Poções
Poções é um município brasileiro no Sudoeste do estado da Bahia, região Nordeste do país. Localiza-se na mesorregião do Centro Sul Baiano. O município integra o Território de Identidade Sudoeste Baiano proposto pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.[7] Tem a sua história ligada ao povoamento do chamado Sertão da Ressaca que era uma área no sudoeste da Bahia, entre o Rio Pardo e o Rio das Contas, onde se encontra a região do Planalto da Conquista. Segundo o estimativa de 2024 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município era de 50 642 habitantes.[4] HistóriaDe acordo com os registros históricos, as explorações no território iniciaram-se por bandeirantes em busca de metais preciosos por volta 1732, a ocupação do território foi resultado do início de incursões bandeirantes pelo interior da então colônia portuguesa[8]. Um dos principais nomes dessa missão foi o coronel André da Rocha Pinto, considerado o pioneiro na exploração da região. A instalação das fazendas propiciou o surgimento de outras atividades como a pecuária, principalmente a bovina, a agricultura de subsistência e a cultura do algodão, a cultura do algodão também começou a ser praticada como forma de aproveitamento do solo e das condições propícias da região. Essas atividades de exploração se estenderam por cerca de cem anos.[9] A atuação das incursões aumentava o controle da coroa portuguesa na região ao mesmo tempo em que fazia surgir povoações ao longo do caminho percorrido pelos bandeirantes. Os núcleos habitacionais ali formados começaram, paulatinamente, a adquirir ares de urbanização, já que vilas e cidades tiveram suas origens em grandes pedaços de terra formados pela casa do fundador ou desbravador e o centro da religiosidade, a igreja dedicada ao santo padroeiro.[10] A gradual concentração de pessoas em volta das fazendas e nos pontos de desembarque ao longo das estradas formaram diversos centros urbanos na colônia portuguesa no século XVIII devido à descoberta do ouro e à difusão da criação extensiva do gado. A população original da região eram os índios, e quando houve a chegada dos primeiros bandeirantes em busca de ouro, a região já era ocupada por algumas tribos de índios mongoiós. Tais índios eram uma ramificação dos Camacãs do grupo Gê. Os mongoiós eram agricultores, cultivando banana, milho e mandioca. Os trabalhos eram divididos por sexo, mas os bens advindos do trabalho eram distribuídos coletivamente.[11] Em relação às origens do Arraial dos Poções, são duas as versões disponíveis. A primeira, que data a ocupação do território a partir do ano de 1732, diz respeito a bandeira chefiada pelo coronel André da Rocha Pinto, que foi designado por Pedro Leolino Mariz para conhecimento do local, sendo a primeira tentativa de desbravamento do Sertão da Ressaca. Corroborando com essa afirmativa, o texto publicado em 1953 destaca: “Confere-se, pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da Ressaca, da comarca de Jacobina” (IBGE, 1956). Todavia, de acordo com Sousa e Alves (2004, p. 140) devido “[...] a ausência de fontes documentais sobre o assunto, até o momento, não nos permite tecer maiores considerações sobre a passagem da bandeira comandada por André da Rocha Pinto”. Assim, registra-se essa versão, que consta em textos acerca de Poções, com a ressalva da ausência de fontes primárias. A segunda versão sobre a ocupação do território e documentalmente referenciada, se faz sob a influência das entradas chefiadas por João Gonçalves da Costa na região circunscrita aos arredores da área onde, posteriormente, foi edificado o Arraial dos Poções. Essa entrada ocorreu na segunda metade do século XVIII com abertura da Estrada das Boiadas que ligava o Sertão da Ressaca a Nazaré[12]. A segunda versão sobre a ocupação do território e documentalmente referenciada, se faz sob a influência das entradas chefiadas por João Gonçalves da Costa na região circunscrita aos arredores da área onde, posteriormente, foi edificado o Arraial dos Poções. Essa entrada ocorreu na segunda metade do século XVIII com abertura da Estrada das Boiadas que ligava o Sertão da Ressaca a Nazaré [13]. Além do índio, há relatos da presença de negros na região de Poções. Em carta à Coroa Portuguesa, datada de 12 de agosto de 1780, Manuel da Cunha Menezes, ex-governador da Capitania da Bahia, afirma que João Gonçalves vivia em harmonia num rancho com 60 pessoas, entre elas seus agregados e escravos. Os escravos foram adquiridos a fim de poder praticar a pecuária. Outros documentos, incluindo inventários, relatam a origem dos escravos africanos que foram levados para a região, predominavam os de Angola e Moçambique.[14] O início da colonização da região não foi tarefa fácil para os bandeirantes, no século XVIII, toda a região que incluía Vitória da Conquista, poções e as localidades que seriam futuramente desmembradas de ambas, pertenciam à Vila do Príncipe, que hoje é a cidade de Caetité. O então governador da Capitania da Bahia, D. Afonso Miguel Gonçalves, o Marquês de Valença, ordenou que fosse aberta uma estrada ligando Rio de Contas ao litoral, na época denominada de Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas[15], importante centro de mineração do interior da capitania, essa estrada deveria levar principalmente ouro da vila ao litoral, dado a dificuldades em transportar os minérios explorados na região para serem levados ao portos de Salvador, de Ilhéus ou de Porto Seguro. Soma-se a essa questão, a necessidade, por parte da Coroa Portuguesa de adentrar o sertão com a finalidade de estabelecer a ocupação de terras e, posteriormente, núcleos urbanos que dessem apoio ao trânsito de mercadorias produzidas no interior, sobretudo, na Capitania de Ilhéus, entendendo que os espaços coloniais se estabeleciam essencialmente como “bacias de drenagem”[16]. Foi nessa empreitada que o bandeirante João Gonçalves da Costa foi incumbido de abrir caminho para a estrada, foi então que o capitão partindo do litoral chegou à região do planalto da conquista, ele e seus homens combateram os índios Imborés, Mongoiós e Pataxós que habitavam a região. A conquista da região não foi fácil, existiam populações indígenas numerosas e eles lutaram firmemente contra os planos dos lusitanos de abrir uma estrada que passava por seus territórios. As maiores batalhas ocorreram na região próxima da sede da atual cidade de Vitória da Conquista. Em 1752, partiu do litoral o sertanista João Gonçalves da Costa, natural de Chaves (Portugal), acompanhado de seu sogro João da Silva Guimarães, do filho Raimundo Gonçalves da Costa e Antônio Dias de Miranda. Eles seguiram o curso do Rio Pardo e alcançaram a região em que hoje está Vitória da Conquista e demais localidades adjacentes. Depois de esforços inúteis para conquistar pacificamente os indígenas locais, João da Silva Guimarães obteve do Rei de Portugal a permissão de guerreá-los, para evitar os constantes ataques às novas povoações que se desenvolviam nas margens dos rios Paraguaçu e Pardo.[17] Em 1752, ocorreu uma das batalhas mais notáveis da história de Vitória da Conquista, entre os soldados luso-brasileiros, liderados por João Gonçalves da Costa, e os indígenas. Foi somente a vitória dos colonos portugueses que toda a região de Vitória da Conquista e seus arredores ficaram sob às mãos de João Gonçalves, incluindo aí a região de Poções[18]. Foi nesse processo que o sertanista João Gonçalves fundou a povoação que posteriormente viria a ser denominada de Poções[19]. Ele também foi bem sucedido na tarefa de abrir a estrada que ligava a região de Rio de Contas até Ilhéus. Há alguns relatos dessa época, em que o bandeirante afirma que na região havia muitas feras e que em um mês os seus homens mataram 24 onças. Mas nessa época, a pequena povoação que existia na região atual de Poções ainda não era considerada uma vila, não havia construções, só era um ponto de provável povoamento[20]. Mas como a região era pouco contestada, o bandeirante João Gonçalves deixou o seu filho para reivindicar os seus domínios na região, o filho de João Gonçalves era o Sargento-Mor Raimundo Gonçalves da Costa, ele escolheu como sede do território o arraial de Santo Antônio de Morrinhos, a família Gonçalves continuou a viver no local, e o povoado de Poções só seria então fundado pelo filho de Raimundo Gonçalves da Costa que era Timóteo Gonçalves da Costa e também foi ajudado por seus dois filhos. Eles doaram lotes de terras para que fosse erguida uma capela para o povoada, está ideia já era concebida desde a época de João Gonçalves, que planejava construir uma capela para o pequeno povoamento que ele instalou na região. Mas os planos de construção da capela só foram postos em prática no século XIX. Logo quando foi iniciada a construção da capela foi dado o nome de Divino Espírito Santo. Segundo constam nas documentações, a capela teve o início de sua construção em 1830, e se passou bastante tempo até a obra fosse completada, em 1842, estava ainda sob construção e o Capitão-Mor João de Miranda continuou as obras sendo completadas alguns anos depois pelo Capitão-Mor Antônio Sampaio. Portanto, entre os anos 1830 e 1842 foi construída a capela do Divino Espírito Santo e entorno do templo, aos poucos, desenvolveu-se o arraial de Poções[21]. Por volta de 1800, Vitória da Conquista passou a categoria de Arraial da Conquista e a ela foi incorporada a região de Poções, mas ambas ainda permaneciam como territórios de Caetité. Na primeira metade do século XIX, o arraial da Conquista, que pertencia ao termo de Caetité, sofreu algumas mudanças de ordem administrativa e territorial. Em 1831, a freguesia do rio Pardo foi elevada a categoria de vila da Província de Minas Gerais e, consequentemente, o arraial da Conquista, assim como os arraiais de Santo Antônio da Barra, São Felipe e Poções passaram ao domínio administrativo da Província de Minas Gerais. Esta decisão não foi aceita pelos moradores desses povoados, principalmente o arraial da Conquista, gerando muitos protestos “justamente pela alegação dos seus habitantes da longa distância da capital mineira e pelo fato de já constituírem uma população de 8 a 10 mil pessoas”. Contudo, as respostas da presidência da província da Bahia e de Minas Gerais demoraram e, somente, em 1839 o território foi desmembrado da província de Minas Gerais. No ano seguinte, 1840, o arraial emancipou-se, conservando os limites anteriores com a denominação de Imperial vila da Vitória[22]. Nessa época Conquista já era uma povoação relativamente grande que já possuía a uma capela desde 1783, foi João Gonçalves quem ergueu a capela em louvor a nossa Senhora das Vitórias como louvor a sua vitória contra os indígenas que ele havia vencido. E em torno dela se formou uma povoação que foi se desenvolvendo com o tempo. O mesmo parecia estar ocorrendo com Poções em 1830, a construção da capela do Divino Espírito Santo poderia trazer mais pessoas a região de Poções que ainda era pouco habitada[23]. Em 1840, Vitória da Conquista foi elevada a categoria de vila e freguesia com o nome de Imperial Vila da Vitória[24], tendo o seu território desmembrado de Caetité, assim, Poções passa efetivamente a fazer parte da nova Imperial Vila da Vitória. Mas após a construção da capela do Divino Espírito Santo o povoado de Poções passou a ter um pequeno crescimento ao redor da capela, foi então que 1880, que o território de Poções foi desmembrado do de Vitória da Conquista, em 1778, Poções já tinha sido elevada a condição de freguesia que recebeu a denominação de Divino Espírito Santo em referência a capela, porém, dois anos depois em 1880, foi criado o município de Poções[25]. Assim, em 1878, Poções tornou-se distrito do município de Vitória, atual Vitória da Conquista, e foi emancipado pela Lei provincial nº 1.986 de 26 de junho de 1880, tornando-se oficialmente um município.[26] Cabe enfatizar que o bandeirante João Gonçalves da Costa, certamente morou no Arraial dos Poções, onde nasceu o seu filho Manoel Gonçalves da Costa, conforme testamento de Manoel Gonçalves da Costa encontrado no Arquivo da Primeira Vara Cível da Comarca de Vitória da Conquista na pasta de 1850 a 1859[27]. No entanto, instalaram-se no arraial o seu cunhado, Themotheo Gonçalves da Costa, juntamente com os dois filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa, iniciando o processo de povoamento dessa região, em finais do século XVIII. Bernardo, inclusive, conforme registro do seu testamento já nasceu nos domínios do Arraial dos Poções, conforme consta na Resolução nº 1.986, de 26 de julho de 1880, que diz que a “Villa dos Possoens” foi primitivamente povoação, “creada” por Themotheo Gonçalves da Costa, com seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa [...] Pela lei nº 1.848 de 16 de setembro de 1878 foi “erecta” em “freguesia”, sendo seus limites os dos “districtos” de Paz dos “Possoens” e“Areião”, e foi elevada à categoria de “villa” e como tal separada do município da “Victoria”, pela Resolução nº 1.986 de 26 de julho de 1880, mas só instalada a 25 de abril de 1883[28]. Em 1840, surge na região o português de nascimento, coronel Raimundo Pereira de Magalhães, com 15 anos de idade, tendo encontrado ainda vestígios das explorações anteriores, principalmente o desejo dos habitantes descobrirem o tesouro enterrado pelo velho bandeirante André Rocha Pinto. Sobre isto, o jovem português ouviu de um velho negro centenário, porém em perfeito juízo, que dizia ter sido escravo do coronel André, sendo molecote na ocasião da morte deste, mas que se lembrava perfeitamente disso, por ter assistido às pesquisas do "Senhor Moço" em procura do tesouro, assim como das palavras que, repetidas sempre pelo velho, indicavam o rumo ao tesouro: " Do cemitério para baixo, de passagem para cima, pedra do norte a sul nem mais, para trás, da estrada para cima me verás". Confere-se pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da Ressaca, da comarca de Jacobina. A povoação foi fundada por Thimóteo Gonçalves da Costa e seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa, após a conquista dos indígenas residentes no local pelo capitão-mor João Gonçalves da Costa, que doou o terreno onde foi construída uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo. As obras da capela foram iniciadas em 03 de agosto de 1830, continuadas em 1842 pelo capitão-mor João Dias de Miranda, e terminadas pelo capitão Antônio Coelho Sampaio"[29]. A cidade de Poções, na região sudoeste da Bahia, obteve este nome devido à existência de vários poços localizados onde hoje é o centro da cidade. Em relação às interferências políticas de Boa Nova no processo de emancipação de Poções, constata-se que houve um conflito de interesse entre famílias tradicionais do final do século XIX, que por ganhos particulares, influenciaram a vida urbana e a estrutura social, econômica e política do município. Com base nos dados vigentes e relatos sobre a administração local, o principal responsável por essa gestão truculenta do município de Poções foi o então prefeito Coronel Raimundo Pereira de Magalhães e seus familiares. Um dos seus filhos, também foi prefeito de Poções no final do Século XIX, Affonso Henriques Pereira de Magalhães, por desavenças políticas e interesses econômicos forçou o Governador da Bahia a extinguir o município de Poções pela lei Estadual 522 de 17 de setembro de 1903 e transferiu toda a municipalidade para o recém-criado Município de Boa Nova. É preciso destacar que esse processo é estabelecido no contexto de mudança de Império para República[30]. Teve sua sede transferida duas vezes para a povoação de Boa Nova e sete mudanças na nomenclatura entre 1903 e 1947, chegando a se chamar de Divino Espírito Santo, Boa Nova e Djalma Dutra anteriormente. A cidade teve a sua área dividida entre mais seis municípios: Ibicuí (1952), Iguaí (1952), Nova Canaã (1961), Planalto (1962), Caetanos (1989) e Bom Jesus da Serra (1989).[26] InfraestruturaEducaçãoAo todo, o município tem 346 estabelecimentos de ensino fundamental e 53 escolas de nível médio.[31] Em relação ao ensino superior, a maior parte dos jovens estudantes universitários do município viajam diariamente para Vitória da Conquista para estudar nas instituições de ensino superior da cidade, como a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Universidade Federal da Bahia, Campus Campus Anísio Teixeira, o IFBA, Campus de Vitória da Conquista, bem como instituições de ensino privado, como a Faculdade Independente do Nordeste - Fainor, Faculdade Maurício de Nassau - UNINASSAU, entre outras. Em 2024, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em Brasília a construção de oito novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia na Bahia com previsão de construção até 2026. E a cidade de Poções foi contemplada com o anúncio da implantação de um campus para a cidade e sua região de influência. Os critérios adotados pelo governo estadual para a seleção dos municípios incluem a universalização do ensino superior na Bahia, o PIB local, o IDH, o número de estudantes no ensino médio por território e a localização estratégica dentro do território de identidade.[32] No último 18 de setembro, uma comitiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) esteve na cidade de Poções para assinatura da escritura de doação do terreno para construção do novo campus e lançamento de sua pedra fundamental. O terreno fica localizado na Rua B, s/n, Loteamento São Francisco I, Bairro Alto da Vitória, em Poções, com área de 52.099,96 m² e perímetro de 968,89m. Os dados constam na Certidão com Prenotação nº 29.910, de 11 de agosto de 2024[33]. Até a finalização da obra de construção do campus, as atividades da unidade do IFBA serão desenvolvidas provisoriamente na Escola Estadual Isaías Alves. “A expectativa é iniciarmos as atividades de implantação na sede provisória já no primeiro trimestre de 2025. Já a entrega do campus está prevista para o segundo semestre de 2026”, declara Elis. No cronograma da Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodin), ainda em 2024, haverá a formação da comissão para estudos de implantação e realização de audiência pública para escuta da comunidade.[34] EconomiaAs principais atividades econômicas são a agricultura de hortifrutigranjeiros e a geração de empregos diretos e indiretos no comércio, segundo o SEI.[31] Além disso, no setor econômico, destaca-se pela agricultura, sendo o principal produtor baiano de fava e o 4º de tomate, além da expressiva produção de outros produtos, como a mandioca, o café, banana, milho, aipim e mamona. Ainda em relação ao seu setor primário, aparece a pecuária, eqüinos e a produção de ferro[35]. Para o setor turístico há apenas poucas atrações. Entre elas estão a Igreja do Divino Espírito Santo e o Prédio do Antigo Fórum, fazendo parte do patrimônio histórico, além de eventos como a Festa do Divino Espírito Santo, o Dia do Município, o São João e a Semana da Pátria[36]. Conforme registro da JUCEB - Junta de Comércio do Estado da Bahia, em dados disponibilizados em 2010, o município de Poções conta com um total de 64 industrias de pequeno porte, e há um total de 972 estabelecimentos comerciais no município. Considerado um centro de alta influência nos municípios vizinhos, o município de Poções fica perto da cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Dentro de sua área de influência, a cidade atrai maior parte dos visitantes para logística de transportes. Poções é o 2º município mais populoso da região de Vitória da Conquista, com 50 mil habitantes. O PIB da cidade é de cerca de R$ 573,5 milhões de reais, sendo que 53,5% do valor adicionado advém dos serviços, na sequência aparecem as participações da administração pública (33,6%), da indústria (6,5%) e da agropecuária (6,4%). Com esta estrutura, o PIB per capita de Poções é de R$ 12,2 mil, valor inferior à média do estado (R$ 23,5 mil), da grande região de Vitória da Conquista (R$ 16,8 mil) e da pequena região de Vitória da Conquista (R$ 17,2 mil)[37]. Entre 2006 a 2021, o crescimento do PIB municipal apresentou o 2° melhor desempenho da região imediata. Nos últimos dez anos, o crescimento nominal do nível de atividade da cidade foi de 163,9% e a taxa apresentada dos últimos 5 anos foi de 22,3%. O município possui 3,9 mil empregos com carteira assinada, a ocupação predominante destes trabalhadores é a de professor de nível médio no ensino fundamental (301), seguido de vendedor de comércio varejista (285) e de motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) (206). A remuneração média dos trabalhadores formais do município é de R$ 2,5 mil, valor abaixo da média do estado, de R$ 2,8 mil. A concentração de renda entre as classes econômicas em Poções pode ser considerada normal e é relativamente superior à média estadual. As faixas de menor poder aquisitivo (E e D) participam com 56,5% do total de remunerações da cidade, enquanto que as classes mais altas representam 9,9%. Destaca-se que a composição de renda das classes mais baixas da cidade têm uma concentração 11,5 pontos percentuais maior que a média estadual, já as faixas de alta renda possuem participação 15,1 pontos abaixo da média. Do total de trabalhadores, as três atividades que mais empregam são: administração pública em geral (1374), comércio varejista de combustíveis (178) e comércio varejista de móveis (132). Entre os setores característicos da cidade, também se destacam as atividades de fabricação de frutas cristalizadas e balas e fabricação de partes para calçados[38]. TransportesA sede municipal é cortada pela BR-116. Comumente referida como "Rio-Bahia", a rodovia federal é o principal eixo rodoviário. Também é cortada pela rodovia estadual BA-262. Esta liga a sede do município a Itabuna, passando por Nova Canaã, Iguaí, Ibicuí, Ponto de Astério, acesso à BA-263 (rodovia Vitória da Conquista-Itabuna), até a BR-101. O município, desde a sede, é ainda servido por rodovia asfaltada (atualmente cheia de buracos) até a sede do município de Bom Jesus da Serra. Dispõe de linhas regulares de ônibus para Salvador, Vitória da Conquista e para todo o país com acesso às principais rodovias do país. O município dispõe de aeroporto com pista asfaltada para aeronaves de até 50 passageiros. Os aeroportos mais próximos para aviões de médio e grande portes são os de Vitória da Conquista, Ilhéus e Salvador. GeografiaApresenta clima semiárido e seco a sub-úmido. O município está localizado numa depressão em forma de bacia, a uma altitude média de 760 metros em relação ao nível do mar, em uma zona de transição entre os biomas da Caatinga, ao oeste, e da Mata Atlântica, ao leste.[39] Sua média anual de 20,7 °C. O solo da região é considerado bastante fértil, entretanto, partes do município enfrenta períodos prolongados de seca pois se encontra em um clima semi-árido, fora dos período de chuva, que geralmente ocorre principalmente entre os meses de novembro e janeiro. Seu território é composto 10% pelo bioma Caatinga e 90% pelo bioma Mata Atlântica (Mata de Cipó). É considerado um município do Semiárido Brasileiro. O IDHM de Poções é 0,60[40]. A cidade fica situada numa depressão de terreno em forma de bacia. Seu centro comercial fica localizado na parte baixa, enquanto a parte alta concentra as moradias. Sua topografia é bastante acidentada com várias serras, como a Ouricana, Espeto, Umbuzeiros, Bom Jesus, David e Dobarusa; rios como o do Vigário, das Mulheres, São José e Ouricana; além das cachoeiras, com destaque para a Bandeira e Sete Voltas. Sua principal riqueza natural é a mineral, com predomínio do amianto, que destaca-se pela boa qualidade, porém conta ainda com o cristal de rocha, mica, ferro e grafite. Já na flora, há plantas medicinais e madeiras de lei, apesar de bastante devastada; e a fauna com tatus, capivaras, onças, veados, pacas, preás, cobras e aves[41]. Todo o água disponível da cidade vem da chamada "Barragem de Morrinhos", que nasce no Rio das Mulheres, e tem por finalidade abastecer a cidade e alguns municípios próximos. A barragem foi construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na década de 1950, e situa-se no distrito de Morrinhos. Além disso, o município está localizado em uma depressão em forma de bacia. O centro comercial situa-se na parte baixa, enquanto na parte alta concentram-se as residências. Vários bairros compõem a sede municipal, a exemplo dos bairros Alto do Recreio, Indaiá, Alto da Vitória, Santa Rita, Primavera, Tiradentes, Lagoa Grande, Bela Vista, Centro, Urbis, Tigre, Santa Rita, Açude, Lagoa Grande, Poçõenzinho, Joaquim Mascarenhas, Alto Paraíso, Pituba, entre outros. A vegetação da região é caracterizada principalmente por ser considerada uma transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, na região que compõe o município de Poções existe uma divisão de duas regiões, uma é uma região de mata úmida mais parecida com a Mata Atlântica e a outra região é a Caatinga, região mais seca do município. A região mais úmida está mais próxima das cidade de Canaã e Iguaí, enquanto que a região mais seca se encontra mais próxima dos munícipios de Bom Jesus da Serra. Na região também há alguns resquícios da Mata de Cipó que é um tipo de Floresta estacional Decidual (FED) que faz a transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, encontrada exclusivamente no estado da Bahia, principalmente no Planalto de Conquista. É comum na Mata de Cipó do Planalto de Conquista que muitas árvores percam as folhas na época seca. Além de decíduas, as plantas possuem inúmeras adaptações para resistir ao ambiente[42]. Orchidaceae ainda é pouco estudada no Sudoeste da Bahia, sendo que a maioria dos estudos existentes foram realizados nos municípios de Boa Nova e Vitória da Conquista. Desta forma, Orchidaceae em um fragmento de Floresta Estacional Decidual Montana, localizado em Salitre, zona rural do município de Poções, Bahia, Brasil é pouco discutida. O município de Poções está localizado no Planalto da Conquista, região conhecida como Sudoeste baiano, juntamente com outros 11 municípios: Manoel Vitorino, Dário Meira, Boa Nova, Nova Canaã, Planalto, Vitória da Conquista, Barra do Choça, Anagé, Belo Campo, Cândido Sales e Caatiba. A área de estudo localiza-se em uma região de transição entre dois grandes domínios fitogeográficos, a Caatinga e a Mata Atlântica. A vegetação localmente conhecida como Mata de Cipó é denominada Floresta Estacional Decidual Montana (IBGE, 2012), caracterizada por possuir elementos da Caatinga e Floresta Atlântica, ocorrendo entre 500 m e 800 m, em regiões com pluviosidade em torno de 800 mm anuais, com estações de seca e chuva bem definidas. Esta vegetação apresenta grande quantidade de lianas entrelaçadas que dificultam o deslocamento dentro da mata[43]. Rio São JoséO Rio São José era o corpo d'água que atravessava toda a cidade, um rio que tinha certa dimensão, conta-se que quando a cidade foi fundada, por volta de 1880, o rio era a principal fonte de água para o moradores locais, mais com o crescimento do povoamente a mata ciliar que existia ao longo do curso d'água foi sendo desmatada, e o rio aos poucos foi sendo açoreado. A cidade foi construida em torno desse curso d'água e, por isso, sempre que ocorrem chuvas fortes o que restou do rio transborda e alaga todo o centro da cidade. Ao longo da história de Poções existem muitos relatos de inchentes que alagou a cidade e causou muitos transtornos para os moradores da região mais baixa da cidade nas proximidades do Rio São José. Para que se possa comparar o nível de descaso com o rio, hoje boa parte dele virou um esgoto a céu aberto, toda a vida animal que havia nesse rio foi sendo perdida. Quem passa pelo centro da cidade se depara com os esgotos, e neles é a localização do rio, dado o seu nível de degradação é considerado por especialistas como um "rio morto"[44]. PolíticaDe modo geral, no município de Poções prevalecem as forças conservadoras. Desde as eleições municipais de 1947, alternaram-se no poder, partidos de tendências direitistas.[carece de fontes] De modo geral, no período denominado como Quarta República ou República Populista, os partido hegemônicos em Poções eram a UDN, o PR e o PSD. Ressaltando que o PR era um aliado da UDN. O PSD era o partido da oposição. Exceto pelo processo eleitoral municipal de 1958, quando a UDN e o PR, por disputas quanto ao nome único a ser lançado, acabou por se dividir na disputa. Lançando os nomes de Miguel Lopes Ferraz como candidato da UDN e o PR lançou o nome de Bernardo Torres Coelho. Neste processo foi eleito prefeito, Olímpio Lacerda Rolim do PSD.[nota 1] No período da ditadura militar, a ARENA foi o partido hegemônico no município de Poções, com todos os prefeitos municipais do período sendo filiados à ARENA.[nota 1] Nesse período ocorreram cinco processos eleitorais no município: 1966, 1970, 1972, 1976 e 1982. Todos ganhos pela ARENA/PDS.[nota 1]O último prefeito do período militar no município de Poções, foi Eurípedes Rocha Lima, eleito em 1982, pelo PDS, e a partir de 1985, filiado ao PFL.[nota 1] Em 1988, o município viu uma nova configuração nas forças políticas locais. A candidatura de Luís Heraldo Duarte Curvelo, pelo PDT se configurava como uma possibilidade de mudança notável. Porém, um acidente fatal com automóvel, na vinda dele de Vitória da Conquista para Poções, após fazer seu registro eleitoral, interrompeu esta possível mudança. Assumiu a candidatura em seu lugar, Antônio Edvaldo Macedo Mascarenhas, até então o candidato a vice-prefeito. Este, por sua vez, seria o líder político mais influente na cidade de 1989, até sua morte em 17 de agosto de 2001,[45] coincidentemente, como seu outrora companheiro de chapa, em um acidente fatal com automóvel, voltando para Poções, vindo de Salvador.[46] Antônio Mascarenhas foi um político que despontou no cenário da política municipal como opositor ao governo do estado. Sendo filiado ao PDT, seria a possibilidade de mudança, com um partido político que se colocava no espectro da centro-esquerda a nível nacional. Com apoio do PT, então comandado, no município, por Antônio Ferreira dos Santos Neto, para a conjuntura política daquela época, o governo se configurava como um diferencial que jamais se havia visto em Poções.[carece de fontes] CulturaDesde a sua origem até a atualidade, Poções possui manifestações e festejos relevantes de cunho religioso e está memória está presente nos principais edifícios católicos da cidade, em especial, os que foram edificados ao longo do processo de dominação portuguesa do território. Desse modo “[...] percebe-se um forte apego ao símbolo do Divino Espírito Santo representado através das bandeiras” [47] Um exemplo dessa característica é a “Festa do Divino” que é realizada em Poções, oficialmente, desde o ano de sua elevação a vila, nesse sentido, “a vinda de elementos da cultura religiosa dos colonizadores europeus resultou na festa ao Divino Espírito Santo, possuindo a celebração baiana ainda hoje as marcas originárias da tradição portuguesa”. Dos edifícios católicos, podem-se destacar os três principais e mais antigos presentes no centro da cidade de Poções. A primeira estrutura religiosa é a Capela de Nossa Senhora da Lapinha, e com a sua construção, em 1792, que marca a manifestação do Catolicismo no arraial. Em sua passagem pelo Arraial dos Poções, em meados dos anos de 1815, o príncipe Maximiliano descreve que o lugar conta com “[...] uma dúzia de casas e uma capela feita de barro”. De acordo com Sousa e Alves (2004, p. 144) “[...] à Capela de barro citada pelo príncipe possivelmente era a Capela de Nossa Senhora da Lapinha, única que se tem notícias do período [...]”. Como observado pelo príncipe Maximiliano, o material utilizado para a construção da Capela foi o tijolo de adobe ou popularmente chamado de "adobão" (barro). Por falta de manutenção sua estrutura ficou comprometida, resultando posteriormente na demolição da mesma. Outra versão relatada por antigos moradores da cidade, revela que a capela original foi destruída devido a fortes chuvas na década de 1940. O segundo edifício histórico, se refere à primeira igreja construída na cidade, a Igreja do Divino Espírito Santo. O início de sua construção, de acordo com o IBGE (1956, p. 124) é datado em 3 de agosto de 1830 e não ocorreu de forma contínua, pois houve interrupções no processo. A construção da igreja foi continuada em 1842 pelo capitão-mor João Dias de Miranda e concluída pelo capitão Antônio Coelho Sampaio, de acordo com o documento supracitado. Esses aspectos revelados na paisagem evidenciam a centralidade deste edifício religioso para a formação da cidade. Nesse sentido, as temporalidades se diferenciam pelo contexto históricosocial e pelo desenvolvimento do Trabalho e das Técnicas. As crenças, materializadas por meio da construção religiosa, perpassam cada paisagem datada de diferentes momentos. Além das transformações expressas na paisagem, as mudanças no templo religioso também são percebidas, uma vez que este passou por revitalizações que desconfiguraram sua estética original. No imaginário popular em Poções, a Igreja do Divino Espírito Santo tem destaque pelo seu valor cultural, histórico e religioso, sendo considerado um marco na história da cidade. A arquitetura simples inspira tradições, poetas e artistas plásticos na região. A terceira igreja a compor essa análise é a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. A terceira construção religiosa mais conhecidas da localidade é a Igreja Matriz, construída em meados da década de 1950, a Igreja Matriz é o maior templo religioso católico da cidade, situado em local de destaque altimétrico na Avenida Cônego Pithon, entre o Mercado Municipal e as praças do Divino e Raimundo Pereira de Magalhães. Em razão desta posição de destaque pode ser vista de vários pontos da cidade, mesmo com a tendência à verticalização de construções, no século XXI. Foi revelada a necessidade de construir uma igreja maior para acomodar maior número de pessoas, visto que a antiga Capela do Divino Espírito era muito pequena, assim, se iniciou a construção da Igreja Matriz. Os festejos ao Divino Espírito Santo são de origem portuguesa, a festa é oficialmente realizada em Poções a partir de 1880, pelo então pároco Luís França dos Santos[48] A festa do Divino Espírito Santo, que ocorre em diversos municípios do Brasil e em alguns países do mundo, como Portugal, acontece em terras brasileiras desde a colonização do país. Em Poções, município que está localizado na região sudoeste da Bahia, e desde então possui esta festa que é a mais movimentada e comovente da cidade, esta manifestação religiosa tornou-se um símbolo do município que tem como padroeiro o Divino Espírito Santo[49] Na Chegada das Bandeiras, que acontece nas sextas-feiras, dois dias antes do domingo que comemora pentecostes (a descida do espírito santo sobre os doze apóstolos), ocorre o ápice das comemorações ao Divino pela população cristã da cidade: a cavalgada acompanhada com as bandeiras dedicadas ao Divino Espírito Santo. O festejo religioso cristão é organizado em um novenário (comemoração em nove dias ao Divino Espírito Santo) ocorrendo as missas na matriz da cidade, no ginásio de esportes e no último dia no estádio de Futebol do município. A festa profana acontece paralela à cristã, sempre antes ou após as missas, atualmente ocorrem durante dez a cinco dias[50]. A festa é organizada com base no dia de Pentecostes. Devido a isto é realizada nos meses de maio ou junho, quando normalmente durante a noite atinge-se uma temperatura entre 17° e 15° graus, esporadicamente ou até menos, revelando a devoção dos fiéis que mesmo com a baixa temperatura resistem ao frio para afirmar sua fé. Uma peculiaridade que existe nesta festa, assim como se encontram em tantas outras, é o fato de haver a junção das classes sociais no evento. Atualmente, não há registros de 1464 separação entre os grupos, pois no novenário, que ocorre na igreja matriz, no ginásio de esportes e no estádio de futebol, não há bancos separando famílias ou hierarquias de quaisquer natureza; entretanto, no período em que Monsenhor Honorato era pároco[51], de 1937 até 1942 e depois de 1947 até 1985-1986 havia tal distinção. No momento do ofertório pessoas de diversas camadas se oferecem para ajudar na cerimônia das missas; no dia da chegada das bandeiras, em frente à igreja matriz ficam os políticos da cidade e aliados de outros locais, acompanhados com o pároco e religiosos da arquidiocese de Vitória da Conquista e convidados; todos na espera do estandarte que é carregado pelo Memorialista Homero Ferreira da Silva junto à cavalaria. Nestes instantes, a população se une aos políticos e aos religiosos em um mesmo espaço para esperar a chegada, aparentando em sociedade uma suposta união que o padroeiro proporcionaria nos dias de festa entre as divisões Poçõense[52]. A Chegada das Bandeiras, considerado o momento ápice dos festejos religiosos, inicia-se às 05h00min em média com a alvorada na Praça Monsenhor Honorato, organizada pelo memorialista Homero Ferreira da Silva junto aos seus familiares e amigos. Os foliões da festa de largo vão até a Igreja matriz ver a alvorada que todos os anos ocorre com queimas de fogos. Algumas pessoas que vão prestigiar os fogos de artifício neste horário logo permanecem no espaço central da cidade e ficam aguardando a chegada das bandeiras, que passam em frente à matriz às 10h00 horas; durante a tarde, vão ao encontro dos blocos (festa de camisa aberta) e durante a noite assistem mais shows. Existem alguns foliões que ficam de dois a três dias na folia sem descansar, participando das comemorações religiosas e profanas. Um grande número de bandeiras são depositadas na igreja devido ao pagamento de promessas feitas ao Divino. Devotos as entregam na matriz ou ao Senhor Homero e depois são levadas para Poçõesinho, onde acontece o início da chegada das bandeiras[53]. A prefeitura, junto com os convênios, promove os shows durante os novenários, sempre depois ou antes da missa. Em alguns anos, principalmente nestes últimos tempos, são reduzidos os dias da festa de largo, em média de dez a cinco dias. O espaço onde ocorrem estas festividades é uma quadra de esporte sem cobertura que foi construída em 1998 pelo Prefeito Antônio Edvaldo Macedo Mascarenhas (conhecido na cidade como Tonho Gordo), sendo que antes deste ano o espaço não possuía o formato de hoje. As barracas, anteriores a esta data, possuíam a estrutura de madeiras com o revestimento de palhas de coqueiros; depois da inauguração, barracas padronizadas as substituíram e bandas renomadas nacionalmente passaram a ser contratadas. Sobretudo nas décadas de 1970 e 1980 havia pavilhões, onde predominava certa desigualdade entre as classes, da seguinte forma: algumas barracas reproduziam sons mecânicos e pessoas, normalmente da classe baixa, as frequentavam. Sendo que em outras barracas, onde pessoas das classes médias e altas da cidade ficavam, artistas da terra tocavam e promoviam leilões[54]. NotasReferências
Ligações externas |