Boyd Dunlop, totalizando 1,1 km, indo da região do Campus II da PUC-Campinas até as proximidades da Rodovia Anhanguera.[29]
Expansão das obras do Corredor Campo Grande em direção ao Jardim Aurélia, num trecho de 800 metros da Avenida John Boyd Dunlop que vai da Rodovia Anhanguera até as imediações da interligação com o Corredor Perimetral. O trecho terá uma passagem inferior na pista expressa.[30]
Início das obras em um trecho de 1,3 km no Corredor Campo Grande, ao longo do trecho da Avenida John Boyd Dunlop que vai do Ribeirão Piçarrão (junto ao trecho já em obras no Jardim Florence) até o Jardim Nova Esperança, passando pelo Jardim Rossin, para a construção do corredor e de mais uma estação de transferência.[31]
Avanço das obras para a Rua Piracicaba, num trecho de aproximadamente 600 metros, entre as avenidas Ruy Rodriguez e Paulo de Camargo Moraes, no Jardim Novo Campos Elíseos, com o bloqueio das faixas da esquerda, junto ao canteiro central, em cada uma das duas pistas do trecho.[32]
Liberados o acesso a circulação em dois acessos que cruzam um trecho do Corredor Perimetral, com a criação de um binário nas vias paralelas dos bairros Jardim Miranda e Parque Industrial.[33]
Abertura ao tráfego da marginal da Avenida John Boyd Dunlop, no Corredor Ouro Grande, para que a pista principal possa ser fechada à circulação de veículos para que possa ser construída a passagem inferior e a Estação Aurélia.[35]
Liberação à circulação de veículos de um trecho de 1,8km das avenidas Ruy Rodriguez e Camucim, no Corredor Ouro Verde, ainda que com falhas no acabamento e sem a finalização dos detalhes.[36]
Liberação à circulação de trecho de 4,25km da Avenida John Boyd Dunlop em dois trechos nos bairros Jardim Florence e Cidade Satélite Íris, entre a Rodovia dos Bandeirantes e a linha férrea (Variante Boa Vista-Guedes).[37]
Início das obras do corredor Campo Grande na região do Mercado Municipal de Campinas (Mercadão), correspondendo à parte na qual será construído o Terminal Mercado, com um bloqueio de 350 metros na Avenida João Penido Burnier, desde o Mercadão, até a Rua Saldanha Marinho.[39]
Interdição de trecho da Avenida John Boyd Dunlop no Corredor Campo Grande, na altura do Jardim Ipaussurama, para a construção do trecho próximo à Estação Roseiras/PUCC, próxima ao Campus II da PUCC.[40]
Liberação ao tráfego de trecho de quase 2km de extensão da Avenida das Amoreiras, entre a Rodovia Anhanguera e a futura Estação Campos Elíseos, na interligação dos corredores Ouro Verde e Perimetral.[41]
Início das obras na Avenida João Jorge, com o fechamento para reconstrução do corredor de ônibus no padrão BRT, com uma estação exclusiva para o sistema juntamente a estações para os veículos convencionais.[42]
Liberação ao tráfego de um trecho de 1,5 km de extensão na Avenida das Amoreiras, no Corredor Ouro Verde, entre o Córrego do Piçarrão e a Rodovia Anhanguera.[43]
*Interdição de rotatória no Jardim Londres e no trecho entre a Rua Domício Pacheco e Silva e Avenida Transamazônica.[45] *Liberação ao tráfego após a conclusão das obras no trecho da Avenida João Jorge.[46]
*As obras, originalmente previstas para serem entregues em junho de 2020, tiveram a entrega adiada para dezembro desse ano como expectativa, mas sem prazo estabelecido.[48]
*Liberação de trecho de 1,5 km na Avenida John Boyd Dunlop, entre a Avenida Transamazônica, no Jardim Garcia e o Hospital da PUC-Campinas, no Corredor Campo Grande, totalizando 13 km de corredores já liberados ao tráfego em geral.[51]
*Inauguração do Terminal Satélite Íris, no Corredor Campo Grande. Em função de o sistema BRT ainda não estar operando, a ativação foi parcial, somente para as linhas do sistema convencional que atendem a região.[52]
*Interdição para remodelação do cruzamento entre as avenidas das Amoreiras e Faria Lima, no Corredor Ouro Verde, junto ao Hospital Municipal Mário Gatti.[53]
Liberação ao tráfego do trecho nas imediações da Estação Aurélia, na Avenida John Boyd Dunlop (Corredor Campo Grande), inclusive dos viadutos ali construídos. Com essa liberação, 16km dos 36km do sistema já foram liberados ao tráfego, o que totaliza 44% do sistema.[55][56]
Entrega oficial com liberação ao tráfego de um trecho de 5km do Corredor Ouro Verde, compreendendo o trecho que abrange as avenidas João Jorge e Amoreiras, das proximidades do Terminal Central até o futuro Terminal Campos Elíseos.[57]
Liberação do trecho do Corredor Campo Grande na altura do Hospital PUC-Campinas, entre a Avenida Brasília até pouco antes do Shopping Parque das Bandeiras, no qual houve a criação de um viaduto e a construção das marginais, além da Estação Roseiras/PUCC.[58]
*Inauguração do Terminal Santa Lúcia, com funcionamento parcial para as linhas convencionais que atendem a região. *Liberação de um trecho de aproximadamente 1km na Avenida Camucim, no Corredor Ouro Verde.[59] *Entrega do complexo da Estação Rodoviária, com três viadutos, ativação de faixas exclusivas e inversão de sentido de circulação em vias da Região Central, nas ruas Marquês de Três Rios e Saldanha Marinho.[60]
Liberação do trecho do Corredor Campo Grande entre a Estação Rodoviária até a ligação com a Avenida John Boyd Dunlop, num total de 3,5km, assim como o início do funcionamento do viaduto estaiado.[61]
*Liberação do trecho do Corredor Campo Grande entre o viaduto férreo e o futuro Terminal Campo Grande, num trecho de 2,5km, no qual também estão as estações Rossin e Nova Esperança.[62] *Liberação de trecho do Corredor Ouro Verde, num total de 2km, ao longo da Avenida Ruy Rodrigues, no trecho próximo ao Rio Capivari, onde foi também inaugurada nova ponte. Com essa liberação, aproximadamente 80% do Corredor Ouro Verde já foi concluído, com 11,6 km num total de 14,6 km.[63]
*Início da operação do Terminal Campo Grande, o mais importante terminal desse corredor, com cinco plataformas, duas delas dedicadas ao sistema BRT.[64]
*Interdição de trecho da Avenida Presidente Juscelino, sobre o Corredor Perimetral.[65] *Início das obras na alça de acesso da Avenida John Boyd Dunlop à Rua José Rosolém, no Corredor Campo Grande.[66]
*Prorrogação das obras do BRT por mais 12 meses, para finalização de obras no Corredor Campo Grande, dentre elas dois viadutos: um deles sobre a Rodovia dos Bandeirantes e outro no cruzamento com a Avenida Transamazônica.[68]
*Começa a operação piloto de uma linha semi-expressa no Corredor Campo Grande, numerada como BRT20. A nova linha liga o Terminal Campo Grande com o Terminal Mercado, fazendo parada no Terminal Satélite Íris, Estação Londres e Estação Rodoviária.[69]
*Entra em operação a segunda linha do sistema, denominada BRT10. A nova linha liga o Terminal Ouro Verde ao Terminal Central, fazendo paradas no Terminal Santa Lúcia e nas Estações Vila Rica, Anhanguera, Parque Industrial, São Bernardo, Mário Gatti e João Jorge.[71]
*Retomada das obras no Corredor BRT Ouro Verde, na avenida Ruy Rodrigues. Prazo para finalização é de 12 meses, com previsão para para o segundo semestre de 2024[73]
*No Corredor Campo Grande, ocorre a ativação de três novas linhas troncais: BRT21 (Semi-Expressa do Terminal Campo Grande), BRT25 (Paradora do Terminal Satélite Íris) e BRT26 (Semi-Expressa do Terminal Satélite Íris)[74]
*São ativadas, no Corredor Ouro Verde, duas novas linhas troncais (BRT11/Terminal Vida Nova e BRT12/Terminal Campos Elíseos) e sete linhas alimentadoras, as quais fazem a ligação do Terminal Campos Elíseos com os bairros adjacentes[75]
Inaugurado oficialmente o segundo viaduto da Avenida John Boyd Dunlop (sentido Centro-Bairro) sobre a Rodovia dos Bandeirantes, parte do Corredor Campo Grande[76], muito embora o trecho já estivesse em operação desde 7 de maio.[77]
*Foi anunciado que a Corredor Central, bem como o Terminal Central, receberão mudanças estruturais para funcionarem conforme o padrão BRT, com pavimentação em concreto e estações com pagamento desembarcado e embarque em nível, nas Avenidas Moraes Salles, Anchieta e Orozimbo Maia e na Rua Dona Libânia.[78]
*Início da operação da parte destinada ao BRT no Terminal Santa Lúcia *A linha BRT12, que desde o início das operações circulava nos corredores Central, Campo Grande (entre o Terminal Mercado e a Estação Vila Teixeira) e Perimetral até o Terminal Campos Elíseos, tem o funcionamento estendido até o Terminal Santa Lúcia.[80]
Acidentes, controvérsias e incidentes
Janeiro de 2019: 11 famílias do Jardim Londres, totalizando aproximadamente 50 pessoas, começaram a se mobilizar para entrar na Justiça contra a desapropriação de seus imóveis para a implantação do BRT, considerando que os valores pagos na desapropriação não serão justos e propondo que o projeto seja modificado.[81]
Março de 2019: a prefeitura de Campinas prevê a judicialização de parte das obras do BRT no que se refere às desapropriações, em aproximadamente 20% dos 80 mil metros quadrados previstos para desapropriações.[82] Em julho desse ano, temendo atrasos e maiores problemas, houve a desistência na realização de desapropriações no trecho central, com a readequação do projeto antes que as obras se estendam à região.[83]
24 de março de 2020: um motorista que prestava serviços nas obras do Corredor Campo Grande faleceu ao ser atingido pela caçamba do veículo basculantes por ele operado.[84]
8 de setembro de 2020: um motoboy que circulava pela Rua Piracicaba, no Corredor Ouro Verde, faleceu após cair ao ter colidido com uma tela de proteção das obras do sistema de transportes.[85]
21 de janeiro de 2024: Um homem morreu após capotar, bater na obra do Terminal Vida Nova (Corredor Ouro Verde) e ser arremessado do veículo no qual estava após desobedecer à ordem de parada da Guarda Municipal e fugir por vários quilômetros.[86]
Referências
↑ ab«Rapidão Campinas». EMDEC - Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas. Consultado em 1 de outubro de 2018
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