CementoblastomaO cementoblastoma ou cementoma verdadeiro é um tumor odontogênico benigno incomum, formado a partir de cementoblastos.[2][3] Sinais e sintomasO cementoblastoma normalmente é assintomático e descoberto acidentalmente em exames radiográficos.[3] Entretanto, alguns podem exibir um comportamento localmente agressivo, causando dor, edema, expansão óssea, reabsorção dentária, deslocamento dos dentes adjacentes e assimetria facial.[3] Nos tumores recorrentes, expansão e perfuração da cortical óssea podem ocorrer. Geralmente o dente associado ao tumor é vital, a menos que tenha sido envolvido acidentalmente.[3] Aspectos radiográficos e histológicosRadiograficamente, o tumor possui um formato arredondado radiopaco, circundado por uma fina linha radiolúcida, fundido às raízes de um dente vital.[3] Perifericamente, as trabéculas de cemento são perpendiculares à cápsula.[4] Histologicamente, pode-se perceber que o tumor se funde à dentina radicular em uma massa sólida e calcificada, composta por trabéculas de cemento.[3] CausasO cementoblastoma possui, desde a nova classificação de lesões odontogênicas de 2022 da OMS, marcadores genéticos específicos que o relacionam com o osteoblastoma: a superexpressão de c-FOS e o rearranjo de FOS.[5] Por isso, teoriza-se que o cementoblastoma pode não ser um tumor odontogênico individual, e sim uma neoplasia óssea que existe no espectro do osteoblastoma e osteoma osteoide.[5] EpidemiologiaCorresponde a 0,69 - 8% de todos os tumores odontogênicos.[3] Não possui predileção por gênero, ocorrendo mais na segunda e terceira décadas de vida, e afetando predominantemente a mandíbula posterior.[5] Cerca de 50% dos casos envolvem o primeiro molar inferior.[3] DiagnósticoO diagnóstico é radiológico, mas o exame anatomopatológico pode ser utilizado para confirmar e diferenciá-lo de outras patologias como o osteoblastoma.[3][5] Prognóstico e tratamentoO tratamento consiste na remoção completa do tumor e do dente associado.[2] Em alguns casos, apicectomia seguida de tratamento endodôntico possibilita a preservação do dente.[2][3] A recidiva do tumor é possível, e pode atingir taxas de até 37,1% se houver excisão incompleta, por isso a enucleação total é recomendada.[3] Referências
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