O adenoma canalicular é um tipo de neoplasia benigna de glândulas salivares originário das células dos ductos terminais das glândulas.[1]
Sinais e sintomas
É caracterizado como uma massa de crescimento lento, mas também pode se apresentar como múltiplos nódulos, ainda que não seja clinicamente invasivo ou maligno.[1][2][3] Possui tamanho pequeno, em média de 1,6 cm.[2]
Apesar de muitos serem assintomáticos, alguns podem causar dor, ulceração da mucosa, edema ou desconforto.[1]
Aspectos radiográficos e histológicos
Na ultrassonografia, o adenoma canalicular se apresenta como uma massa relativamente homogênea e pouco ecoica, contendo um líquido de baixa viscosidade.[1][4] Na ressonância magnética, aparece como uma lesão isointensa em T1 e de hipersinal em T2.[1][4]
Histologicamente, o adenoma canalicular é caracterizado por ser uma neoplasia benigna composta por epitélio cuboide ou colunar formando canalículos, dispostas em ilhotas ou cordões de células com espaços císticos entre esses cordões.[1] Esse tumor pode infiltrar a cápsula e até mesmo formar tumores microssatélites extracapsulares.[1] O estroma tumoral é composto por tecido conjuntivo frouxo bem vascularizado.[1][2]
Necrose é excepcionalmente encontrada, assim como mitoses, estando normalmente ambas ausentes.[1][2] Não há registros de transformação maligna deste tumor, mas ele é ocasionalmente reportado como um tumor híbrido ou de colisão com outra neoplasia.[1][2][5]
O adenoma canalicular representa 1 a 3% dos tumores de glândula salivar, afetando mais as glândulas salivares menores (4 a 6%), especialmente no palato ou bochechas.[1][6] Afeta mais mulheres do que homens, e especialmente pacientes após os 50 anos.[1]
Diagnóstico
O diagnóstico se dá pelo exame anatomopatológico, e apesar de não ser necessário, pode-se utilizar imuno-histoquímica para fins diagnósticos: o adenoma canalicular é positivo para pancitoqueratina, S100 e SOX10, com delicada positividade para GFAP nas células periféricas.[1][2][7][8][9]
O prognóstico é favorável, especialmente em casos unifocais.[1] Em geral, a recidiva é de 3% após o tratamento de escolha, que é a cirurgia de ressecção, mas lesões multifocais podem ter risco aumentado de recidiva; em alguns casos, a persistência de lesões multifocais pode ser indistinguível da recidiva.[1][2]