Línguas indígenas do Brasil As línguas indígenas do Brasil são os idiomas falados pelos povos indígenas do Brasil . Assim como as demais línguas do mundo, por apresentarem semelhanças nas suas origens, tornam-se parte de grupos linguísticos que são as famílias linguísticas , e estas, por sua vez, fazem parte de grupos ainda maiores, os troncos linguísticos . Entre as línguas indígenas do Brasil, os troncos linguísticos com maior número de línguas são o tupi e o macro-jê . Existem também povos que falam o português; no entanto, estes casos são considerados como perdas linguísticas ou identidades emergentes.
Há famílias, entretanto, que puderam ser identificadas como relacionadas a nenhum destes troncos. Além disso, outras línguas não puderam ser classificadas dentro de nenhuma família, permanecendo na categoria de não classificadas ou línguas isoladas . Ainda, existem as línguas que se subdividem em diferentes dialetos , como, por exemplo, os falados pelos cricatis , rancocamecrãs , apaniecras , apinajés , craós , gaviões do oeste e pucobié-gaviões , que são todos dialetos da língua timbira . Segundo o IBGE , há 274 línguas indígenas.[ 1] Há também uma língua de sinais indígena, a língua de sinais kaapor .[ 2] [ 3] [ 4]
Há, no Brasil, estações de rádio em línguas indígenas.[ 5] [ 6] [ 7] [ 8] [ 9]
As línguas nativas de tribos indígenas brasileiras estão entre as mais ameaçadas de extinção no mundo, segundo uma classificação feita pela National Geographic Society e pelo Living Tongues Institute for Endangered Languages . Elas estão sendo substituídas pelo espanhol , o português e idiomas indígenas mais fortes na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai , nos Andes e na região do Chaco , revelaram os pesquisadores.[ 10] Por exemplo: menos de 20 pessoas falam ofaié , e menos de 50 conseguem se expressar em guató : ambas as línguas são faladas em Mato Grosso do Sul , próximo ao Paraguai e à Bolívia. A área é considerada de "alto risco" para línguas em risco de extinção, alertaram os pesquisadores. Em outra área de risco ainda maior – grau "severo" –, apenas 80 pessoas conhecem o uaioró, língua indígena falada nas proximidades do rio Guaporé , em Rondônia .
Os cientistas descreveram esta parte do globo como "uma das mais críticas" para as línguas nativas: é extremamente diversa, pouco documentada e oferece ameaças imediatas aos idiomas indígenas. Entre estas ameaças, estão as línguas regionais mais fortes, como: o português na Amazônia brasileira; o espanhol falado na Bolívia; e o quíchua e o aimará nos Andes bolivianos.
Em maio de 2019 , o deputado federal Dagoberto Nogueira apresentou um projeto de lei para instituir a cooficialização da segunda língua, de origem indígena, em todos os municípios brasileiros que possuem comunidades indígenas.[ 11] [ 12] [ 13] [ 14] O projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados em 10 de dezembro de 2019,[ 15] [ 16] [ 17] e foi aprovado pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados em 8 de junho de 2021.[ 18] [ 19]
Em julho de 2023 a Constituição brasileira de 1988 foi traduzida pela primeira vez para uma língua indígena, a língua nheengatu .[ 20] [ 21] [ 22]
Classificações
Primeiras classificações: tupis e tapuias
De acordo com Melatti (2007), as primeiras classificações das línguas índigenas, feitas por colonizadores e missionários, dividiam-nas simplesmente entre línguas tupis e tapuias .[ 23]
Classificação de Martius (1867)
De acordo com Magalhães (1935), o naturalista alemão Martius (1867) dividiu as línguas indígenas brasileiras em 8 grupos (na grafia original):[ 24]
Classificação de Ehrenreich (1892)
Classificação de Paul Ehrenreich (1892), na grafia da época:[ 25] [ 26]
Tupis
Gés
Goitacá (Waitaka)
Carahybas
Nu-Aruak (Maipure)
Pano
Miranha
Guaycurú (Waikurú)
Tribos não classificadas (Bororós, Carajás, etc.)
Classificação do ISA (1997)
Do ponto de vista linguístico, as línguas indígenas do Brasil pertencem a muitas famílias de línguas diferentes. A filiação étnica de alguns grupos humanos extintos é questionável.
Classificação baseada no site do Instituto Socioambiental (ISA, 1997, com atualizações), por sua vez baseada na classificação de Aryon Dall'Igna Rodrigues (1986):[ 27] [ 28]
Classificação das línguas indígenas no Brasil
Família
Grupo
Língua
Território
línguas arauanas
Arauá
Arauá
Amazonas
Deni-culina
Culina
Acre
Deni
Amazonas
Madi
Banauá
Amazonas
Jamamadi
Amazonas
Jaráuara
Amazonas
Paumari
Paumari
Amazonas
Sorouahá
Sorouahá
Amazonas
línguas aruaques
Setentrional
Alto Amazonas
Bahwana (Chiriana) (†)
Amazonas
Baníua (de Guiana)
Roraima
Baré
Amazonas
Caixana (†)
Amazonas
Curripaco
Amazonas
Iabaana (†)
Rio Marauiá
Jumana (†)
Rio Puré (Amazonas)
Manao (†)
Amazonas
Mariaté (†)
Amazonas
Mariaté (†)
Rio Iça (Amazonas)
Pasé (†)
Rio Iça (Amazonas)
Tariana
Rio Uaupés
Uainumá (†)
Rio Iça (Amazonas)
Uaraicu (†)
Rio Juraí (Amazonas)
Uirina (†)
Rio Branco (Amazonas)
Wapixano
Mapidiano
Roraima
Uapixana
Roraima
Palicure
Aroã (Aruano) (†)
Pará
Maraua (†)
Amapá
Palicure
Amapá
Central
Salumã
Enáuenê-nauê
Mato Grosso
Pareci-uaurá
Custenau (Kustenaú ) (†)
Mato Grosso
Iaualapiti (Yaualapiti )
Mato Grosso
Meinaco (Mehinaku )
Mato Grosso
Pareci (Haltiti)
Mato Grosso
Uaurá
Mato Grosso
Meridional
Piro-Apuriná
Apuriná
Acre
Chontaquiro
Acre
Piro
Acre
línguas caribes
Setentrional
Macuxi-capom
Acauaio-capong
Roraima
Macuxi
Roraima
Pemom
Roraima
Uaimiri
Atroari
Uaiuai-Siquiana
Salumá
Siquiana
Uaiuai
Uayana-Trió
Apalaí
Pará
Tirió
Brasil Norte
Arara
Ikpeng
Meridional
Guiana S.
Caxuîna
Hixkaryana
Xingu
Bacairi
Mato Grosso
Cuicuro-Calapalo
Matipuí
línguas catuquinas
Canamari
Canamari
Catuquina
Catauixi
catauixi
línguas chapacura-wanham
Madeira
Oro Uin
Rondônia
Uari
Rondônia
Urupá
Rondônia
Torá, Toraz
Amazonas
Uaporé
Cabixi
línguas ianomâmis
Yanam
Ianam-Ninam
Roraima
Tsanumá
Sanumá
Roraima
Yanomâmi
Ianomâmi
Roraima
Yanomamö
Roraima
línguas macro-jês
Bororo
Bororo ocidental (†)
Mato Grosso
Bororo oriental
Mato Grosso do Sul
Umotina (†)
Mato Grosso
camacã
camacã (†)
Bahia
Cotoxó (†)
Bahia
Masacará (†)
Bahia
Meniém (†)
Bahia
Mongojó (†)
Bahia
Cariri
Camuru (†)
Dzubucuá (†)
Quipeá, cariri (†)
Sabujá (†)
Fulniô
iatê
Pernambuco
Guató
Guató
Mato Grosso
Jabuti
Aricapu
Rondônia
Jabuti (Djeoromitxi )
Rondônia
Jê
Acroá (†)
Apinajé
Jaicó (†)
Mebengôkre-caiapó
Panará
Sujá
Timbira
Maranhão, Tocantins, Pará
Xavante
Xakriabá
Xerente
Maxacali
Maxacali
Minas Gerais
Capoxo (†)
Minas Gerais
Monoxó (†)
Minas Gerais
Maconi (†)
Minas Gerais
Malali (†)
Bahia
Pataxó hã hã hãe (†)
Bahia
Puri
Puri (†)
Espírito Santo , Rio de Janeiro , São Paulo , Minas Gerais
Coroado (†)
Espírito Santo
Coropó (†)
Espírito Santo
Rikbaktsá
Rikbaktsá
Mato Grosso
línguas macus
Nadahup
Nadëb
Amazonas
Dâw
Amazonas
Juhup
Amazonas
línguas mataco-guaicurus
Guaicuru
Cadiuéu
Mato Grosso do Sul
línguas mura-pirahã
Mura-Bohurá (†)
Amazonas
Pirahã
Amazonas
Jahahí (†)
Amazonas
línguas nambicuaras
Setentrional
Lacondê
Latundê
Mamaindê
Nagarotê
Tauandê
Meridional
Norte de Campo
Manduca
Galera
Norte do Uaporé
Sabanê
Sabanê
línguas pano-tacanas Uma das famílias com mais línguas diferentes no Peru .
Pano
Iaminaua
Caxinauá
Acre
Moronaua
Acre
Iaminaua
Acre
Iauanaua
Acre
Chacobo
Camanaua
Acre
Capanaua
Canamari (†)
Rondônia
Marubo
Amazonas
Remo (†)
Amazonas
Outras
Culino (†)
Acre
Caripuná (†)
Acre
Caxauiri
Acre
Matsés, Maioruna
Amazonas
Nocamán (†)
Acre
Nocamán (†)
Acre
Poianaua (†)
Acre
Tuxinauá (†)
Acre
línguas tucanas Esta família está formada por um grande número de línguas localizadas no sul da Colômbia e em parte do Brasil.
Central
Cubeo
Amazonas
Oriental
Piratapuia
Amazonas
Tucano
Amazonas
Tuiuca
Amazonas
Uanano
Amazonas
línguas tupis
Ariqueme
Ariqueme
Rondônia
Caritiana
Rondônia
Aueti
Aueti (auetö )
Mato Grosso
Maué
Maué-Sateré
Pará, Amazonas
Mondé
Aruá, Aruáxi
Rondônia
Cinta-larga
Mato Grosso
Gavião do Jiparaná
Rondônia
Canoé (†)
Rondônia
Mondé
Rondônia
Suruí
Mato Grosso, Rondônia
Mundurucu
Curuaia
Pará
Mundurucu
Amazonas, Pará
Puruborá
Puruborá
Rondônia
Ramarrama
Arara, Caro
Rondônia
Ramarrama (†)
Rondônia
Ntogapide (†)
Rondônia
Urumi (†)
Rondônia
Urucu (†)
Rondônia
Tupari
Kepkiriwát (†)
Rondônia
Macurape
Rondônia
Saquirabiá
Rondônia
Tupari
Rondônia
Uaioró
Rondônia
Juruna (Juruná)
Juruná
Mato Grosso
Maritsauá (†)
Parque do Xingu , no Mato Grosso
Xipaia
Parque do Xingu, no Mato Grosso
tupi-guarani
subgrupo I
Caiuá
Embiá
guarani
guarani antigo (†)
Nhandeva (Chiripá)
Xetá (†)
Paraná
subgrupo III
Cocama-cocamilla
Amazonas
Língua geral (Brasil) (†)
Brasil
Nheengatu
Alto Rio Negro
Omágua
Amazonas
tupi antigo (†)
Brasil
subgrupo IV
Assurini
Pará
Avá-canoeiro
Goiás
Guajajara
Maranhão
Suruí do Pará
Pará
Paracanã
Pará
Tapirapé
Mato Grosso
Tembé
Maranhão
subgrupo V
Assurini xingu
Pará
Araueté
Amazonas
Caiabi
Mato Grosso, Pará
subgrupo VI
Amundava
Rondônia
Apiacá
Mato Grosso
Juma (†)
Amazonas
Caripuna (†)
Amapá
Caripuná (†)
Rondônia, Acre
Paranauate (†)
Rondônia
Tenharim
Amazonas, Rondônia
Tucumanfede (†)
Rondônia
Uru-ew-wau-wau
Rondônia
Uirafede (†)
Rondônia
Morerebi
Amazonas
subgrupo VII
Camaiurá
Mato Grosso
subgrupo VIII
Anambé (†)
Pará
Amanaié (†)
Pará
Emerillon
Guajá
Maranhão, Pará
Oiampi
Zoé
Pará
Turiuara (†)
Pará
Urubu-caapor
Maranhão
Outras
Aurá (†)
Maranhão
línguas isoladas
Aicanã
Rondônia
Irantxe (Mynky)
Alto Jurena, no Mato Grosso
Canoê (Capixanã)
Rondônia
Kwazá (coiá)
Rondônia
Sapé
Rondônia
Ticuna
Amazonas
Trumaí
Alto Xingu
Tuxá (†)
Bahia , Pernambuco
línguas não classificadas
Arara (†)
Rondônia
Aticum (Uamué) (†)
Pernambuco , Bahia
Baenã (†)
Bahia
Gamella (Curinsi) (†)
Maranhão
Cambiuá (cambioá) (†)
Pernambuco
Karahawyana
Amazonas
Catembri (Mirandela) (†)
Bahia
Corubo (†)
Amazonas
Cucurá (Cocura) (†)
Mato Grosso
Macu (†)
Roraima
Matanauí (†)
Natu (†)
Bahia, Pernambuco
Oti (xavante) (†)
Mato Grosso , Tocantins , Minas Gerais
Pancararu (†)
Pernambuco , Alagoas
Tarairiú (†)
Pernambuco , Paraíba , Rio Grande do Norte
Taruma (†)
Pará
Tingui-botó (Carapató) (†)
Alagoas
Tremembé (†)
Itarema , no Ceará
Trucá
Pernambuco
Xucuru (xocó) (†)
Pernambuco
Iuri (Carabaio)
Rio Caquetá
Classificação do Ethnologue (2005)
Classificação baseada no site do Ethnologue (2005):[ 29]
Ariquém - família linguística
Aueti - família linguística.
Juruna - família linguística
Maué - família linguística
Mondé - família linguística
Mundurucu - família linguística
Puruborá - família linguística extinta
Ramarrama - família linguística
Tupari - família linguística
Tupi-guarani - família linguística
Família aruaque
No Brasil , existem somente duas divisões dentro da família aruaque : Arawak-Maipure e não classificadas.[ 30]
Família caribe
Separadas em ramos meridional e setentrional[ 31] :
Guiana Oriental e Ocidental
Bakairi
Kuikuro-Kalapalo
Matipu-Nahukuá
Famílias isoladas
Línguas isoladas
Classificação da BDCN (2009)
Classificação da Biblioteca Digital Curt Nimuendajú (2009) (pelos editores Eduardo Rivail Ribeiro e Marcelo Jolkesky ):[ 32]
Classificação de Rascov (2020)
Classificação das línguas indígenas do Brasil por Rascov (2020), baseada nos estudos dos linguistas Aryon Rodrigues e Denny Moore:[ 33]
Tronco Macro-Jê
Bororo: Bororo, Umutima
Guató
Jabutí: Jabutí (Jereomitxí), Arikapú
Jê
Akwén; dialetos : Xakriabá, Xavánte, Xerénte
Apinayé (Apinajê)
Kaingáng; dialetos : Kaingáng do Paraná, Kaingáng Central, Kaingáng do Sudoeste, Kaingáng do Sudeste
Kayapó (Mebengokre); dialetos : Gorotire, Kararaô, Kokraimoro, Kubenkrankegn, Menkrangnoti, Mentuktire (Txukahamãe), Xikrin
Panará (Kren-akore)
Suyá (Kisêdjê); dialetos : Suyá, Tapayúna
Timbira
Xokléng (Laklânô); dialetos : Canela Apaniekra, Canela Ramkokamekra, Gavião do Pará (Parkateyé), Gavião do Maranhão (Pukobjê), Krahô, Krinkati
Karajá: Karajá; dialetos : Javaé, Karajá, Xambioá
Krenák: Krenák
Maxakali: Maxakali, Pataxó, Pataxó Há-Há-Hãe
Ofayé: Ofayé (Ofayé-Xavante)
Rikbaktsá: Rikbaktsá
Yatê: Yatê (Fulni-ó)
Tronco Tupi
Arikem: Karitiána
Aweti: Aweti
Jurúna: Jurúna (Yudjá), Xipaya
Mawé
Mondé: Aruá, Cinta Larga, Gavião, Mondé, Suruí-Paiter, Zoró
Munduruku: Kuruáya, Munduruku
Puruborá: Puruborá
Ramarama: Káro (Arara)
Tuparí: Ajuru, Makuráp, Sakyriabiát (Mekens), Tuparí, Akuntsú
Tupi-Guarani
Akwáwa; dialetos : Parakaná, Suruí de Tocantins, Asuriní de Tocantins, Asuriní de Trocará
Amanayé
Anambé
Apiaká
Araweté
Asuriní do Xingú
Avá-Canoeiro
Guajá
Guarani; dialetos : Kaiowá, Mbyá, Nhandeva
Kaapor (Urubu-Kaapor)
Kamayurá
Kayabí
Kawahib; dialetos : Parintintin, Diahói, Juma, Karipúna, Tenharim, Amondáva (Uru-Eu-Wau-Wau)
Nheengatú (língua geral amazônica)
Tapirapé
Tenetehára; dialetos : Guajajára, Tembé
Wayampí
Xetá
Zo’é
Arawák (Maipure)
Apurinã
Baniwa do Içana (Kurripaco); dialetos : Hohõdene, Siuci
Baré
Kaixána
Axaninka (Axeninka/Kampa)
Kinikinau
Mawayana
Mehináku
Waurá (Wauja)
Paresí (Halití); dialetos : Waymáre, Kozárene (Kabixí), Warére, Káwali
Piro; dialetos : Manitenéri, Maxinéri
Enawenê-Nawê (Salumã)
Tariana
Terena
Wapixana
Warekena
Waúja (Waurá)
Yawalapiti (Yawalapühü)
Karib
Aparaí (Apalaí)
Arara do Pará
Bakairí
Galibí do Oiapoque
Hixkaryana
Ikpeng (Txicão)
Ingarikó (Akawaio)
Kalapálo
Kaxuyána; dialetos : Shikuyana, Pawiyana, Pawixi, Warikyana
Kuikuro
Makuxí
Matipú
Mayongóng (Yekuána)
Nahukwá
Taulipáng (Pemóng)
Tiriyó
Waimirí-Atroarí
Wai-Wai
Wayána
Pano
Arara (Shawãdawa); dialetos : Yamináwa, Yawanawá
Katukína Pano
Kaxararí
Kaxinawá
Korúbo
Marubo
Matís
Matsés
Nukiní
Poyanáwa
Shanenáwa
Yamináwa
Yawanawá
Tukano
Arapáso
Bará
Barasana
Desana
Karapaná
Kotiria (Wanano)
Kubewa (Kubeo)
Pirá-Tapuya (Waikana)
Siriano
Tukano
Tuyuka
Yepâ-masa
Arawá
Banawá
Dení
Jarawara
Kulina (Madiha)
Paumarí
Jamamadí
Zuruahá
Katukina
Kanamarí
Katawixí
Pedá Djapá (Katukina do Rio Biá)
Tsohom-Djapá
Nadahup (Makú)
Dâw
Hupda (Hup)
Nadëb
Yuhúp
Nambikwara
Nambikwara do Norte
Nambikwara do Sul
Sabanê
Txapakúra
Moré
Oro Win
Torá
Urupá
Warí’ (Pakaanova); dialetos : Oro Waram, Oro Mon, Oro Yowin
Yanomámi
Ninám
Sanumá
Yanomám
Yanomami
Chiquito : Chiquitano
Guaikurú : Kadiwéu
Mura : Pirahã
Linguas isoladas
Aikaná (Masaká); dialetos : Mynky (Münkü)
Kanoê (Kapixanã)
Kwazá (Koaiá)
Tikúna
Trumái
Linguas crioulas
Galibí Marworno (Galibi de Uaçá) - Variação do crioulo falado na Guiana francesa
Karipuna do Norte (Karipuna do Amapá)
Vocabulário
Vocabulários básicos de várias das línguas isoladas ainda faladas no Brasil (Rodrigues 1986):[ 34]
Português
Tukúna
Aikaná
Koaiá
Kanoê
Jabutí
Irántxe
Trumái
Awakê
Máku
cabeça
eru
tinũpa
tsoty
kote
ekoaka
mate
kut
kakoati
kete
olho
’ety
kamuka
’etỹi
kãi
honka
kutake’i
hon
gakoa
sukute
orelha
txiny
kha’nidõ
gasi
teũ
nipi
yaakihi
hapty
witika
tikate
nariz
rãỹ
kha’nawã
tsaroani
kãiũ
ninikote
kamihĩ
alaxa
koa
pi
boca
’ã
khawa
ekhãi
kere
rakui
ia’pawa
hop
komé
wytsi
língua
kony
walu
tau
nutere
iakĩnãti
ano
takohẽ
dute
dente
pyta
mui
miki
pe
ru
biuhu
i
ake
wumu
mão
me
ine
tsoỹ
so
nuhore
mimã
kanap
umatakomã
suko
sol
ya’ky
deri
khoosa
kuikae
toho
ire’i
atela
uiji
ke’le
lua
tawemaky
jadone’ĩ
hakori
mĩte
kupa
wirapu
atelpak
atam
iá
terra
nanu
du
tsaana
tepyh
mika
bata
tenetne
ihẽ
bu’te
água
de’a
hane
hãã
kunĩ
mbirukuku
mâna
misu
okoã
na’me
fogo
yy
hine
hi
ini
pitse
ãina
so
a’ne
nühẽ
pedra
nũta
haji
aki
aki
ta
alo’u
liki
mo’ka
line
anta
naky
’aryme
aruin
itse’
õwa
opiíri
monoto
mano
dü’ü
onça
oi
i’ive
ñeretso
opere
va
iũnari
fede
kai’iá
do’wi
Estados brasileiros com línguas cooficiais indígenas
Amapá — línguas Kheuol Karipuna, Kheuól Galibi-Marworno, Parikwaki, Kali`na , Wajãpi , Tiriyó , Kaxuyana , Wayana e Aparai .[ 35] [ 36]
Amazonas — Apurinã , Baniwa , Dessana , Kanamari , Marubo , Matis , Matses , Mawe , Mura , Nheengatu , Tariana , Tikuna , Tukano , Waiwai , Waimiri e Yanomami .[ 37] [ 38]
Roraima — línguas Hixkaryána (Hixkariána), Ingarikó , Máku , Makuxí , Ninám , Pa tamóna (Kapóng), Sanumá , Taulipáng (Pemong), Waiwái , Wapixána , Yanomámi e Yekuána (Mayongóng)[ 39] [ 40] [ 41] [ 42]
Municípios brasileiros que possuem língua cooficial indígena
Amazonas
Bahia
Ceará
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Pará
Rio Grande do Norte
Roraima
Tocantins
Ver também
Revistas científicas
Referências
↑ IBGE. «IBGE | Indígenas | Brasil indígena | língua falada» . indigenas.ibge.gov.br . Consultado em 1 de fevereiro de 2016
↑ Língua de Sinais Ka'apor Brasileira
↑ O fim do isolamento dos índios surdos
↑ Línguas de sinais de comunidades isoladas encontradas no Brasil
↑ Amazônia Brasil Rádio Web
↑ Web Rádio Brasil Indígena
↑ Web Rádio Brasil Indígena Arquivado em 7 de novembro de 2014, no Wayback Machine ., Informações gerais]
↑ Programas de rádio indígena na internet
↑ Programa de Índio
↑ En peligro lenguas nativas de América , Noticieros Televisa , acessado em 5 de outubro de 2011
↑ Projeto de lei oficializa segunda língua em municípios com comunidade indígena
↑ PL vai instituir língua indígena em todos os municípios brasileiros que possuem comunidades indígenas
↑ PL 3074/2019 - Projeto de Lei - Dagoberto Nogueira - PDT/MS
↑ Projeto de Lei 3074 de Dagoberto Nogueira , na íntegra
↑ Comissão aprova projeto que torna idioma indígena língua cooficial em municípios com aldeias , Câmara dos Deputados
↑ Comissão aprova projeto que torna idioma indígena língua cooficial em municípios com aldeias , Dourados Agora
↑ Comissão aprova projeto que torna idioma indígena língua cooficial em municípios com aldeias , CEDEFES
↑ Comissão aprova projeto que prevê línguas indígenas como cooficiais , Agência Câmara de Notícias
↑ Comissão aprova projeto que prevê línguas indígenas como cooficiais , Dourados Agora
↑ Funai participa do lançamento histórico da Constituição Federal na língua indígena Nheengatu , FUNAI
↑ Constituição brasileira é traduzida pela 1ª vez para língua indígena , Agência Brasil
↑ Constituição ganha primeira tradução para uma língua indígena , Jornal Nacional
↑ MELATTI, Júlio Cezar. Índios do Brasil . São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007, pp. 57 [1] .
↑ MAGALHÃES, Couto de. O Selvagem . Bibliotheca Pedagógica Brasileira. Serie V. Coleção Brasiliana, vol. LII. 3a. ed. completa com o curso de língua geral tupi. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. Disponível em: <http://www.brasiliana.com.br/obras/o-selvagem/pagina/3/texto >.
↑ Ehrenreich, Paul. Divisão e distribuição das tribus do Brasil segundo o estado actual dos nossos conhecimentos. Revista da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro , Tomo VIII, 1º. Boletim, p. 3-55, Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger & Filhos. Traduzido do original alemão por João Capistrano de Abreu, 1892, [2] .
↑ Ehrenreich, Paul. Die Einteilung und Verbreitung der Völkerstämme Brasiliens nach dem gegenwärtigen Stand unsrer Kenntnisse. Petermanns Mitteilungen 37. Band, p. 81-89, 114-124, [3] . Mapa: [4] .
↑ Instituto Socioambiental. Povos Indígenas no Brasil - Línguas, [5] .
↑ RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Línguas brasileiras : para o conhecimento das línguas indígenas. 4 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002, [6] . [1a ed., 1986.]
↑ Languages of Brazil. In: Ethnologue : Languages of the World, Fifteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International.Gordon, Raymond G., Jr. (ed.), 2005. Online version, [7] .
↑ Famílias linguísticas Arawak - Ethnologue
↑ Família linguística Caribe - Ethnologue
↑ Catálogo de línguas indígenas sul-americanas. In: Biblioteca Digital Curt Nimuendajú: línguas e culturas indígenas sul-americanas, 2009. Disponível em: <http://www.etnolinguistica.org/linguas >.
↑ Rascov, Eduardo (org.). 2020. Línguas Ameríndias - ontem, hoje e amanhã . São Paulo: Fundação Memorial da América Latina . 156 p.: il. ISBN 978-65-992157-2-8 . (PDF )
↑ Rodrigues, Aryon Dall'Igna . 1986. Línguas brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas . São Paulo: Loyola. (PDF )
↑ Lei n. 3.146/2024 - Do Estado do Amapá , dispõe sobre a cooficialização das línguas indígenas Kheuol Karipuna, Kheuól Galibi-Marworno, Parikwaki, Kali`na, Wajãpi, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana e Aparai no Estado do Amapá, e dá outras providências. Repositório Brasileiro de Legislações Linguísticas
↑ Lei Ordinária Nº 3146, de 12 de dezembro de 2024 , dispõe sobre a cooficialização das línguas indígenas Kheuol Karipuna, Kheuól Galibi-Marworno, Parikwaki, Kali`na, Wajãpi, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana e Aparai no Estado do Amapá, e dá outras providências. Leis Estaduais
↑ Estado do Amazonas passa a ter 17 línguas oficiais , MSN
↑ Amazonas passa a ter 16 línguas indígenas oficiais; saiba quais são , G1
↑ GABINETE DO DEPUTADO SOLDADO SAMPAIO - PROJETO DE LEI Nº 310/2023 , Dispõe sobre o reconhecimento das línguas indígenas faladas no Estado de Roraima como patrimônio cultural imaterial, e estabelece a cooficialização de línguas indígenas e institui a Política Estadual de Proteção das Línguas Indígenas do Estado de Roraima.
↑ POVOS ORIGINÁRIOS - Doze línguas indígenas são reconhecidas como patrimônio cultural imaterial de Roraima , Assembleia Legislativa de Roraima
↑ Roraima reconhece 12 línguas indígenas como patrimônio cultural , Ecoamazônia
↑ ALE-RE reconhece 12 línguas indígenas como patrimônio cultural imaterial de Roraima , Portal Norte
↑ Lei N. 298 de 2020
↑ Lei municipal oficializa línguas indígenas em São Gabriel da Cachoeira Arquivado em 18 de setembro de 2011, no Wayback Machine ., acessado em 24 de agosto de 2011
↑ Na Babel brasileira, português é 2ª língua - FLÁVIA MARTIN e VITOR MORENO, enviados especiais a Sâo Gabriel da Cachoeira (AM) Arquivado em 2012-06-04 na Archive.today , acessado em 24 de agosto de 2011
↑ a b c Línguas indígenas ganham reconhecimento oficial de municípios
↑ Câmara aprova em 2ª votação a cooficializaçao da língua materna do povo pataxó , Câmara Municipal de Porto Seguro
↑ Câmara aprova projeto do executivo municipal que reconhece a Patxôhã como língua cooficial de Porto Seguro , Jojô Notícias
↑ Prefeitura baiana institui língua de indígenas como segunda fala do município , Bahia Notícias
↑ Porto Seguro institui o patxohã como língua cooficial da cidade , Aracaju Agora Notícias
↑ Lei nº 13, de 03 de maio de 2021
↑ Projeto de lei reconhece a Tupi-nheengatu como língua cooficial do município de Monsenhor Tabosa
↑ Cidade cearense aprova projeto de lei que reconhece a Tupi-nheengatu como língua cooficial
↑ Lei N. 900 de 7 de julho de 2020
↑ Rondonópolis passa a ter língua Boe Bororo reconhecida por Lei
↑ Prefeitura de Amambai adota o guarani-kaiowá como língua cooficial , Midiamax
↑ LEI MUNICIPAL Nº 2.905/2.024 , “Reconhece a língua Guarani Kaiowá como língua cooficial no âmbito do Município de Amambai, e dá outras providências”. Prefeitura Municipal de Amambai
↑ http://Lei n. 1.412/2022 - Do Município de Coronel Sapucaia / MS , Repositório Brasileiro de Legislações Linguísticas
↑ Município do MS adota o guarani como língua oficial Arquivado em 2 de abril de 2012, no Wayback Machine ., acessado em 24 de agosto de 2011
↑ Lei N° 1382 de 12 de abril de 2017
↑ Línguas de povos originais se tornam "segundo idioma" em cidade cheia de aldeias , Campo Grande News
↑ Paranhos poderá ter a co-oficialização de uma língua Indígena , acessado em 24 de agosto de 2011
↑ Leis Ordinárias - Dispõe sobre a cooficialização da língua mebengokre (caiapó) no município de São Félix do Xingu : Primeira parte , Segunda parte , Terceira parte , Quarta parte
↑ Tupi-nheengatu é reconhecida como língua cooficial de João Câmara , O Poti
↑ Lei n. 901/2024 - Do Município de João Câmara / RN , Repositório Brasileiro de Legislações Linguísticas (RBLL)
↑ Município de Roraima co-oficializa línguas indígenas Macuxi e Wapixana , acessado em 1 de setembro de 2016
↑ Wapichana e Macuxi viram línguas oficiais em município de Roraima
↑ Línguas indígenas Macuxi e Wapixana se tornam co-oficiais em município de Roraima
↑ Lei n. 281/2015 - Do Município de Cantá / RR , Repositório Brasileiro de Legislações Linguísticas (RBLL)
↑ Lei n. 595/2023 - Do Município de Itacajá / TO , dispõe sobre a cooficialização da Língua Krahô, junto a Língua Portuguesa, no Município de Itacajá/TO, e dá outras providências. Repositório Brasileiro de Legislações Linguísticas
↑ Tocantínia passa a ter Akwê Xerente como língua co-oficial e recebe Centro de Educação Indígena , acessado em 24 de agosto de 2012
↑ Tocantínia passa a ter Akwê Xerente como língua co-oficial [ligação inativa]
Bibliografia
CAMPBELL, L., & GRONDONA, V. (Eds.). The Indigenous languages of South America : a comprehensive guide. Berlin, Germany: Mouton de Gruyter, 2012, [8] .
GREENBERG, Joseph. Language in the Americas . Stanford: Stanford University Press, 1987, [9] .
MATTOSO CÂMARA JR., Joaquim. Introdução às línguas Indígenas Brasileiras . Rio de Janeiro: Museu Nacional, 1965. [2a ed., 1965, pela Livrara Acadêmica; 3a ed., 1977, pela Ao Livro Técnico]
NIMUENDAJÚ, Curt . 1944. Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes . Belém, Museu Goeldi , 1944. [Reeditado pelo IBGE , 1981, [10] .]
LEITE, Yonne & FRANCHETTO, Bruna . “500 anos de línguas indígenas no Brasil ”. In: Suzana A. M. Cardoso, Jacyra A. Mota, Rosa Virgínia Mattos e Silva (orgs), Quinhentos Anos de História Lingüística do Brasil . Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia, 2006. Pp. 15-62. ISBN 85-232-0260-9 .
Maia, Marcus. 2006. Manual de Lingüística: Subsídios Para a Formação de Professores Indígenas Da Área Da Linguagem . Brasília: Ministério da Educação.
Nikulin, Andrey; Fernando O. de Carvalho. 2019. Estudos diacrônicos de línguas indígenas brasileiras: um panorama . Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli, v. 8, n. 2 (2019), p. 255-305. (PDF )
Rascov, Eduardo (org.). 2020. Línguas Ameríndias - ontem, hoje e amanhã . São Paulo: Fundação Memorial da América Latina . 156 p.: il. ISBN 978-65-992157-2-8 . (PDF )
Rodrigues, Aryon Dall'Igna . 1986. Línguas brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas . São Paulo: Loyola. (PDF )
Nicolai, Renato (2006). «Vocabulários e dicionários de línguas indígenas brasileiras» .
Petrucci, Victor A. (2007). «Línguas Indígenas» .
Ligações externas
Information related to Línguas indígenas do Brasil